Jovens, Loucos e Mais Rebeldes

Jovens, Loucos e Mais RebeldesCrítica – Jovens Loucos e Mais Rebeldes

Filme novo do Richard Linklater!

Sinopse tirada do site do Festival do Rio: “Durante a primeira semana de aula, o calouro Jake chega a sua nova faculdade no Texas e se muda para a casa reservada à equipe de beisebol. Durante o primeiro fim de semana no novo lar, ele e seus novos colegas de casa serão tomados por um turbilhão de álcool, drogas, festas e paqueras. Em seu novo filme, Richard Linklater (o diretor de Boyhood, Antes do amanhecer, Antes do pôr-do-sol e Antes da meia-noite) se contagia mais uma vez pelo clima oitentista e universitário de Jovens, loucos e rebeldes, um dos primeiros clássicos cult de sua carreira. South by Southwest 2016.​

Aqui no Brasil, “Everybody wants some!!” ganhou o nome “Jovens Loucos e Mais Rebeldes”. Nada a ver, certo? Bem, pela primeira vez gosto do título brasileiro nada a ver. Afinal, em 1993 o mesmo Richard Linklater escreveu e dirigiu Dazed and Confused, que aqui ganhou o título Jovens Loucos e Rebeldes. Boa! Este novo filme segue o mesmo formato do filme anterior, heu sabia exatamente o que ia ver.

Assim como o filme dos anos 90, Jovens Loucos e Mais Rebeldes parece um piloto de seriado. Conhecemos vários personagens e a dinâmica entre eles. Por um lado, a construção destes personagens é extremamente bem feita e muito cativante. Por outro lado, não existe uma história a ser contada.

O elenco, apesar de não ter nenhum nome conhecido, é um dos pontos fortes do filme. Eles realmente passam a impressão de que são bons amigos e que estão curtindo muito esses momentos pré “vida adulta”. E sobre não ter ninguém famoso, não sei se no início dos anos 90 aqueles atores já eram conhecidos – mas olhem quem estava no meio dos jovens daquele filme: Ben Affleck, Mathew McConaughey, Mila Jovovich, Joey Lauren Adams, Adam Goldberg, Parker Posey, Jason London…

O filme se passa em 1980, mas não pensem em referências “festa Ploc” como cores berrantes e gel no cabelo. O visual lembra mais os anos 70. E vale dizer que a ambientação é perfeita! E a trilha sonora é outro ponto forte. Várias boas músicas que fogem da obviedade recheiam o filme. E o momento “Rapper’s Delight” deve ter sido uma grande curtição entre o elenco, tanto que virou cena pós créditos.

Além de não existir uma narrativa “sydfieldiana” (uma história com introdução, desenvolvimento e conclusão), outra coisa que atrapalha o filme é que aqui no Brasil não temos essa cultura de fraternidades universitárias. Mas quem deixar esses detalhes de lado e entrar na onda saudosista do Linklater vai descobrir um filme sobre universidades americanas muito superior aos Porky’s da vida.

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