Crítica – Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível
Ligados por um destino em comum, uma jovem com curiosidade científica e um ex-garoto prodígio inventor embarcam em uma missão para descobrir os segredos de uma outra dimensão.
Antes de tudo, preciso avisar que a última vez que fui à Disney foi há uns trinta anos atrás. Sei que existe uma área chamada Tomorrowland que inspirou o filme, mas não tenho ideia se a trama deste filme tem algo a ver com o parque temático ou não.
Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível (Tomorrowland, no original) é aquilo que a gente espera de uma super produção da Disney: uma bem cuidada ficção científica, uma boa aventura infanto juvenil. Claro, com mensagem positiva no fim – algo diferente da moda atual de futuros distópicos (Mad Max, Jogos Vorazes, Maze Runner, Insurgente, The Walking Dead, etc).
A direção é de Brad Bird, o mesmo de Missão Impossível Protocolo Fantasma, mais conhecido pelos seus filmes da Pixar, Os Incríveis e Ratatouille – ou seja, o cara sabe falar com o público mais novo. Nisso, Tomorrowland é bem eficiente. Mas talvez os mais velhos se cansem por ser um pouco didático demais (mais uma vez vemos o discurso “estamos maltratando o nosso planeta”).
Os efeitos especiais, como eram de se esperar, são de cair o queixo. Prestem atenção na cena onde Casey entra na cidade de Tomorrowland: um único plano-sequência de quase cinco minutos! Claro, com várias intervenções digitais, mas não tiro o mérito de quem bolou isso. Também gostei do foguete steam punk que sai da Torre Eiffel. E me amarrei nas piscinas em camadas!
Um parágrafo à parte para falar da “Blast From The Past”, uma loja de colecionáveis que aparece no filme. Caramba! Tem MUITA coisa legal! E ainda estava com até 70% de desconto!!! Quando sair o blu-ray, vou rever esta cena com o dedo no pause, só pra explorar a loja…
No elenco, o veterano George Clooney divide o foco principal com as menos conhecidas Britt Robertson (Under the Dome) e Raffey Cassidy (Branca de Neve e o Caçador). Também no elenco, Hugh Laurie, Tim Mcgraw, Kathryn Hahn, Keegan-Michael Key e Judy Greer.
Pena que o roteiro, escrito por Bird e Damon Lindelof (Lost) é um pouco confuso e se perde no final – a gente sai do cinema se perguntando quais eram as reais intenções do “vilão” e por que ele mandou os robôs assassinos. Além disso, algumas coisas ficaram meio jogadas, como as paredes dos prédios na nossa dimensão que só atrapalham quando é conveniente para o desenrolar da trama…
Mesmo assim, achei o resultado positivo. E digo mais: Tomorrowland é um artigo raro nos dias de hoje – uma ideia nova! Vejam a lista dos blockbusters dos últimos anos, temos várias adaptações, continuações, remakes e reboots. Um viva para quem nos traz um filme original!