Os Erros do Festival do Rio

Os Erros do Corpo HumanoOs Erros do Festival do Rio

Heu ia escrever sobre o filme Os Erros do Corpo Humano, afinal, comprei o ingresso, fui até o cinema e comecei a ver este filme alemão, da mostra Midnight Movies, na sessão de domingo às 17:30 do Estação Barra Point.

Mas o filme travou no meio, e a sessão foi cancelada.

Quer dizer, foi um pouco pior. Não só a sessão foi cancelada como o público foi desrespeitado.

A imagem travou, e ninguém do cinema apareceu pra dar satisfações. Levantei da minha poltrona e fui procurar alguém do cinema pra descobrir o que acontecera. O rapaz que estava na porta não sabia de nada. A gerente? Estava na bilheteria. Me senti num cinema poeira vagabundo.

De repente um sujeito truculento entrou na sala e começou a berrar com uma pessoa – depois descobri que ele estava gritando com o funcionário responsável pelas legendas eletrônicas. O cara disse que não tinha como voltar o filme, e que a sessão estaria cancelada. Mas, detalhe interessante: ele nunca se dirigiu ao público.

Sexta passada o Segundo Caderno d’O Globo fez uma matéria falando sobre falhas técnicas e sessões canceladas durante o Festival do Rio. Segundo a organização do Festival, a culpa seria de novos projetores digitais que usam um formato novo, o DPC. Tirado do jornal: O arquivo do DCP dá uma garantia de qualidade. Será? Pra que serve uma imagem melhor se o filme trava no meio?

Ok, a gente entende as dificuldades dos organizadores do evento. Mas eles têm que entender que o espectador não pode pagar por isso!

Comprei um passaporte que me dava direito a retirar até 25 ingressos. Pelo que entendi das regras do passaporte, se heu desisto de um filme, não tenho direito a reclamar sobre o ingresso perdido. Da mesma forma, se o cinema cancela unilateralmente uma sessão, acredito que o espectador deveria ter o ingresso de volta, ou o valor integral deste (18 reais). Nada! A gerente Tania, mal educada e mal humorada, disse que só poderia devolver 8 reais! E se recusou a falar sobre o estacionamento do shopping.

( Parece que a gerente se esforçava pra convencer os espectadores a nunca voltarem para aquele muquifo. Bem, por mim, ela pode ficar tranquila. Não pretendo pisar no Barra Point nunca mais!)

Olha, heu entendo que não foi culpa do cinema se o filme travou. Mas tampouco foi culpa do espectador. O mínimo que o cinema deveria oferecer era o valor integral do ingresso mais o valor do estacionamento do shopping, além de um pedido de desculpas.

Aí a gente se lembra de outros pequenos problemas que aconteceram nos últimos dias. Vi O Livro do Apocalipse com legendas eletrônicas na sala 4 do Vivo Gávea. Sentei na fileira C, de onde não consegui ler as legendas que ficam embaixo da tela – e olha que não sou baixinho!

Durante os créditos de Moonrise Kingdom, a voz do protagonista voltou, mas do nada os créditos foram cortados. Pelo menos umas 30 pessoas ainda estavam dentro da sala vendo o filme.

Ontem rolou Twixt, o novo Coppola. Na entrada, todos receberam óculos 3D. Mas ninguém avisou que o filme não é 3D! Twixt tem apenas duas cenas em 3D, lá perto do fim do filme. E durante a projeção, quase todos estavam de óculos. Me pergunto se estes que ficaram o filme inteiro de óculos gostaram do 3D ao longo do filme…

E o pior é que não temos onde reclamar. Ano passado vivi dois problemas (Batalha Real no Vivo Gávea com defeito no 3D; Amor Debaixo D’Água no Estação Ipanema com problemas no som), em ambas as ocasiões me sugeriram mandar e-mail para o site do Festival. Claro que mandei o e-mail. Claro que fui ignorado.

Bola fora do Festival. Ano que vem vou pensar duas vezes antes de comprar um passaporte.

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p.s.: Não posso falar de Os Erros do Corpo Humano, só vi até a metade. Quando estiver disponível pra download, termino de ver…

Categorias: Festival do Rio - 2012

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