Top 10: Marcos nos Efeitos Especiais
Sempre fui fã de efeitos especiais. Desde criança, uma das coisas que mais me fascinava no cinema era tentar descobrir como eles faziam cada uma daquelas “mágicas”.
No Top 10 de hoje, vou falar de filmes que foram marcos na história dos efeitos especiais no cinema. Mas, importante: esta não é uma lista de “melhores efeitos especiais”, e sim de efeitos que, por algum motivo, entraram para a história do cinema. Por exemplo: ninguém questiona a qualidade do recente Avatar, mas seus efeitos foram uma evolução do que já existe. O que quero nesta lista não é a evolução, e sim a revolução. 😉
Preciso agradecer a inestimável ajuda do meu amigo Oswaldo Lopes Jr, que me auxiliou na parte pré anos 70, onde reconheço que saco menos. Valheu, Oz!
Como sempre, lembrando dos outros Top 10 já publicados aqui: filmes de zumbi, filmes com nomes esquisitos, filmes sem sentido, personagens nerds, estilos dos anos 80, melhores vômitos, melhores cenas depois dos créditos, melhores finais surpreendentes, melhores cenas de massacre, filmes dos ano 80 e 90 nunca lançados em dvd no Brasil, estilos de filmes ruins, casais que não convencem, musicais para quem não curte musicais, melhores frases de filmes, melhores momentos de Lost, maiores mistérios de Lost, piores sequencias, melhores filmes de rock, melhores filmes de sonhos, melhores filmes com baratas, filmes com elencos legais, melhores ruivas, melhores filmes baseados em HP Lovecraft, filmes que vi em festivais e mais ninguém ouviu falar, Atores Parecidos, Atrizes Parecidas, filmes de lobisomem, melhores trilogias, filmes de natal, melhores filmes de 2010, coisas que detesto nos dvds, melhores filmes da década de 00, filmes de vampiro, melhores diabos, cenas de sexo esquisitas, ficção cientifica ou não ficção científica, filmes de vingança.Visitem!
Antes de começar a lista dos 10 mais revolucionários, acho importante citar o clássico Viagem à Lua, de Georges Méliès, do distante ano de 1902, simplesmente o ponto de partida, o marco inicial, o primeiro filme de ficção científica no cinema. É deste filme a imagem inicial do Top 10!
Vamos aos filmes? Em ordem cronológica…
1- Metrópolis (1927), de Fritz Lang
Metrópolis trouxe uma inovação: o processo Schüfftan, que usava espelhos para inserir atores em cenários em miniatura. No caso, foi criada uma maquete de uma gigantesca metrópole, com ricos detalhes.
Não foi a primeira vez que animação stop motion foi utilizada no cinema, 8 anos antes O Mundo Perdido trazia vários dinossauros com a mesma técnica. Mas foi em King Kong que o stop motion mais se destacou, inclusive abriu portas para o trabalho de Ray Harryhausen, que fez filmes como O Monstro do Mar, Fúria de Titãs e vários filmes do Sinbad.
Em 1950, foi lançado Destino: Lua, 0 primeiro grande filme de FC produzido com a preocupação de ser o mais realista possível. E que abriu portas para 2001, de Kubrick, caso único na história do cinema onde os efeitos são tão à frente do seu tempo que impressionam até hoje, mais de 40 anos depois.
O marco inicial da popularização dos efeitos especiais convincentes na ficção científica no cinema. A partir de Guerra nas Estrelas, efeitos especiais em filmes aumentaram de forma exponencial no cinema e na tv.
5- O Enigma da Pirâmide (1985)
Tem gente que considera o “Projeto Gênesis” de Star Trek II – A Ira de Khan o primeiro cgi da história. Mas, na verdade, o primeiro personagem em cgi foi o vitral que sai da janela aqui neste O Enigma da Pirâmide, um filme menos famoso, mas mesmo assim, muito bom!
6- Uma Cilada Para Roger Rabbit (1987)
Misturar desenho animado com filme não era novidade. Mas era sempre em 2D, com a “câmera parada”. Roger Rabbit foi o primeiro desenho animado com profundidade, a primeira vez que um desenho parecia “sólido”.
7- Exterminador do Futuro 2: o Julgamento Final (1991)
O T1000, o novo exterminador, era um personagem de metal líquido, que podia se moldar em qualquer forma – uma evolução do que o próprio James Cameron usara pouco antes em O Segredo do Abismo. Era o início dos personagens digitais no cinema.
