O Último Grande Herói

O Último Grande Herói

Sinopse (imdb): Com a ajuda de um bilhete mágico, um jovem fã de cinema é transportado para o mundo fictício de seu personagem de ação favorito.

Hora de revisitar O Último Grande Herói, de 1993!

Antes de entrar no filme, vamos a uma contextualização. Na época, Arnold Schwarzenegger era um dos maiores nomes do cinema de ação, com uma sólida carreira construída desde o início dos anos 80, com uma vasta filmografia que começou com dois filmes do Conan (em 1982 e 84), e decolou a partir de Exterminador do Futuro (84). Nos anos seguintes ele estrelou filmes como Comando Para Matar (85), Jogo Bruto (86), O Predador (87), O Sobrevivente (87), Inferno Vermelho (88), O Vingador do Futuro (90) e O Exterminador do Futuro 2 (91), além de duas comédias, Irmãos Gêmeos (88) e Um Tira no Jardim de Infância (90). Com um currículo desses, Schwarzza era o cara perfeito para estrelar uma paródia de filmes de ação.

Dirigido por John McTiernan, que antes tinha feito O Predador (87), Duro de Matar (88) e Caçada ao Outubro Vermelho (90), O Último Grande Herói (Last Action Hero, no original) consegue ser um eficiente filme de ação e, ao mesmo tempo, uma comédia satirizando os filmes de ação – tudo isso dentro de uma bem sacada metalinguagem. Todos os clichês usados pelos filmes do estilo são usados aqui, mas desta vez sob o ponto de vista da paródia.

Uma das coisas que mais gosto em O Último Grande Herói são as referências. São muitas! Schwarzenegger brincando com “I’ll be back!”; cameos da Sharon Stone de Instinto Selvagem e do Robert Patrick de Exterminador do Futuro 2 na delegacia; um policial fala que está a dois dias de se aposentar como o Roger Murtaugh de Duro de Matar; uma sequência de Hamlet do Laurence Olivier e uma citação à sua participação em Fúria de Titãs; props fabricados pela Acme; o garoto falando pro F Murray Abraham que ele tinha matado Mozart (referência a Amadeus); e, o meu favorito: o poster de Exterminador do Futuro com o Stallone! Além disso, a parte final tem cameos de James Belushi, (que estava em Inferno Vermelho), Little Richard, Jean-Claude Van Damme, Chevy Chase e MC Hammer, entre outros.

Mas o filme não é feito só de referências. As sequências de ação são muito boas, tanto as que se passam dentro do filme quanto as que se passam fora. E contrastar Los Angeles de dia e com sol com Nova York à noite e com chuva foi uma boa sacada visual.

A trilha sonora é muito boa. O próprio Schwarzenegger convidou o AC/DC pra compor uma música pro filme, e ainda tem canções de Aerosmith, Alice in Chains, Megadeth, Def Leppard, entre outros.

No elenco, Arnold Schwarzenegger está muito à vontade fazendo uma paródia de si mesmo. Já o garoto Austin O’Brien às vezes cansa um pouco, de repente poderiam ter diminuído um pouco sua participação. Também no elenco, F. Murray Abraham, Charles Dance, Anthony Quinn, Frank McRae e Mercedes Ruehl. Foi a estreia de Bridgette Wilson e Angie Everhart; e ainda tem uma participação de Ian McKellen como a Morte e outra da Tina Turner como a Prefeita. Ah, e a voz do policial gato é do Danny De Vito.

A produção do filme teve problemas e as filmagens atrasaram. Mas o estúdio se recusou a adiar o lançamento, e acabou que a estreia foi corrida – segundo o imdb, as filmagens foram até a semana da estreia! Não sei se por isso, ou porque o público esperava algo mais “sério”, ou por causa da concorrência (Jurassic Park estreou uma semana depois), o fato é que a bilheteria de O Último Grande Herói não foi boa, o que é uma pena.

A Bela e a Fera

a-bela-e-a-feraCrítica – A Bela e a Fera

(Antes de tudo, preciso falar que não gosto desta história. Numa sociedade que briga pelos direitos das mulheres, acho um retrocesso uma princesa que só gosta do príncipe porque ele é rico. Estamos ensinando nossas filhas a serem interesseiras? Isso porque não estou falando da Síndrome de Estocolmo! Mas, vamos ao filme…)

Adaptação do conto de fadas onde uma jovem e um príncipe monstro se apaixonam.

A Disney é especialista na arte de fazer dinheiro. A novidade (de uns anos pra cá) é criar versões live action (com atores) dos desenhos clássicos. Já tivemos Malévola, Cinderela e Mogli. Agora chegou a vez de A Bela e a Fera.

