A algumas dezenas de metros da praia, uma surfista é atacada por um grande tubarão. Agora ela precisa lutar para conseguir chegar viva até a areia.
A ideia é simples e eficiente. Praticamente um único personagem em um único cenário, enfrentando uma única ameaça. Um filme minimalista. Águas Rasas (The Shallows, no original) é terror, mas também poderia ser classificado como “filme de sobrevivência”. Não existe um psicopata ou um elemento sobrenatural, o terror vem da natureza.
A direção é de Jaume Collet-Serra, que já tinha mostrado boa mão no terror em A Órfã, mas que depois entrou numa onda de suspense / ação com Liam Neeson (Desconhecido, Sem Escalas, Noite sem Fim), bons filmes, mas longe do terror.
Agora Collet-Serra foi para uma praia paradisíaca criar um “novo Tubarão” – com toques de Náufrago (com a gaivota fazendo o papel de Wilson). Temos vários takes subaquáticos interessantes. Aliás, Águas Rasas traz belas imagens do mar, assim como belas imagens da protagonista Blake Lively.
Blake Lively já esteve em grandes produções, como Atração Perigosa e Selvagens mas sem nenhum papel memorável – acho que até agora era mais conhecida pela série Gossip Girl. Aqui ela se revela uma grata surpresa, carregando o filme quase sozinha. Destaco uma cena, a do primeiro ataque do tubarão, quando não vemos nada do ataque, apenas um close-up das reações no rosto de Blake.
Achei o final um pouco forçado, mas nada tão grave que apagasse o bom resultado do resto do filme. Águas Rasas não entrará na história como um grande filme, mas é uma diversão honesta e vai agradar os fãs do gênero.