Maratona do Amor

0-Maratona do AmorCrítica – Maratona do Amor

Não sei exatamente por que, mas perdi este filme na época do lançamento (o filme é de 2007, mas foi lançado aqui no ano seguinte).

Depois de ter deixado sua noiva grávida no altar, Dennis vive tentando conquista-lá de volta. Para seu azar, ela está de namorado novo. Para poder provar que ele ainda a ama que irá cuidar dela, Dennis resolve correr a maratona para a qual o namorado está treinando.

Há tempos que heu queria ver este filme, pelas pessoas envolvidas: além de Simon Pegg e Hank Azaria no elenco, Maratona do Amor (Run Fatboy Run, no original) é a estreia na direção de David Schwimmer, o Ross de Friends. Ah, um dos roteiristas é o próprio Pegg.

Apesar do talento desses caras, o filme é uma comédia romântica padrão. E, como quase todas as comédias românticas, tudo é previsível, com tudo de bom e de mau que isso traz. O roteiro segue a fórmula de sempre, todas as reviravoltas estão lá, nos lugares esperados. Pelo menos o filme é leve e bem feito e consegue divertir.

No elenco, Simon Pegg faz o “personagem de sempre” – gosto dele, mas admito que ele não é muito versátil. Já Hank Azaria é o oposto – caramba, o cara é o Gargamel! Dylan Moran faz um bom trabalho como o amigo largado de Dennis. Ainda no elenco, Thandie Newton e Harish Patel.

Agora, um detalhe técnico: não sou profissional, mas já fiz algumas corridas de rua. Entendo um pouco do assunto, o suficiente para saber que Dennis nunca conseguiria terminar bem os 42 km sem o treino necessário. Mas o filme não fantasiou sobre isso, a corrida que vemos era possível de ser realizada.

Por fim, o nome. “Maratona do Amor” é um péssimo. Mas o nome original, “Corra Gordinho Corra”, também é incorreto – Simon Pegg está fora de forma, mas está longe de ser gordo. Se fosse o seu amigo Nick Frost…

Godzilla (1998)

godzillaCrítica – Godzilla (1998)

Antes de ver o novo Godzilla, fui rever a versão de 1998.

Depois de testes nucleares franceses no sul do Oceano Pacífico, uma criatura desconhecida é vista em Nova York. Chamado para investigar, o cientista Niko Tatopolous chega à conclusão que um enorme lagarto foi criado pelas explosões.

Os fãs do monstro Godzilla criticam este filme porque alegam que o monstro na tela é apenas um lagarto gigante, e que não tem nada a ver com o monstro japonês. Como não conheço o Godzilla original, isso não me incomodou. Vi um filme de um monstrão “kicking ass”, e isso é sempre legal! 😉

Na minha humilde opinião, antes de ser um filme sobre um lagarto gigante, este é um filme do Roland Emmerich. Ou seja, o grande barato aqui é o filme-catástrofe. Mais uma vez, Emmerich destroi Nova York! Visto sob este ângulo, Godzilla funciona. Não chega a ser um “bom filme”, mas está longe de ser um “filme ruim”.

Claro, o roteiro tem alguns lances sem sentido (se o bicho nasceu no Pacífico, por que atravessar o Canal do Panamá e ir até Nova York para por ovos?) E rolam alguns exageros – o carro ser mastigado e depois arrancar foi demais, né? Mas, no geral, o filme é bem divertido e traz algumas boas sequências, como a cena do pescador no pier enquanto o Godzilla chega sob a água – se não me engano, isso era o trailer.

O elenco traz pelo menos três bons nomes: Mathew Broderick, Hank Azaria e Jean Reno – este último parece que estava se divertindo à beça. O ponto fraco está com Maria Pitillo (quem?), apagada no principal papel feminino. Tanto que a atriz sumiu.

Semana que vem estreia a nova versão. Tudo indica que será menos “farofa” do que este. Vamos ver…

Os Smurfs 2

Crítica – Os Smurfs 2

Com a intenção de conseguir roubar a essência dos Smurfs, Gargamel cria os Danadinhos, uma espécie de “Smurf do mal”. Com a ajuda destes, Gargamel consegue sequestrar Smurfette e foge com eles para Paris.

Confesso que gostei do primeiro filme dos Smurfs. Mas concordo que não precisava de uma continuação.

