Nosso Lar

Nosso Lar

Fui ver o novo fenômeno de bilheteria brasileiro. Nosso Lar tem seus méritos, mas também tem seus defeitos…

Mas, antes de falar de Nosso Lar, preciso explicar uma coisa: vou falar aqui sobre o filme. Não discutirei a filosofia proposta pelo filme. Não discuto nem política nem religião aqui no blog!

André Luiz (Renato Prieto) morre, e vai parar num lugar sombrio e cheio de pessoas em sofrimento – o Umbral. Depois de passar um tempo nesta espécie de purgatório, André Luiz é resgatado e levado para a cidade Nosso Lar, onde ele aprende como é a vida em outra dimensão. O filme foi baseado no livro homônimo psicografado em 1943 por Chico Xavier, atribuído ao próprio espírito André Luiz.

O grande mérito de Nosso Lar é ser um filme tecnicamente muito bem feito. Uma equipe gringa, responsável por, dentre outros, a máscara do Roscharch de Watchmen, foi convidada para fazer os efeitos especiais, que, realmente, trazem um visual muito bem feito, melhor do que o que se vê em produções nacionais semelhantes. Vários estrangeiros trabalharam no filme. Até a trilha sonora, a cargo do minimalista Philipp Glass.

Mas, por outro lado, o didatismo do filme cansa. Tudo é muito explicado, nos mínimos detalhes. A gente vê as coisas acontecendo, e uma narração em off explica o que acabou de acontecer. E isso torna a narrativa maçante. E, pra piorar, os atores parecem mecânicos. Todos parecem estar no piloto automático, onde mais importante que representar é explicar como funciona a filosofia espírita.

E aí a gente chega no ponto delicado: o filme que se propõe a mostrar o espiritismo falha como filme. Mas esta opinião é sobre o filme, não sobre a religião!

Pelo tamanho da superprodução, Nosso Lar poderia ser um marco na história do cinema nacional. Mas ficou devendo…

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