Shang Chi e a Lenda dos Dez Anéis

Crítica – Shang Chi e a Lenda dos Dez Anéis

Sinopse (imdb): Shang-Chi é obrigado a confrontar um passado que julgava ter deixado para trás quando é atraído à teia da misteriosa organização conhecida como os Dez Anéis.

Ah, como é bom viver este momento! Sou fã do cinema de entretenimento, do blockbuster bem feito, e é muito bom estar acompanhando ano a ano o que a Marvel está construindo com o MCU. Foram mais de vinte filmes ao longo de 11 anos, pouco a pouco construindo um time de super heróis que se juntariam num grande evento que foram os dois últimos filmes dos Vingadores.

E a pergunta que ficava na cabeça do espectador era: e agora? O que vem depois? Como seguir em frente depois de algo tão grandioso?

Vieram as séries (WandaVision, Loki e Falcão e o Soldado Invernal), mostrando opções para o futuro do MCU, boas séries, mas ainda sem muitas novidades, tudo muito preso ao que já existia (ok, Loki mostrou um novo caminho). Veio o filme da Viúva Negra, bom filme, mas que veio atrasado, e também muito preso ao passado do MCU.

E agora estreia Shang Chi e a Lenda dos Dez Anéis, um filme de origem, onde a Marvel finalmente apresenta novos personagens e um novo universo a ser explorado.

O personagem Shang Chi era publicado aqui no Brasil em HQs com o nome de “Mestre do Kung Fu”, mas, nunca li nenhuma dessas revistas (assim como nunca li nenhuma HQ dos outros heróis). Aliás, vou te falar que nunca tinha ouvido falar do personagem. Mas, pra este filme, não precisa conhecer previamente. Tudo o que precisamos saber do personagem está no filme.

Dirigido pelo quase desconhecido Destin Daniel Creton, Shang Chi e a Lenda dos Dez Anéis (Shang-Chi and the Legend of the Ten Rings no original) traz um visual deslumbrante, lutas excelentes, personagens carismáticos e uma história envolvente. Nada mal para um filme de origem de um novo super herói.

Aliás, é bom falar. Assim com acontecia nos primeiros filmes de cada super herói, Shang Chi e a Lenda dos Dez Anéis é um filme independente dos outros. Se você nunca viu nenhum filme do MCU, sem problemas, você pode acompanhar tudo o que acontece aqui. Mas, tudo se passa dentro de um contexto, onde tudo o que existia antes continua sendo respeitado. Alguns elementos do MCU são inseridos aqui, pra mostrar que Shang Chi faz parte de um projeto maior.

A primeira coisa que chama a atenção em Shang Chi e a Lenda dos Dez Anéis é o visual. A fotografia é linda, cheia de cores, cheia de elementos da natureza. E as lutas são ótimas, tanto pelas coreografias quanto pelos efeitos usados nelas. Por fim, ainda temos um cgi perfeito, que mostra seres fantásticos e efeitos impressionantes com água.

(Parênteses pra voltar a falar das lutas. A luta no ônibus, que aparece no trailer, é muito boa, e olha que a gente já teve outra luta boa em ônibus este ano, em Anônimo. E a luta onde o casal se conhece é sensacional, uma mistura de luta com dança onde os adversários flutuam lembrando filmes como O Tigre e o Dragão. E essas duas lutas são no início do filme!)

O elenco principal é quase todo oriental, um bom sinal que finalmente Hollywood está se diversificando – se Shang Chi fosse feitos anos atrás, ia ter um monte de gente branca no elenco. O papel principal ficou com Simu Liu. Heu não conhecia ele, achei que era que nem o Chris Hemsworth, que era um coadjuvante de poucos papéis antes de virar o Thor, mas o imdb dele tem títulos desde 2012. Gostei dele, vai ser uma boa vê-lo nos próximos filmes do MCU. O pai do Shang Chi é interpretado por Tony Leung, ator chinês que tem uma filmografia enorme, e não me lembro de nenhum filme hollywoodiano – lembro dele em Bala na Cabeça, um dos meus filmes favoritos do John Woo (ele também fez Fervura Máxima e A Batalha dos Três Reinos com o John Woo). Tony Leung também está ótimo, é um vilão bem construído, dá pra entender suas motivações.

E são pelo menos quatro papeis femininos importantes. Duas eram novidades pra mim: a mãe, interpretada por Fala Chen; e a irmã, interpretada por Meng’er Zhang (segundo o imdb, é seu primeiro papel). Gostei das duas, são bonitas, carismáticas, lutam bem, vou procurar mais filmes com ambas. Também tem a Michelle Yeoh, currículo enorme, inclusive foi citada aqui recentemente duas vezes, em Gunpowder Milkshake e Boss Level – e não podemos esquecer que ela estava em O Tigre e o Dragão, citado lá em cima. Por fim, tem a Awkwafina como alívio cômico. Descobri que ela tem um grande fã clube, mas, sei lá, acho ela meio sem graça. Pelo menos aqui em Shang Chi ela funcionou bem, as piadas foram bem dosadas.

Ah, não só são vários atores orientais, também achei muito bom ver um blockbuster americano com muitos diálogos em chinês!

Tem mais nomes no elenco, mas pode ser spoiler. Heu não sabia, foi uma agradável surpresa, então não vou falar aqui.

É Marvel, então tem humor. Mas não é uma comédia assumida como Thor Ragnarok, por exemplo. É um filme de ação com momentos engraçados.

Ah, claro, tem cenas pós créditos. Duas. Uma no fim dos créditos principais, outra lá no final de tudo. Padrão.

Heu poderia continuar falando aqui, mas vou parar pra não ficar muito grande. Em breve vou gravar um podcrastinadores, e com spoilers, lá entrarei em mais detalhes. Fiquem de olho em podcrastinadores.com.br

Preenchimento obrigatório *

You may use these HTML tags and attributes:
<a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

*