O risco de adaptar A Bela e a Fera era um pouco maior. Não só é mais recente (1991), como é um filme historicamente importante na linha do tempo da Disney – depois de uma década de 80 com pouco sucesso artístico e comercial (época de O Cão e a Raposa, O Caldeirão Mágico e As Peripécias do Ratinho Detetive), A Bela e a Fera não só foi um grande sucesso de bilheteria como também concorreu a seis Oscar (incluindo melhor filme – a primeira vez que uma animação concorreu ao prêmio principal) e ganhou as estatuetas de trilha sonora e canção. E ainda ajudou a firmar a Disney no topo novamente (logo antes tivemos A Pequena Sereia, logo depois, Alladin e O Rei Leão). Ou seja, um marco.

Bem, acredito que quem gostou do desenho não vai se decepcionar. Todas as músicas estão lá e algumas sequências foram recriadas fielmente. Aposto como vai ter fã chorando de emoção. Porém… o grande mérito é, ao mesmo tempo, um problema. Porque, na comparação, o filme perde para o desenho.

O filme é muito mais longo que o desenho (45 minutos!). Como era previsível, temos músicas novas (uma música só concorre ao Oscar se for feita para o filme, por isso adaptações sempre trazem pelo menos uma música inédita). E essas músicas novas não são tão cativantes quanto as do filme dos anos 90.

Outro problema do filme é a caracterização da Fera. Em vez de maquiagem, a produção optou por captura de movimentos. Mas o resultado ficou bem artificial. E pensar que há mais de 30 anos o Michael Jackson usou maquiagem no videoclipe de Thriller e ficou infinitamente melhor…

Os efeitos especiais são muito bons. Os coadjuvantes Lumiere (o candelabro) e Cogsworth (o relógio) são perfeitos! Já o bule Ms. Potts ficou esquisito, porque tem olhos e bocas desenhados, foge ao padrão que todos os outros objetos usam.

A direção ficou com Bill Condon, que tem um Oscar pelo roteiro de Deuses e Monstros, mas já trabalhou com musicais: escreveu o roteiro de Chicago e dirigiu Dreamgirls. Mas não podemos nos esquecer que o cara também dirigiu dois CrepúsculosA Bela e a Fera se aproxima mais destes últimos…

O elenco é muito bom. Mas o destaque não está com os protagonistas. Sempre canastrão, Luke Evans está ótimo como Gaston, e digo o mesmo sobre o LeFou de Josh Gad, aqui abertamente assumindo ser gay (fato que irritou alguns fãs xiitas, mas não me incomodou). Os coadjuvantes / objetos (Ewan McGregor, Ian McKellen, Emma Thompson, Stanley Tucci e Gugu Mbatha-Raw), que só mostram a cara no fim, também estão bem. Emma Hermione Watson está bem, mas nada demais (ela não tem uma grande voz, mas não atrapalha); Dan Stevens (quem?) fecha o elenco principal, interpretando a Fera.

Enfim, como disse lá em cima, quem curtiu a versão dos anos 90 vai se divertir. Mas ainda acho melhor rever o desenho.

O Hobbit 3: A Batalha dos Cinco Exércitos

0-Hobit3-posterCrítica – O Hobbit 3: A Batalha dos Cinco Exércitos

Chega ao fim a trilogia d’O Hobbit!

Ao recuperar sua montanha do dragão Smaug, Bilbo Bolseiro, Thorin Escudo-de-Carvalho e a Companhia de Anões involuntariamente despertaram uma força mortal para o mundo. Enfurecido, Smaug espalha sua ira sobre homens, mulheres e crianças indefesas da Cidade do Lago.

A expectativa era grande. Os dois primeiros filmes baseados no livro “O Hobbit” ficaram devendo. Mas quando o mesmo diretor Peter Jackson fez a trilogia O Senhor dos Aneis, o terceiro filme foi o melhor da série, e agora a gente esperava que acontecesse o mesmo com a trilogia do prequel.

Pena, desta vez Peter Jackson falhou. O Hobbit 3: A Batalha dos Cinco Exércitos (The Hobbit: The Battle of the Five Armies, no original) é o mais fraco dos seis filmes dirigidos por ele baseados em J.R.R. Tolkien.

