Crítica – Jumanji: Bem-vindo à Selva
Sinopse (imdb): Quatro adolescentes são sugados para um videogame mágico, e a única maneira para escapar é trabalharem juntos para terminar o jogo.
O primeiro Jumanji, lançado em 1995, foi um grande sucesso no gênero. Ok, seus efeitos especiais perderam a validade há muito tempo, mas na época foram uma novidade. A grande dúvida era se era possível uma renovação.
Há uma atualização básica aqui. Em vez de jogo de tabuleiro, Jumanji agora é um videogame. E isso funcionou muito bem, inclusive os personagens secundários ficaram perfeitos como “non player character” – isso ajuda a explicar o filme, e não importa se são personagens unidimensionais.
Uma informação útil pra quem não viu ou não se lembra do Jumanji anterior: são filmes independentes. Rola um breve prólogo, onde aparece a caixa do jogo antigo, mas logo aparece a versão videogame. E lá pro meio existe uma citação, mas mais como uma homenagem: um personagem fala que uma construção teria sido feita pelo Alan Parrish, personagem do Robin Williams no filme de duas décadas atrás.
Jumanji: Bem-vindo à Selva (Jumanji: Welcome to the Jungle, no original) foi dirigido por Jake Kasdan, filho do roteirista Lawrence Kasdan (O Império Contra-Ataca, Os Caçadores da Arca Perdida), e que até agora não tem um currículo nada impressionante (ele fez muita coisa pra tv, e seus últimos filmes pro cinema foram os irregulares Sex Tape e Professora Sem Classe. Arrisco dizer que ele conseguiu um resultado melhor aqui. Jumanji é bem divertido. Ritmo empolgante, boas cenas de ação, boas sacadas com as características de cada personagem. E os efeitos especiais são excelentes (será que daqui a vinte anos continuaremos dizendo isso?).
O elenco é um dos trunfos. Os adolescentes estão “dentro” dos personagens do jogo. Assim, vemos Dwayne Johnson como um nerd magrelo e Jack Black como uma patricinha mimada – e, acreditem, isso funcionou! Dwayne Johnson é responsável por alguns dos momentos mais divertidos do filme! Karen Gillan também está ótima, tem uma cena onde Jack Black a ensina a seduzir que arrancou gargalhadas da plateia. Kevin Hart está meio caricato, mas funciona pro que o papel pede. Quem destoa é Nick Jonas, que se une ao grupo. Bobby Cannavale também faz um vilão meia boca.
Rolou uma polêmica sobre o figurino da Karen Gillan, a patrulha do politicamente correto chiou quando apareceram fotos dos personagens e a única mulher estava de shortinho. Mas calma, que no filme isso tem explicação.
Não sei se esta nova versão será tão marcante quanto a anterior, mas acho que isso é porque hoje temos muito mais opções em cartaz. Com relação a qualidade, o novo filme é tão bom quanto o anterior.
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