A Quinta Estação

Crítica – A Quinta Estação

Mais um filme cabeça…

No fim do inverno, os habitantes de uma pequena cidade belga fazem um ritual para se despedirem da estação. Mas o ritual dá errado, e por isso o inverno não vai embora. Sem colheitas e com os animais doentes, a cidade começa a entrar em colapso.

A Quinta Estação (La cinquieme saison no original), filme belga escrito e dirigido pela dupla Peter Brosens e Jessica Woodworth, tem um problema básico: se a história se passa num mundo contemporâneo (carros, estradas, máquinas, energia elétrica), por que ninguém telefonou ou pegou seu carro e foi para a cidade ao lado? Vou além: uma pequena vila belga pode ser autossuficiente em termos de comida, mas duvido que produzam gasolina. Sendo assim, de onde vem o combustível para os carros? É preciso muita suspensão de descrença para acreditar em uma fábula assim no mundo moderno. Se a trama fosse situada no passado, seria mais fácil de acompanharmós.

A Quinta Estação é um bom exemplo de filme cabeça “desnecessário” – na falta de história pra preencher uma hora e meia de produção, o filme é cheio de cenas longas e arrastadas onde nada acontece.

Ok, o filme tem seus bons momentos. Algumas cenas bonitas aqui, alguns lances engraçados ali. Mas muito pouco para um longa metragem.

Deve ter um monte de simbolismos nas cenas sem sentido. Algum “subtexto meta-qualquer coisa”. Mas, na boa? Me lembrei do lema do distribuidor Luis Severiano Ribeiro: “cinema é a maior diversão”. Se o espectador precisa de um manual de instruções pra entender as mensagens do filme, na minha humilde opinião este filme falhou.

Às vezes, um filme não faz sentido mas mesmo assim é divertido – Buñuel que o diga. Outras vezes ele é só chato.

Dispensável.

Categorias: Cabeça, Festival do Rio - 2012, Filme Belga

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