Vejam bem, o filme não é exatamente ruim. Tecnicamente perfeito, traz bons atores, bons personagens, batalhas bem filmadas, etc. Mas O Hobbit 3 perde – e muito – na comparação com a trilogia anterior, principalmente com o terceiro filme: depois uma batalha sensacional, O Retorno do Rei termina com Aragorn virando rei e dizendo aos Hobbits “you bow to no one”, num momento que arrepia até o nerd mais insensível. E agora, no fim do sexto filme, bem… Nada memorável acontece…

Aliás, mesmo os outros filmes da nova trilogia têm sequências memoráveis. Tem alguma aqui? A batalha que dá título ao filme é deixada de lado enquanto acompanhamos algumas lutas em particular. E o fim da batalha é besta…

Se fosse um filme “independente”, O Hobbit 3 seria um filme razoável, apenas com o mesmo defeito dos outros dois filmes do prequel: a lentidão – foi um erro grave transformar um único livro em três filmes de quase três horas cada, os três filmes têm muita encheção de linguiça. Mas, por ser mais um filme do Peter Jackson, baseado em Tolkien, repetindo atores e personagens, a comparação entre as duas trilogias é inevitável.

Se salvam alguns detalhes, como falei lá em cima. A parte técnica é fantástica, Jackson e a Weta conseguem perfeição nos efeitos especiais, o dragão mais uma vez enche os olhos, assim como as grandiosas batalhas. Existem versões em 48 quadros por segundo, mas não posso julgar isso, a sessão de imprensa foi nos tradicionais 24 qps.

O elenco também está bem, felizmente Jackson conseguiu manter os mesmos atores durante toda a saga. Martin Freeman mais uma vez faz um bom trabalho liderando o elenco, que conta com Ian McKellen, Richard Armitage, Evangeline Lilly, Luke Evans, Orlando Bloom, Lee Pace, Billy Connolly e Manu Bennett. Só achei que alguns atores aparecem pouco – Cate Blanchett e Benedict Cumberbatch (que não mostra a cara mas dá a voz para dois vilões) deveriam ter participações maiores, seus personagens foram sub-aproveitados. Ian Holm, Christopher Lee e Hugo Weaving fazem pontas nos papeis esperados.

No fim, fica a certeza: o livro “O Hobbit” não tinha como virar uma trilogia de quase 9 horas (na sua versão curta, porque existe uma versão estendida). Se fosse apenas um filme, ou, no máximo, dois, seria beeem melhor.

p.s.: Será que Jackson agora pensa na trilogia do Silmarillion? Ou será que a Disney vai comprar tudo e inventar episódios 7, 8 e 9? 😛

X-Men: Dias de um Futuro Esquecido

0-X-Men-posterCrítica – X-Men: Dias de um Futuro Esquecido

Finalmente, o esperado filme que liga as duas gerações dos X-Men!

Acuados pelos Sentinelas, os X-Men mandam Wolverine ao passado em uma tentativa desesperada de mudar a história e prevenir um evento que resultará na eliminação de todos os mutantes.

Amigos, a notícia é boa: X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (X-Men: Days of Future Past, no original) consegue o equilíbrio perfeito entre o drama, a ação e a tensão; entre a seriedade proposta pelo tema e o bom humor característico dos filmes da Marvel. Digo mais: na minha humilde opinião, temos uma das melhores adaptações de quadrinhos de super heróis dos últimos tempos.

Rolava um certo receio, porque este na verdade é o sétimo filme usando o universo dos mutantes – teve a trilogia original (2000, 03 e 06), dois filmes “solo” do Wolverine (2009 e 13 – apesar do primeiro ser rejeitado por quase todos, entre crítica e fãs, foi um filme “oficial”), e o reboot (2011) que mostrava os personagens nos anos 60. Com tantos filmes, escritos por tantos roteiristas diferentes, baseados em tantos quadrinhos diferentes, existe uma certa bagunça na linha temporal. E o receio aumentou quando anunciaram que teria viagem no tempo no filme, um artifício que nem sempre funciona. Mas o medo foi infundado, o resultado ficou bem acima da expectativa.

A direção voltou para as mãos de Bryan Singer, o mesmo dos dois primeiros filmes dos X-Men. Alguns fãs ficaram preocupados, porque quando ele largou a franquia, se queimou fazendo o fraco Superman – O Retorno (depois disso, Singer fez Operação Valquíria e Jack, o Caçador de Gigantes). Bem, Singer mostrou que o Superman foi um desvio e que ainda tem boa mão. E, convenhamos, o cara tem moral, né? Quando ele fez o primeiro filme dos X-Men, não existia toda essa aceitação para filmes de super-heróis. Se, no primeiro semestre de 2014, nós teremos 4 longas de heróis da Marvel, Singer é um dos “culpados”!

Os efeitos especiais merecem um parágrafo à parte. Só pra citar um exemplo: Magneto chega a levantar e carregar um estádio pelos ares. Os efeitos são de cair o queixo. E tem uma cena em particular que é sen-sa-ci-o-nal, falarei mais dela no penúltimo parágrafo.

