A Sétima Alma

A Sétima Alma

Filme novo do mestre Wes Craven em cartaz!

A trama é o de sempre. Sete adolescentes nasceram no mesmo dia que um misterioso serial killer supostamente morreu. Dezesseis anos depois, cada um dos jovens começa a morrer, como se o serial killer tivesse voltado. Ou reencarnado em um deles…

Podemos ver A Sétima Alma (My Soul To Take, no original) sob dois ângulos:

– Apenas mais um slasher adolescente. A gente já viu tudo isso em outros filmes.

– Ok, não tem nada de novo. Mas pelo menos a produção é bem feita e o roteiro não insulta a inteligência do espectador.

Prefiro pensar na segunda opção. Um divertimento honesto, sem pretensões de se tornar um novo clássico do horror.

O diretor (e aqui também roteirista) Wes Craven é um cara experiente quando se fala em cinema de terror. Fez bons filmes que fizeram muito sucesso (A Hora do Pesadelo, a trilogia Pânico), bons filmes que pouca gente viu (A Maldição dos Mortos Vivos), filmes legais mas esquisitos (As Criaturas Atrás das Paredes), filmes hoje considerados clássicos do terror (Quadrilha de Sádicos), fez até um dos piores filmes de lobisomem da história (Amaldiçoados). Este A Sétima Alma não é um dos seus melhores, mas também não é um dos piores. E, se tem gente com mão boa na direção, um filme maomeno pode funcionar.

O elenco tem um defeito bastante comum em Hollywood: se os personagens têm 16 anos, por que usar atores de 22? Fui checar no imdb, pelo menos quatro dos garotos nasceram em 1988 (um é de 1990, os outros dois não têm data de nascimento). Bem, observação feita, o elenco é o que se espera: ninguém se destaca, tampouco ninguém atrapalha. E o protagonista Max Thieriot aos poucos vai virando um nome conhecido, depois de papeis menores (mas importantes) em Jumper e O Preço da Traição.

A Sétima Alma tem um detalhe diferente da maioria dos filmes atuais de terror: economiza no sangue e no gore. Gostei desta opção de Craven. Mas talvez decepcione a “geração Jogos Mortais“…

No fim, o resultado não é ruim. Mas é aquilo que falei, também não traz nada de novo. Se tivesse sido feito uns 20 anos antes, quem sabe?

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