Depois de um bom tempo “na gaveta”, chega aos cinemas o terror austríaco pré-indicado ao Oscar!
Dois irmãos gêmeos, de 9 anos de idade, recebem a mãe que acabou de voltar de uma cirurgia, mas desconfiam que pode ser outra pessoa debaixo das bandagens.
É uma boa época para frequentadores de cinema que curtem terror. Esta é a quarta semana seguida com um lançamento do gênero! Depois de Boneco do Mal, Orgulho e Preconceito e Zumbis e A Bruxa, esta semana estreia Boa Noite Mamãe, outro terror diferente do padrão.
(Aproveito para explicar a primeira frase. Cada país manda um filme para a lista dos que talvez sejam indicados ao Oscar de melhor filme em língua estrangeira, e então a Academia escolhe os cinco que efetivamente recebem a indicação. A Áustria enviou este Boa Noite Mamãe – que não chegou a ser indicado.)
Escrito e dirigido por Severin Fiala e Veronika Franz, Boa Noite Mamãe (Ich Seh Ich Seh, no original) foge do estilo que estamos acostumados. Filme lento e contemplativo, às vezes parece um drama violento e não um terror. Aliás, é bom avisar: temos uma boa dose de violência física e psicológica aqui.
Boa Noite Mamãe tem um excelente trio de atores principais (Susanne Wuest, a mãe, e os dois gêmeos Lukas e Elias Schwarz), e uma bela fotografia que ajuda a construir um bom clima de tensão. Mas tem um problema básico: um plot twist previsível. Sabe aquela reviravolta que acontece no fim que deixa a gente de queixo caído? Pois é, a gente adivinha essa reviravolta logo no início do filme.
Já tinha visto Boa Noite Mamãe ano passado, e revi agora por causa do lançamento. Posso dizer que gostei mais da segunda vez, quando já tinha passado o “plot twist problemático”. Se a reviravolta é previsível, pelo menos o filme tem bom final.