Crítica – Amor Debaixo D’Água
Tem uns filmes por aí que exemplificam perfeitamente o espírito da mostra Midnight Movies. O japonês Amor Debaixo D’Água (Onna no kappa, no original) é um desses.
Saca só a sinopse: Asuka encontra um kappa, ser mitológico japonês. Aí descobre que ele é Aoki, um colega que morreu afogado aos 17 anos. Como se não bastasse, o filme é um musical erótico!
O tal kappa é um ator com uma máscara em formato de bico e um casco de tartaruga nas costas. Mas é uma máscara mal feita, e um casco colado na camisa. E ainda tem um chapeuzinho estranho. Tosco, tosco, tosco…
As músicas são bizarras, parecem tocadas por um teclado arranjador de churrascaria, com aquela bateriazinha eletrônica tosca. As coreografias são coerentes com a tosqueira – sensação de vergonha alheia.
E as cenas de sexo? O sexo entre humanos é até normal. Mas o kappa também faz sexo. Olha, é impossível não rir quando o kappa mostra suas “partes íntimas”…
O filme é tão esquisito que fica difícil de dizer se é bom ou ruim. É estranho demais pra ser bom; é bizarro demais pra ser ruim. Pelo menos é engraçado, algumas partes são hilárias!
Lembrei de As Bonecas Safadas de Dasepo, outro filme oriental bizarro que vi num Festival e depois nunca mais ouvi falar. Taí, Amor Debaixo D’Água faria uma boa sessão dupla com Dasepo…