Crítica – A Casa do Medo – Incidente em Ghostland
Sinopse (imdb): Uma mãe de duas filhas que herda uma casa é confrontada com intrusos assassinos na primeira noite em sua nova casa, e luta pela vida de suas filhas. Dezesseis anos depois, quando as filhas se reúnem na casa, as coisas ficam realmente estranhas.
Martyrs, de 2008, é um dos melhores filmes do chamado “new french extremity”, movimento do cinema francês com filmes ultra violentos. Seu diretor, Pascal Laugier, foi então chamado para um filme hollywoodiano (como acontece frequentemente com diretores “estrangeiros”), O Homem das Sombras, bom filme, mas bem diferente de seu filme anterior. Agora (sim, foram apenas três longas nestes onze anos), podemos usar aquela frase clichê, “fulano está de volta”.
A Casa do Medo – Incidente em Ghostland (Ghostland, no original) tem toda a violência gráfica esperada em um novo projeto de Laugier. O filme é sério e tenso, mas não é “cabeça” como os “pós terror”. Tem jump scares, mas não é uma divertida montanha russa como os filmes do “Waniverse”. Laugier criou uma obra com identidade própria, densa, complexa, um prato cheio – para quem tiver estômago.
A ambientação é ótima – a casa velha, cheia de bonecas muito mais assustadoras que a Annabelle, é um cenário sensacional. A estética suja do filme também é muito boa – os vilões esquisitões e a maquiagem grotesca das personagens aumenta o incômodo causado pela violência gráfica. No elenco, ninguém muito conhecido: Mylène Farmer (que é cantora, Laugier dirigiu um videoclipe pra ela há pouco), Emilia Jones, Taylor Hickson, Crystal Reed e Anastasia Phillips.
Claro que A Casa do Medo – Incidente em Ghostland não é para qualquer um. Mas aqueles que souberem apreciar um terror “fora da caixinha” vão curtir muito