Sinopse (imdb): Segue uma animadora de stop-motion que luta para controlar seus demônios após a perda de sua mãe autoritária.
Outro filme da Shudder no Festival do Rio. Bora!
Ella, nossa protagonista, trabalha com a mãe abusiva num filme de stop motion. A mãe foi uma grande cineasta no gênero, e agora está com uma doença onde não pode usar as mãos. Quando a mãe adoece e entra em coma, Ella resolve terminar seu filme, mas, por influência de uma menina vizinha, resolve largar o projeto da mãe e criar outro filme.
Stopmotion é a estreia em longas do diretor Robert Morgan, que já fez alguns curtas fantásticos usando animação em stop motion (mas que infelizmente não vi nenhum). Seu longa tem atores reais, mas o filme traz várias sequências usando a técnica de animação, e são sequências muito boas – talvez seja o melhor do filme. Aliás, não só as sequências em stop motion. Os efeitos especiais são muito bons, tem um onde o rosto da protagonista “vira” massinha de modelar que ficou com um visual impressionante.
(Uma curiosidade: embora possa parecer estranho, usar carne para stop motion é uma técnica real usada pela lenda do stop motion Jan Svankmajer.)
Por outro lado, a história é hermética, aquele estilo de trama cheia de simbolismos, onde o espectador termina o filme sem entender muita coisa. A partir de um momento, a história entra numa espiral crescente de loucura que, quando chega no fim, a gente fica com vontade de catar o “manual de instruções”.
A atriz principal é Aisling Franciosi, que estava recentemente em Não Fale o Mal, e que também fez A Última Viagem do Demeter (temos uma nova scream queen?). Ela está bem, ela convence quando sua personagem pira na batatinha.
Queria falar de teorias sobre o final do filme, mas entraria em spoilers, então não vou por este caminho. Só digo que gostei da parte técnica, mas por outro lado, a trama cheia de simbolismos me cansou.