No elenco, uma constatação: o novo X-Men é um filme da nova geração. Michael Fassbender e James McAvoy têm uma participação muito maior do que Ian McKellen e Patrick Stewart. Pareceu mesmo uma “passagem de bastão” do Magneto e Prof Xavier velhos para os mais novos. E Hugh Jackman e seu Wolverine voltam a ter destaque – ele só teve uma cena curta (e engraçada) no penúltimo filme (e que é citada aqui).

Sobre a quarta personagem principal, a gente vê como funciona o “star power” do cinema contemporâneo. Nos primeiros filmes, a Mística foi interpretada pela Rebecca Romijn, lindíssima, mas não muito famosa. Agora o papel é de Jennifer Lawrence, menos bonita que a Rebecca Romijn, mas badaladíssima – ganhadora do Oscar ano pasado por O Lado Bom da Vida e protagonista da franquia de sucesso Jogos Vorazes. Se a Rebecca pouco aparecia sem a maquiagem azul, o mesmo não acontece agora. A Mística atual passa boa parte do filme “fantasiada de Jennifer Lawrence”.

Peter Dinklage confirma que é um grande ator (trocadilhos liberados aqui) – o que todos que já viram Game Of Thrones já sabiam. E o roteiro ainda consegue usar a Tempestade de Halle Berry, e juntar Anna Paquin, Famke Janssen e James Marsden em pequenas participações especiais. Ainda no elenco, Ellen Page, Nicholas Hoult, Omar Sy, Bingbing Fan, Shawn Ashmore, Evan Peters e Josh Helman.

“E o 3D?” Quem me conhece sabe que não sou fã de 3D. Pelo menos X-Men: Dias de um Futuro Esquecido tem uma cena onde o 3D é muito bem usado, uma das melhores cenas do filme, provavelmente a mais divertida: quando tudo fica em câmera lenta por causa da super velocidade de Evan Peters, durante a fuga da prisão.

Ah, claro, é Marvel, tem cena depois dos créditos, aparentemente um gancho para o próximo filme, X-Men Apocalypse.

 

O Hobbit 2: A Desolação de Smaug

Crítica – O Hobbit 2: A Desolação de Smaug

Dezembro de 2013, hora de ver a segunda parte da “trilogia de um livro só”!

Bilbo Bolseiro continua sua jornada ao lado de Gandalf e dos doze anões, que querem reconquistar Erebor, sua terra, hoje tomada pelo dragão Smaug.

Existe um problema previsível aqui – O Hobbit 2: A Desolação de Smaug é um filme lento. Anos atrás, Peter Jackson pegou três livros e fez a excelente trilogia O Senhor dos Anéis. Agora, pegou apenas um livro, mas resolveu esticar a história para fazer outra trilogia. E o pior é que são filmes longos, este segundo tem duas horas e quarenta e um minutos. Ou seja: é inevitável que o filme fique cansativo. Se fosse um filme de uma hora e quarenta, acho que tudo fluiria melhor.

O Hobbit 2: A Desolação de Smaug tem outro problema, mas a culpa não é do filme, e sim do livro. Na outra trilogia tínhamos nove personagens (quatro hobbits, dois homens, um elfo, um anão e um mago), e já era difícil acompanhar todos – quem nunca confundiu Merry e Pippin, mesmo sabendo que um fica em Gondor enquanto o outro acompanha os Cavaleiros de Rohan? Aqui fica impossível acompanhar cada personagem em uma troupe de quatorze, onde doze são anões. A gente reconhece Thorin, Balin… Kili tem uma trama paralela, e… o resto poderia ser condensado em uns dois ou três personagens. A trama ia ser mais fácil de acompanhar com cinco anões em vez de doze.

(Outro problema menor, mas precisa ser citado: parece que o centro de treinamento dos orcs é junto com o dos stormtroopers. Os orcs erram TUDO!)

Pelo menos Jackson tem talento naquilo que se propõe a fazer. O Hobbit 2: A Desolação de Smaug tem seus momentos sonolentos, mas por outro lado, são várias as sequências eletrizantes ao longo do filme. Jackson consegue tomadas excelentes, com a câmera em movimento, no meio de batalhas épicas.

Aliás, os efeitos especiais, como era de esperar, são excelentes. A sequência dos anões nos barris impressiona pela nitidez que acompanhamos cada gesto e cada golpe, enquanto elfos, anões e orcs brigam entre si. E o dragão é um assombro de tão bem feito. Fico me imaginando o quanto do filme foi realmente filmado e o quanto é cgi.

