Crítica – A Hora do Desespero
Sinopse (imdb): Uma mãe corre desesperadamente contra o tempo para salvar seu filho enquanto as autoridades fecham sua pequena cidade.
Pouco tempo atrás falei de um filme minimalista, O Culpado, com Jake Gyllenhal. Este A Hora do Desespero tem um formato bem parecido. Basicamente uma única atriz e um único cenário, e quase toda a interação da personagem é através do telefone.
Dirigido por Phillip Noyce, que fez alguns bons thrillers nos anos 90 (Invasão de Privacidade, Jogos Patrióticos, Perigo Real e Imediato, O Colecionador de Ossos), mas que não dirige nada digno de nota há anos, A Hora do Desespero tem seus bons momentos, mas me parece que a premissa não dava pra fazer um longa metragem. O filme tem menos de uma hora e meia, mas mesmo assim parece esticado.
A trama começa bem, com a mãe isolada, só ao celular. E teve uma coisa que achei boa: a dúvida sobre se o filho era vítima ou não. Mas, mais pro fim, começam a ter uma situações bem forçadas – tipo ela conseguir falar com quem nunca a atenderia. Isso enfraqueceu o resultado final.
Teve outra coisa que me incomodou, mas talvez seja implicância minha. É que a floresta onde ela corria pareceu grande demais. Vejam bem: ela sai pra sua corrida matinal, não era pra ser num local muito distante de casa. E de repente ela está perdida, tendo que atravessar um rio enorme, pra chegar numa rua e pegar um Uber. Como ela se afastou tanto? Lembrei de quando li O Senhor dos Anéis e precisava ficar vendo o mapa da Terra Média pra entender onde eles estavam. Faltou um mapa no filme!
A Hora do Desespero estreia nos cinemas esta semana. Sei não, para um filme desses, acho que funcionaria melhor num streaming…