Crítica – O Ataque
Ué, mas heu já falei de Invasão À Casa Branca! Ah, tá, esse é outro filme…
Um ex-militar quer entrar para a equipe do serviço secreto que protege o presidente dos Estados Unidos, mas não é aprovado na seleção. Sem saber como dar a notícia para sua filha, ele a leva para um passeio à Casa Branca, no mesmo dia que o local é atacado por um grupo paramilitar fortemente armado.
Existe uma prática bastante comum em Hollywood. Quando um estúdio anuncia um projeto, muitas vezes outro estúdio aproveita a ideia e faz um filme com o argumento semelhante. Não é o caso de plágio, são filmes completamente diferentes entre si. Mas um quer “pegar carona” no marketing do outro. É o caso aqui. Não sei qual filme está pegando carona e qual teve a ideia antes, mas são dois projetos bem parecidos. A sinopse é quase igual: “a Casa Branca é invadida, e um cara que não deveria estar lá, sozinho, salva o presidente”.
Uma coisa que chama a atenção aqui é que O Ataque (White House Down, no original) foi dirigido por Roland Emmerich, famoso por filmes catástrofe como Independence Day, 2012 e O Dia Depois de Amanhã. O Ataque não é um filme catástrofe, mas segue a mesma fórmula dos outros filmes do diretor: um homem sozinho luta contra forças externas enquanto tudo em volta se quebra. A diferença é que aqui são terroristas destruindo a Casa Branca…
O elenco é repleto de bons nomes. Jamie Foxx se sai bem como presidente; Channing Tatum, mais limitado, não atrapalha com o seu heroi inesperado. E James Woods está bem, apesar de ter um personagem caricato. Ainda no elenco, Maggie Gyllenhaal, Richard Jenkins e a menina Joey King.
O roteiro tem alguns problemas. Além do exercício de patriotada e do excesso de clichês – o que era previsível pelo tema abordado – existe um sério problema de maniqueísmo. E os vilões são entregues logo nas primeiras cenas, o que já estraga muita coisa.
Por outro lado, se a gente se deixar levar pelo fator “filme-pipoca” O Ataque tem um bom ritmo e boas cenas de ação, o que garantem um programa divertido. A única vez que Emmerich se propôs a fazer um filme sério (Anônimo), o resultado ficou abaixo da média. Os pontos altos de sua filmografia são justamente os filmes-pipoca. Afinal, Emmerich segue o velho lema: “cinema é a maior diversão”…
Achei o “timing ” das ações muito errado. O ritmo tem umas paradas que na minha opinião atrapalhavam a ação. Gostei mais do “outro ” filme.