O elenco repete todos que estavam no primeiro filme, e ainda traz algumas novidades, como Stephen Fry, Luke Evans e Evangeline Lilly, que faz Tauriel, uma elfa que não estava no livro, uma espécie de Arwen mais ativa. Martin Freeman mais uma vez está muito bem no papel título; Ian McKellen repete a competência de sempre no quinto filme como Gandalf. Cate Blanchet pouco aparece com sua Galadriel; Orlando Bloom volta com seu Legolas, aqui num papel menor. Benedict Cumberbatch não aparece, mas sua voz está bem presente – o cara empresta a voz para dois vilões: tanto o Necromante, quanto o dragão Smaug. Aliás, fico me questionando como deve ter sido a gravação de uma cena onde os atores já trabalharam juntos como Sherlock Holmes e Watson…

(O Gollum de Andy Serkis não aparece aqui. Mas Serkis estava por perto, ele foi o diretor de segunda unidade…)

A sessão pra imprensa (que quase não aconteceu por problemas técnicos) foi no tradicional 24 quadros por segundo. Mas parece que algumas salas têm exibições em 48 qps. Pretendo rever no outro formato para comparar. Ah, claro, tem o 3D. Muito bem feito, mas, sei lá, cansei. E achei algumas cenas escuras, não sei se foi por causa dos óculos. E os óculos começam a incomodar depois de mais de duas horas.

O Hobbit 2: A Desolação de Smaug, como era de se esperar, não tem fim. Agora temos que esperar dezembro de 2014 pra ver a conclusão…

O Hobbit – Uma Aventura Inesperada

Crítica – O Hobbit – Uma Aventura Inesperada

O aguardado novo filme da série O Senhor dos Aneis!

O hobbit Bilbo Bolseiro conta as aventuras do seu passado, quando foi levado pelo mago Gandalf, o Cinzento, para à épica missão de retomar a posse do reino dos anões, Erebor, do dragão Smaug, acompanhando os treze anões liderados pelo guerreiro Thorin Escudo-de-Carvalho.

Falar de O Hobbit – Uma Aventura Inesperada não é exatamente uma tarefa fácil, porque trata-se de um filme incompleto. Assim como fez anteriormente, o diretor Peter Jackson dividiu a história em três filmes. Só teremos uma visão exata daqui a dois anos, data prevista para lançarem o terceiro filme.

Inicialmente, Guillermo Del Toro seria o diretor, e seriam apenas dois filmes. Mas, quando a falência da MGM congelou o projeto, Del Toro saiu, depois de dedicar três anos ao filme. Del Toro continua creditado como co-roteirista, mas não se sabe exatamente quais partes cabem a cada um dos dois. E ninguém explicou por que viraram três filmes em vez de dois – se bem que a resposta a essa questão é meio óbvia: dinheiro.

Analisando este primeiro filme: posso chegar a duas rápidas conclusões:

– Peter Jackson mais uma vez fez um belo trabalho;

– Tenho medo da ideia comercial de se esticar um único livro em três filmes.

Vamos por partes, primeiro ao que funciona. Jackson foi muito competente ao retornar ao universo da Terra Média. Tudo aqui remete à outra trilogia: o clima é o mesmo, a trilha sonora lembra os temas de dez anos atrás, vários personagens retornam. Os cenários, que antes já eram muito bem feitos, estão ainda melhores – além de revermos o Condado e Valfenda, ainda conhecemos a fantástica Erebor. Belíssimos cenários naturais neo zelandeses também são usados, nas óbvias cenas de caminhadas – não seria Senhor dos Aneis sem longas caminhadas, né?

Os efeitos especiais, como era de se esperar, são excelentes. O cgi é absurdamente bem feito, tanto ao construir cenários deslumbrantes quanto para criar centenas de personagens que preenchem as várias cenas – não dá pra saber o que é ator e o que é cgi naquelas grandiosas cenas de batalhas com anões e orcs. E ainda tem uma cena com trolls perfeitos!

E a cereja do bolo também já era prevista: o Gollum. Andy Serkis volta ao seu mais famoso personagem por captura de movimento, e aqui ele consegue ser ainda mais “real” do que na outra trilogia. A Academia vai acabar criando uma categoria no Oscar pra conseguir premiar Serkis…

(Existe uma outra inovação que não pôde ser verificada por este que vos escreve. Desde que o cinema foi inventado, as projeções são a 24 quadros por segundo. O Hobbit – Uma Aventura Inesperada traz uma novidade: Peter Jackson filmou a 48 quadros por segundo, o que – dizem – traz uma imagem em alta definição para a tela do cinema. Mas a sessão de imprensa foi no tradicional 24 quadros por segundo. Também não vi o 3D, mas com relação a isso, nem faço questão.)

