Crítica – Alvin e os Esquilos 4: Na Estrada
Mais um filme dos esquilinhos cantores. Precisava?
Os esquilos Alvin, Simon e Theodore acham que seu “pai” vai se casar e vai abandoná-los, então viajam até Miami para tentar impedir esta suposta proposta de casamento, e no meio do caminho “aprontam muita confusão” (já adiantando a chamada da Sessão da Tarde).
Dirigido pelo pouco conhecido Walt Becker, Alvin e os Esquilos 4: Na Estrada (Alvin and the Chipmunks: The Road Chip, no original) é aquilo que a gente espera: previsível e cheio de clichês. Sabe aquele tipo de road movie que na verdade é uma metáfora para o desenvolvimento de relações entre os personagens? Pois é, já sabemos que o grupo que se recusa a se aceitar como família vai terminar a jornada como uma família super unida. E, falando em clichês, um vilão caricato como aquele agente aéreo não convence nem em reprises de Sessão da Tarde.
Mas aí a gente vê que mais da metade dos cinemas da cidade está com o novo Star Wars (imperdível, diga-se de passagem), e que é Natal, e que as crianças estão entediadas em casa, e aí a gente resolve levá-las ao cinema. Claro, como um bom pai, já levei meus filhos para ver o Ep. 7, mas os moleques querem algo novo, não é? Então, a gente entende a pergunta do primeiro parágrafo: sim, precisa ter um filme desses em cartaz. Porque é um filme essencialmente bobinho e infantil, mas a criançada curte.
Pensando por esse ângulo, Alvin e os Esquilos 4 não é ruim. É bobo, é clichê, mas não é ruim. Tecnicamente, os esquilos são muito bem feitos; a parte musical é bem cuidada; o elenco funciona (gosto do Jason Lee, que agora está acompanhado de Kimberly Williams-Paisley, do seriado According to Jim); e, admito, o filme tem alguns momentos bem engraçados – a cena da “dança da vitória” quando eles mostram que estão com o anel é muito boa!
Enfim, se você tem em casa crianças entediadas, e você já as levou para ver O Despertar da Força, tem outra opção em cartaz.