As Aventuras de Tadeo e a Tábua de Esmeralda

Crítica – As Aventuras de Tadeo e a Tábua de Esmeralda

Sinopse (imdb): Tadeo acidentalmente desencadeia um antigo feitiço pondo em perigo a vida de seus amigos: Mumia, Jeff e Belzoni.

Minha banda tinha um show pra fazer num shopping. Queria levar meus filhos. Pensei “vamos aproveitar pra ver um filme no cinema antes”. Fui catar um filme infantil, e escolhemos este As Aventuras de Tadeo e a Tábua de Esmeralda. O problema é que o filme é tão bobinho que acho que posso passar para uma nova fase da paternidade. Vou falar primeiro sobre o filme, depois uma breve reflexão sobre amadurecimento dos filhos.

(Claro, terá spoilers leves na segunda parte do texto.)

Entrei na sala de cinema sem saber quase nada sobre o filme. Só sabia que era uma produção espanhola. Só fui saber que era o terceiro filme de uma franquia depois que tinha terminado o filme (é o terceiro longa, e ainda tem dois curtas e uma série de tv, segundo o imdb). Mas, já desconfiava disso, porque o personagem da Múmia, do jeito que aparece no filme, tinha que vir de algo previamente conhecido. Personagem bem ruim, aliás, mas já chego lá.

Tecnicamente, As Aventuras de Tadeo é um bom filme. A animação é boa colorida, divertida e tem algumas boas piadas – tem até uma citação a Indiana Jones! O que enfraquece é o roteiro. Vou fazer duas críticas ao roteiro. A primeira é que algumas coisas não fazem muito sentido, tipo a Múmia. A primeira vez que a gente a vê, ela tem que ficar fechada em casa, escondida de todos, porque afinal, é uma múmia viva. Mas, ao longo do filme esquecem disso e o personagem está normalmente à vista de todos. E isso porque não estou falando dos clichês – As Aventuras de Tadeo não tem nada de surpresa.

Mas o que mais me incomodou foi o final do filme, onde todos são bonzinhos demais. O grupo dos três arqueólogos é um grupo rival – podem se respeitar, mas nada levou àquele clima de parceria. E vou além: a “vilã” precisava enfrentar as as consequências dos seus atos.

E aí mudo o assunto do texto. Spoilers leves a partir de agora.

Desde o início do heuvi sempre falei de filmes infantis porque quando comecei, lá em 2008, minha filha estava com 7 anos. E em 2009 nasceu um novo filho, e mais um em 2011. A mais velha já é adulta, 21 anos, mas os outros ainda são novos, 13 e 11 anos.

Só que essa fase já acabou. Meu filho de 13 fazia comentários “adultos” ao meu lado no cinema. Tipo quando vemos pela primeira vez uma personagem ao telefone, com um close na boca e uma música diferente, e meu filho falou “e acabamos de conhecer a vilã!” Ou, num momento onde um personagem se separa do grupo dos protagonistas, e volta num momento chave onde eles precisavam de ajuda, e meu filho comentou “e o filme nunca vai explicar como esse personagem achou o grupo que estava longe!” E fiquei feliz quando ele reclamou do momento “piada de pum” que tem no meio do filme!

Quando o filme acabou – principalmente depois daquele final bobinho – pensei “é, é hora de entrar numa nova faixa etária da ‘paternidade cinematográfica’…”

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