Mas… Nem tudo funcionou…

O meu grande receio com esta nova saga é justamente o fato de ser uma trilogia. O Senhor dos Aneis são três livros, que viraram três filmes. Tinha história suficiente para se fazerem três filmes de três horas cada (ou quatro horas cada, no caso das versões estendidas) – e ainda ficou coisa de fora. Mas aqui é um livro só, ou seja, a história terá que ser esticada. E isso já é sentido em alguns momentos deste filme – as cenas em Valfenda são arrastaaadas… Li por aí que Jackson incluirá trechos do Sillmarillion e partes não usadas dos livros O Senhor dos Aneis. Bem, como ele já fez um bom trabalho neste aspecto com os outros filmes, não vou falar mal ainda. Mas confirmo que é algo que me preocupa.

Além disso, O Hobbit – Uma Aventura Inesperada sofre com outro problema. Se a Sociedade do Anel tinha 9 integrantes, entre homens, hobbits, anões e elfos, e a gente já se confundia (nunca sei quem é Merry e quem é Pippin), aqui são 13 anões. Alguns se destacam e são facilmente identificáveis, mas heu me perdi no geral. Um espectador “leigo”, que nunca leu o livro, dificilmente vai conseguir identificar todos os treze.

Outra coisa: sei que o tom deste filme é um pouco mais infantil, mas mesmo assim achei o personagem Radagast bobo e caricato demais, ficou um pouco acima do tom. E não gostei da sequência dos gigantes de pedra, achei uma cena besta e completamente dispensável – mas sei que está no livro, então não vou reclamar.

Sobre o elenco, só tenho elogios. Martin Freeman (O Guia do Mochileiro das Galáxias) parece que nasceu para ser Bilbo Bolseiro – a gente até esquece que o personagem foi muito bem interpretado por Ian Holm. Ian McKellen mais uma vez está ótimo como Gandalf. Richard Armitage também está bem com o seu Thorin Escudo-de-Carvalho – o “Aragorn da vez”. E o elenco ainda traz participações de vários atores da “trilogia clássica”: Cate Blanchett, Hugo Weaving, Elijah Wood, Christopher Lee e Ian Holm, além do já citado Andy Serkis. E, para quem vê a série Sherlock, da BBC: Benedict Cumberbatch faz uma participação sem mostrar o rosto: ele é o Necromancer (pra quem nunca viu Sherlock: Benedict Cumberbatch é o Sherlock; Martin Freeman é o Watson).

Agora é segurar o “gostinho de quero mais” até dezembro do ano que vem, quando estreará O Hobbit: A Desolação de Smaug

p.s.: Durante o filme ninguém fala nada, mas até onde me lembro, o anão Gimli é filho de Gloin. E Gloin é um dos 13 anões… Será que veremos um Gimli criança?

Stardust – O Mistério da Estrela

Crítica – Stardust – O Mistério da Estrela

Quem me conhece sabe que quando gosto de um diretor, costumo procurar os outros filmes que o cara fez. Depois de ter visto Kick-Ass e X-Men: Primeira Classe, fui catar mais filmes do Matthew Vaugn. Gostei de Nem Tudo É O Que Parece. E faltava este Stardust – O Mistério da Estreia, seu segundo filme, lançado em 2007.

Num mundo mágico paralelo ao nosso, um jovem promete uma estrela cadente de presente para a sua amada. Mas essa estrela se transforma numa bela mulher, que também está sendo perseguida por uma bruxa e pelos herdeiros do reino de Stormhold.

Stardust – O Mistério da Estrela nem parece ser do mesmo diretor dos outros filmes citados no primeiro parágrafo. Trata-se de uma fantasia, a la O Senhor dos Aneis ou Crônicas de Nárnia, com direito a terras místicas e personagens fantásticos. E o melhor de tudo: com qualidade!

O filme foi baseado no livro de Neil Gaiman (também autor da história que deu origem ao bom Coraline). Não li o livro, não conheço a história original. Mas podemos afirmar que Gaiman foi feliz na criação do universo de Stormhold e seus interessantes personagens.

Stardust – O Mistério da Estrela tem pouco mais de duas horas, mas acontece tanta coisa na trama que nem parece tão longo – aliás, poderia ser mais de um filme, como acontece com tantos filmes de fantasia (Senhor dos Aneis foram três filmes; Harry Potter teve oito; Nárnia está no terceiro; Percy Jackson tem previsão de lançar o segundo ano que vem). Na minha humilde opinião, foi uma boa escolha, a história tem início, meio e fim e um bom ritmo ao longo de toda a projeção.