8- Parque dos Dinossauros (1993)
Uma perfeita mistura de cgi (computação gráfica), bonecos animatronic (robôs) e animação stop-motion criou dinossauros “reais” – pela primeira vez na história os bichos pareciam de verdade.
Talvez o melhor exemplo de “marco dos efeitos especiais”: o efeito bullet-time, usado naquelas cenas onde a imagem congela e a câmera se move, foi copiado e reutilizado por metade da indústria cinematográfica a partir da estreia de Matrix.
Tá, o filme é fraco. Mas pela primeira vez, um personagem digital está presente no filme inteiro – o odiado Jar Jar Binks. Dois anos depois, veio O Senhor dos Anéis, onde isso foi aprimorado, com o Gollum e seus ricos detalhes.
Se tivesse espaço para mais um, entraria Forest Gump, de 1994, com seus efeitos “invisíveis”, os efeitos estavam lá justamente para não aparecer – por exemplo, um dos personagens passa boa parte do filme sem as pernas, que foram apagadas pelos efeitos especiais…
Hoje ainda acho cedo citar o recente Tron Legacy. Mas acredito que listas semelhantes a esta feitas no futuro se lembrarão do novo Tron, acredito que este seja o futuro do cinema: um Jeff Bridges dos dias de hoje, com 60 anos, contracena com outro Jeff Bridges, rejuvenescido digitalmente. Agora um ator pode envelhecer e continuar apto para o papel que ele fez anos antes!
Em breve: Top 10 de filmes que fazem referência ao Brasil!
Excelente lista. Eu acrescentaria Um Lobisomen Americano em Londres e A Mosca que foram marcos em filmes de terror.
Mas o efeito no filme do tron, que o Jeff contracena com ele mais novo foi usado no exterminador com o Christian Bale, onde o T800 aparece com a cara do Arnold mais novo, do primeiro filme!!!Acredito que foi ai a primeira vez do uso do tal efeito!!
Teve isso no filme do Brad pit também, quando ele foi ficando adolescente (O Estranho Caso de Benjamin Button). Se não me engano usaram a imagem do filme no qual ele é o anjo da morte (Encontro Marcado) e deram uma tratada
Considero efeitos especiais algo que faz parte da “magia do cinema”. Acho que tem que ter aquele lance do mágico ilusionista, que faz desaparecer uma pessoa no meio da platéia e ela aparece de novo do outro lado do palco numa caixa suspensa e todo mundo fica se perguntando como ela chegou ali. Ou seja, acho que efeitos especiais tem que ser algo físico, verdadeiramente um truque que nos conduz a imaginar outras realidades. 2001 é um grande exemplo. Cenários e naves são maquetes. Usa-se a ótica principalmente. Já os efeitos e cenários computadorizados, são algo que só dependem da verba e do bom gosto de quem faz. Por isto descarto solenemente a parte de efeitos e cenas computadorizadas que para mim, passam cada vez mais a ser um tipo de desenhado animado com esteróides, mas sem aquela parte física, que está oculta. Complementar cenas, como no primeiro Star Wars, colocando as luzes dos disparos e coisas assim, é quase um recurso de cenário, mas a ação mesmo, acho que deve ser realista, algo que um dia eu possa entrar numa exposição e me encantar descobrindo que aquela nave gigantesca, na verdade é uma maquete feita por alguém habilidoso.
Na minha opinião os filmes com os efeitos especiais mais complicados já realizados no cinema são:
1- 2001 Uma Odisséia no Espaço (1968).
2- Titanic (1997).
3- Os Pássaros (1963) – (este extremamente injustiçado, por sinal).
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Gostaria de citar os efeitos de transição em DE VOLTA PARA O FUTURO 2. Passaram batido, muita gente não percebeu, quando alguns atores contracenavam com eles mesmos em cenas antológicas, comoo Michael J. Fox passando um objeto para sua “filha”, interpretada por ele, ou quando os carros voadores chegavam voando e pousavam de verdade. Na verdade usaram junção de duas cenas em tempo real, e a transição entre as duas era feita sempre por trás de um poste ou outro objeto. Tudo sem computação gráfica. Genial.
“O que quero nesta lista não é a evolução, e sim a revolução” – e apresentou a evolução dos efeitos de outros filmes nos itens 2, 3 e 7 da lista 😛