O problema é que a continuação, mais uma vez dirigida por Raja Gosnell, praticamente repete o primeiro filme. As únicas diferenças são a mudança de locações, de Nova York para Paris; e a introdução de dois novos personagens no núcleo dos humanos, o filho e o padrasto.

Aproveito a deixa pra falar do núcleo dos humanos. No primeiro filme, era novidade vermos Smurfs no mundo “normal”. Esta novidade não existe mais. E o núcleo dos humanos perde o propósito. É uma pena vermos bons atores como Neil Patrick Harris e Brendan Gleeson completamente desperdiçados. O único que se salva é Hank Azaria, que mais uma vez impressiona com o seu Gargamel.

(Fica a dúvida: será que não seria mais interessante um filme todo dentro da aldeia dos Smurfs? Porque a melhor parte do filme é a introdução, que mostra a origem da Smurfette.)

Além do Gargamel, os efeitos especiais também são muito bons. Os Smurfs e os Danadinhos são muito bem feitos, e o gato Cruel mais uma vez rouba a cena.

Ah, pra quem for assistir com o áudio original, a Smurfette volta a ser dublada pela cantora Katy Perry, que agora tem a companhia da Christina Ricci, que dubla a Danadinha Vexy.

Pena que, no fim, fica a impressão de um prato requentado. E o pior é que já anunciaram o Smurfs 3…

Os Smurfs

Crítica – Os Smurfs

Adaptação do desenho animado que passava na tv nos anos 80, que por sua vez era uma adaptação dos quadrinhos do desenhista belga Peyo.

Fugindo do temível Gargamel, seis smurfs vão parar em Nova York. Mas Gargamel e seu gato, Cruel, vão atrás.

O filme dos Smurfs sofre de um problema. O desenho era bem famoso, mas era bem ingênuo, bem bobinho. Vai despertar saudades em muitos marmanjos, que provavelmente nem se lembram de como a temática era infantil. Ou seja, quem estiver movido apenas por nostalgia tem uma grande chance de se decepcionar, porque o filme mantém o foco no mesmo público alvo: a criançada.

Dirigido por Raja Gosnell (também responsável pela adaptação de Scooby Doo), o filme é bobinho como era o desenho. Mas agrada em cheio a molecada – na sessão que heu estava, bateram até palmas!

Se a trama é ingênua e previsível, pelo menos o roteiro mexe com alguns clichés “smurfianos”. Por exemplo, implica com a mania que eles têm de colocar a palavra “smurf” em quase todos os diálogos, e também com os nomes, ligados às personalidades de cada um. E a musiquinha repetitiva (e às vezes irritante) também é citada.

A parte técnica é excelente. Os smurfs são cgi, mas são muito bem feitos – tão “reais” que parecem estar realmente lá com os atores. A vila dos smurfs também é muito bem feita, com detalhes impressionantes. Mas o que achei ainda mais legal foi o gato Cruel. Entre optar por um gato de verdade, ou um gato digital (como o Garfield), fizeram um meio termo: o gato tem a aparência de um gato real, mas tem expressões criadas digitalmente. O Cruel é um espetáculo à parte!

O filme está disponível em versão 3D. Não sei se vale a pena pelo filme todo, mas pelo menos duas sequências ficaram legais em 3D: o travelling inicial e a viagem pelo portal.

No elenco, o destaque óbvio é Hank Azaria, irreconhecível como Gargamel. Não só a caracterização está perfeita como ele ainda faz um vilão à moda antiga, daqueles que a plateia torce contra. O resto do elenco conta com nomes vindos da tv: Neil Patrick Harris (How I Met Your Mother), Jayma Mays (Glee) e Sofia Vergara (Modern Family).

Vi a versão dublada, então não posso falar sobre os atores que dublam os smurfs no original. Mas consegui pegar uma “piada interna”: Katy Perry, cantora da música “I Kissed a Girl”, faz a voz da Smurfete, que determinado momento solta um “I Kissed a Smurf”… Funciona bem, assim como outras piadas discretas aqui e acolá – reparem que, em cima dos táxis, rolam propagandas de Blurray e do Blue Man Group.

Durante os créditos, rolam desenhos originais de Peyo. E mais uma boa piada: “Nenhum gato digital foi machucado durante as filmagens”.

Enfim, boa opção pra criançada. Mas acho que adultos podem achar infantil demais.