No elenco, achei curioso o protagonista ser justamente o ator menos conhecido, Charlie Cox. Claire Danes está bem como a principal personagem feminina, mas o melhor do elenco são o capitão pirata e a bruxa feitos por Robert De Niro e Michelle Pfeiffer, cada um melhor que o outro. Ainda no elenco, Ian McKellen, Sienna Miller, Peter O’Toole, Mark Strong, Jason Flemyng, Rupert Everett e Ricky Gervais. E, curiosidade: Henry Cavill, o próximo Superman, num papel minúsculo.

Outros dois destaques são as belíssimas locações na Inglaterra e na Islândia, e os excelentes efeitos especiais, apesar de discretos – o filme não brilha por causa dos efeitos, mas eles estão na dose exata para tornar tudo isso crível.

O lançamento de Stardust – O Mistério da Estrela foi muito mal feito. Sei lá por que nem me lembro quando foi lançado por aqui (segundo o imdb, em outubro de 2007). E mesmo hoje em dia, ouço pouca gente falando do filme. O que é uma grande injustiça, o filme tem qualidade para ser lembrando como um grande épico da fantasia. Se tiver oportunidade de ver, fica aqui a minha recomendação!

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Se você gostou de Stardust – O Mistério da Estrela, o Blog do Heu recomenda:
As Crônicas de Spiderwick
Alice no País das Maravilhas
Coraline e o Mundo Secreto
A Invenção de Hugo Cabret

O Senhor Dos Anéis – As Duas Torres

Crítica – O Senhor Dos Anéis – As Duas Torres

Hora de falar do segundo filme da saga!

A trama segue exatamente de onde acabou o primeiro filme. Frodo precisa levar o Um Anel até Mordor, mas a Sociedade do Anel acaba se desfazendo em três núcleos, que seguem caminhos diferentes.

As Duas Torres é uma continuação diferente da maioria. O padrão em Hollywood é só pensarem na sequência depois do sucesso do primeiro filme – por isso tantas continuações são inferiores aos originais. Mas O Senhor dos Anéis foi pensado desde o início como um filme só, dividido em três partes. Por isso, heu arriscaria dizer que As Duas Torres é ainda melhor que A Sociedade do Anel – o primeiro filme tem que nos apresentar a trama e os personagens e por isso é um pouco lento; este segundo filme vai direto ao assunto.

O grupo se separa, e a trama se divide em caminhos paralelos: temos Frodo, Sam e Gollum a caminho de Mordor; Merry e Pippin fugindo de orcs; e Aragorn, Legolas e Gimli com os cavaleiros de Rohan, entre outras sub-tramas. Sim, são quase quatro horas; sim, o ritmo é quase o tempo todo tenso. E o clímax no Abismo de Helm é sensacional. Mesmo vista hoje, dez anos depois, a batalha que coloca homens e elfos enfrentando milhares de orcs ainda é excelente. Não dá pra saber o que era ator maquiado ou o que era computação gráfica – e também, quem se importa em saber? Só sei que a pancadaria rola solta, em cenas de altíssima qualidade – a sequência é ainda hoje uma das melhores batalhas da história do cinema.

Ainda sobre os efeitos especiais: é hora de falar do Gollum. Em 1999, George Lucas resolveu colocar um personagem digital no seu Star Wars ep I – A Ameaça Fantasma: o controverso Jar Jar Binks. Foi um marco na história dos efeitos especiais, mas a concepção do personagem ficou capenga – Jar Jar era um alívio cômico caricato e insuportavelmente chato. Peter Jackson foi mais feliz: Gollum não só é um personagem mais bem construído, como tecnicamente muito superior a Jar Jar – em Star Wars, um ator com uma máscara interagiu com o resto do elenco, e depois foi substituído pelo personagem digital; aqui, o ator Andy Serkis usou uma roupa com sensores de captura de movimentos – o personagem digital inserido tinha movimentos muito melhores, assim como interagia muito melhor com o resto do elenco.

E como está o Gollum hoje, dez anos depois, agora que já estamos mais acostumados a ver filmes quase inteiros em cgi? Olha, em algumas cenas, conseguimos ver claramente que ele não está no mesmo plano que o resto do filme. Mas essas cenas são minoria, o Gollum de dez anos atrás é melhor que muito cgi atual.

Alguns novo personagens são apresentados, para acompanhar o bom elenco do primeiro filme, como Brad Dourif como Grima Língua de Cobra, Miranda Otto como Eowyn, David Wenham como Faramir e Karl Urban como Eomer. Curiosidade: John Rhys-Davies, o Gimli, faz a voz do Barbárvore!

