Crítica – O Convento
Sinopse (imdb): Após a misteriosa morte do Padre Michael, sua irmã, Grace, decide viajar até o convento onde ele vivia na Escócia para descobrir o que realmente aconteceu. Sem confiar na versão oficial da Igreja, ela investiga por conta própria.
Confesso que fui ver este O Convento (Consecration, no original), novo lançamento de terror, com a expectativa lá embaixo. Tivemos tantos filmes de terror ruins recentemente que achei que este era mais um pra lista. Mas, olha, a pouca expectativa ajudou. O Convento não é um grande filme, mas é menos ruim do que a média que temos recebido.
A direção é de Christopher Smith, que em 2009 dirigiu o bom Triângulo do Medo, um filme de viagem no tempo que costumo recomendar pra quem está atrás de filmes pouco conhecidos sobre o tema. Curiosamente, nunca vi nenhum outro filme do diretor.
Já comentei aqui outras vezes: quando um filme acaba mal, perde pontos; quando acaba bem, ganha pontos. O Convento é um filme mediano, mas que termina com um plot twist bem legal, e isso melhora a sua nota.
Triângulo do Medo deixava pontas soltas e depois resolvia, e o mesmo acontece em O Convento. Algumas coisas parecem sem sentido, mas rola um plot twist no final onde boa parte dessas coisas passa a ter sentido. (Algumas coisas continuam sem sentido, tipo o policial deixar a protagonista investigar sozinha uma cena de dois possíveis crimes, mas a gente releva.)
Além de ser um filme bem lento, O Convento traz outro problema: é um terror que não assusta. Não tem jump scare, não dá medo – e ainda por cima usa e abusa de todos os clichês do subgênero “terror religioso”. Pelo menos o cenário do convento na Escócia é bonito.
A protagonista é interpretada por Jena Malone (Sucker Punch, Demônio de Neon), que funciona para o que o filme pede. O único outro nome que heu conhecia no elenco é Danny Houston (Mulher-Maravilha, X-Men Origens Wolverine http://www.heuvi.com.br/x-men-origins-wolverine/), que está caricato como sempre – aliás, o personagem também é ruim. Também no elenco, Thoren Ferguson, Janet Suzman, Alexandra Lewis e Eilidh Fisher.
O plot twist deixa espaço para uma continuação, mas espero que não aconteça. Terminou bem, deixa quieto!