Crítica – Alice no País das Trevas
Sinopse (imdb): Uma adolescente recentemente enlutada vai morar com a avó em uma casa isolada na floresta, sem saber que forças sinistras se escondem lá dentro.
Quando me ofereceram a oportunidade de assistir e produzir conteúdo sobre Alice no País das Trevas (Alice in Terrorland, no original), fui catar o trailer. Parecia ser bem ruim. Mas, filme de terror ruim às vezes é divertido, então fui ver qualé.
Pena, aqui não é divertido, é só ruim.
Alice é uma adolescente que perdeu os pais num incêndio. Aí ela vai pra casa da avó, e começa a ter sonhos muito loucos.
Acho que a ideia era usar os sonhos (ou pesadelos) pra transformar em terror os personagens e situações da história clássica – ideia que até poderia funcionar, a história original da Alice tem muitos elementos loucos que podem ser interpretados como assustadores. Mas o desenvolvimento desses sonhos é péssimo! Não tem absolutamente nenhum momento assustador em todo o filme – e era pra ser um filme de terror!
As caracterizações também são péssimas. Chega ao ponto do Coelho usar uma máscara, mas todo o resto usa maquiagem. De quem foi a ideia estúpida de colocar aquela máscara tosca no Coelho?
Pra piorar, quando ela encontra o Chapeleiro Louco, o filme apresenta um plot twist que já era óbvio desde o início do filme!
O roteiro e a direção são de Richard John Taylor. Vi no imdb que este foi seu sétimo filme como diretor em dois anos (2022 e 2023). Para um ator, é comum ver 3 ou 4 filmes em um ano (às vezes até mais), mas para um diretor, que normalmente se envolve em todas as etapas da produção, é bem mais difícil. A não ser que seja uma produção pequena e preguiçosa como esta.
Alice no País das Trevas é curtinho, uma hora e dezessete minutos (sendo que são sete minutos de créditos, pra que tanto crédito em uma produção tão caseira???). E mesmo assim parece arrastado em alguns momentos.
Pena. Ideia boa, mas muito mal desenvolvida.