Crítica – Sicário Dia do Soldado
Sinopse (imdb): A guerra às drogas na fronteira entre os EUA e o México aumentou à medida que os cartéis começaram a traficar terroristas pela fronteira dos EUA. Para combater a guerra, o agente federal Matt Graver se reencontra com o imprevisível Alejandro.
Sicario: Terra de Ninguém, de 2015, é um filme de ação cultuado entre os críticos, por ter Dennis Villeneuve na direção e Roger Deakins na fotografia – o que realmente dava um visual mais bem elaborado do que a maioria dos filmes de ação. Esta continuação não tem nem Villeneuve nem Deakins, mas mesmo assim o resultado ficou muito bom.
Sicario: Dia do Soldado (Sicario: Day of the Soldado, no original) não tem o visual elaborado do filme anterior, mas o pouco conhecido diretor Stefano Sollima (ele já fez bastante coisa na Itália, mas acho que é seu primeiro trabalho em Hollywood) mandou bem. O filme é tenso e tem cenas de ação muito bem filmadas.
Parte do mérito é do roteirista Taylor Sheridan, o mesmo do primeiro filme. Sheridan consegue entregar uma trama muito bem amarrada (tirando alguns escorregões na parte final). Sicario: Dia do Soldado tem um bom ritmo, bons personagens e uma trama que prende o espectador.
Sobre a dúvida que paira sobre toda continuação: não, não é preciso (re)ver o primeiro filme. Inclusive, a protagonista do filme anterior (Emily Blunt) nem foi citada aqui. Dá pra acompanhar tudo sem problemas.
Entrando no elenco, não tem como reconhecer que Josh Brolin vive um momento excelente na carreira – no intervalo de poucos meses, ele foi a figura central de Guerra Infinita, o antagonista de Deadpool 2, e agora estrela outro filme de ação. Papéis centrais em três grandes filmes seguidos! Brolin, mais uma vez, está muito bem, assim como Benicio Del Toro (que, por coincidência, também estava em Guerra Infinita). Também no elenco, Isabela Moner, Catherine Keener, Matthew Modine, Jeffrey Donovan e Manuel Garcia-Rulfo.
O fim do filme tem uns furos de roteiro meio feios, tipo o cara baleado encontrar os carros que deveriam estar a quilômetros de distância. E achei que o personagem de Josh Brolin não tomaria aquela atitude. Entendo isso como uma decisão de deixar pontas soltas para um Sicario 3…