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Se você gostou de Os Smurfs, Blog do Heu recomenda:
Toy Story 3
A Pedra Mágica
Rio

Amor e Outras Drogas

Amor e Outras Drogas

Conquistador, Jamie Randall (Jake Gyllenhaal) trabalha como representante comercial de um grande laboratório farmacêutico. No seu convívio entre hospitais, conhece a bela Maggie Murdock (Anne Hathaway), que, apesar de apenas 26 anos, já sofre de mal de Parkinson. Um romance começa entre os dois, inicialmente só pela atração física, já que Maggie não quer se envolver por causa da sua doença.

Amor e Outras Drogas é uma interessante mistura de comédia com drama, usando como pano de fundo os bastidores da indústria farmacêutica na época do lançamento do Viagra na segunda metade dos anos 90.

O melhor de Amor e Outras Drogas é a química entre o casal de protagonistas Anne Hathaway e Jake Gyllenhaal. Inclusive, rolam muitas cenas de nudez – a nudez foi tanta que incomodou parte da puritana plateia americana. Esses americanos não tão com nada, Anne Hathaway está lindíssima!

O resto do elenco também está muito bem – o filme conta com Oliver Platt, Hank Azaria, Gabriel Macht e Judy Greer, entre outros. Só não gostei de Josh Gad como o caricato irmão de Gyllenhaal, um alívio cômico desnecessário, na minha humilde opinião.

O filme tem um problema: o ritmo cai na segunda parte, quando o foco maior passa a ser na doença de Maggie.

O diretor Edward Zwick é mais lembrado por filmes épicos e grandiosos como O Último Samurai, Coragem Sob Fogo ou Nova York Sitiada, os mais desavisados podem achar estranho vê-lo num filme assim. Mas heu não achei estranho, lembro que ele dirigiu Sobre Ontem À Noite, romance de 1986 que coloca Demi Moore e Rob Lowe sem roupa, como Anne Hathaway e Jake Gyllenhaal aqui.

Não sei se Amor e Outras Drogas pode ser classificado como comédia romântica, apesar de seguir o formato “casal-se-conhece-se-estranha-se-separa-descobre-que-está-apaixonado-volta-a-ficar-junto”. Afinal, apesar de seguir a fórmula, a parte final do filme é um drama pesadão…

Apesar da queda de ritmo, Amor e Outras Drogas é um bom programa.

Ano Um

Ano Um

Gosto do Jack Black. E admiro o Harold Ramis desde a época dos Caça Fantasmas. Por que não ver um filme estrelado pelo primeiro e dirigido pelo segundo?

Bem, na verdade Ano Um é bem fraco, infelizmente. Acompanhamos Zed (Black) e Oh (Michael Cera, de Juno), que viajam presenciando vários acontecimentos bíblicos.

O filme começa com homens das cavernas, e de repente tudo “evolui” (mais de uma vez), até eles chegarem em Sodoma e Gomorra. A princípio parece estranho, mas isso até que funcionou.

Acho que o problema é outro: a maior parte das piadas é sem graça. O filme é muito bobo!

Pena, porque o elenco é bem legal: além dos citados Black e Cera, temos Oliver Platt, Vinnie Jones, David Cross, Olivia Wilde, Hank Azaria, Christopher Mintz-Plasse (Superbad), e, de quebra, um Paul Rudd não creditado.

Só recomendado para os pouco exigentes.

Matador em Conflito

Matador em Conflito

Matador em Conflito

Divertida comédia de humor negro, Matador em Conflito (Grosse Pointe Blank no original) traz uma trama um tanto surreal: um assassino profissional é convidado para uma reunião de dez anos de formatura no colégio, em sua cidade natal. Já que tem um “trabalho” para fazer na cidade no mesmo fim de semana, resolve ir para lá e participar da reunião…

Dirigido por George Armitage em 1997, um dos méritos deste filme é o elenco. Encabeçado por um como sempre inspirado John Cusack, ainda temos Dan Aykroyd, Minnie Driver, Alan Arkin, Joan Cusack e, de quebra, Hank Azaria e Jeremy Piven em papéis menores. Aykroyd interpreta um  rival de Cusack, que quer convencê-lo a criar um sindicato de assassinos (!); Arkin, por sua vez, faz um psiquiatra apavorado porque descobriu que seu paciente mata outras pessoas como profissão.

Quer mais? A trilha sonora também é muito boa, só de hits dos anos 80 – afinal, temos uma reunião de formandos de 87!

O filme não é daqueles “imperdíveis”. Tá mais pra cult. Mesmo assim, é uma boa e despretensiosa diversão.