O ritmo do filme é muito bom, mas nem tudo é perfeito. Os livros davam pouca importância à Arwen e ao seu romance com Aragorn. Já os filmes dedicam muito tempo a esse romance. Essas partes são arrastaaadas… Me pareceu ser uma imposição dos produtores, ter uma “mocinha” e um “mocinho” para ajudar a vender o filme. Não gostei, podia ser como acontece no livro: o romance está lá, mas em segundo plano.

O Oscar não foi muito generoso com esta segunda parte, da trilogia este é o filme com menos prêmios e indicações. Concorreu a seis estatuetas: ganhou efeitos especiais (merecidíssimo) e edição de som; não levou melhor filme, edição, direção de arte e som.

Em breve vou rever o terceiro filme e falo dele aqui!

O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel

Crítica –  O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel

É hora de encarar (mais uma vez) a trilogia estendida d’O Senhor dos Anéis!

Antes de falar do filme em si, vamos a algumas informações interessantes. Os três livros O Senhor dos Anéis, escritos por J. R. R. Tolkien entre 1937 e 1949, e lançados pela primeira vez em 1954 e 55, eram considerados “infilmáveis”. O diretor neo-zelandês Peter Jackson já tinha cinco filmes no currículo, mas nada que enchesse os olhos dos estúdios – eram três trash (Bad Taste – Náusea Total, Fome Animal e Meet The Feebles), um cult (Almas Gêmeas) e uma comédia de terror feita em Hollywood (Os Espíritos). Mesmo assim, ele conseguiu convencer o estúdio New Line Cinema a bancar um projeto ambicioso: Jackson iria com toda a equipe para a Nova Zelândia (por causa das locações naturais e da mão de obra barata), ficaria lá por 13 meses e filmaria os três filmes de uma vez. Claro que o estúdio preferia fazer só o primeiro filme, afinal, se fosse um fracasso de público, o que fariam com as continuações? Mas Jackson bateu o pé e conseguiu carregar a galera para o seu país natal – e assim foi criada uma das melhores sagas da história do cinema!

Quando os três filmes foram lançados em 2001, 2002 e 2003 nos cinemas, cada um tinha cerca de três horas de duração. As versões estendidas, onde cada filme tem cerca de quatro horas, só passaram aqui no Brasil em sessões especiais, não entraram no circuito. E acho que não foram lançadas em dvd aqui no Brasil. Só recentemente tivemos versões oficiais, já em blu-ray. Mas não comprei o blu-ray nacional, já que o box importado, com 15 discos, tem legendas e dublagem em português – comprei o meu pela Amazon.

Vamos ao filme? Quando o “Um Anel”, um anel mágico de poder dado como desaparecido há muito tempo, é encontrado, o pequeno hobbit Frodo tem a tarefa de levá-lo para ser destruído. Ele não está sozinho na sua jornada: é acompanhado por Aragorn, Boromir, o mago Gandalf, o elfo Legolas, o anão Gimli e seus amigos hobbits Sam, Merry e Pippin.

O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel é um daqueles raros e felizes casos onde tudo dá certo. Adaptação literária bem feita, bom elenco, excelentes efeitos especiais, tudo isso numa trama simples (o bem contra o mal), mas contada de uma maneira excepcional.

A adaptação, que era uma grande incógnita, foi muito bem feita. Os fãs mais xiitas do livro reclamaram de algumas ausências, como por exemplo os trechos envolvendo o personagem Tom Bombadil (ignorado pelo filme), mas, afinal, era uma “adaptação”, não tinha como entrar tudo em um filme para cinema (talvez em uma mini série).

Acho que uma das coisas mais difíceis era mostrar personagens de tamanhos diferentes. Temos homens, elfos e orcs, mas todos têm tamanhos semelhantes. Já os hobbits, personagens importantíssimos na saga, são seres da altura de uma criança. E ainda tem um anão – interpretado por John Rhys-Davies, um ator de 1,85. E esses seres de tamanhos diferentes aparecem juntos vááárias vezes, e em nenhuma delas parece falso. Digo mais: hoje em dia seria tudo cgi, mas naquela época o cgi ainda não era o que é hoje (vou falar mais do cgi no texto sobre o próximo filme, As Duas Torres). Jackson usou truques de câmera e dublês nas cenas em close. O resultado ficou irretocável!

O elenco misturava atores desconhecidos com alguns de fama intermediária, como Ian McKellen, Liv Tyler, Cate Blanchett, Ian Holm e Christopher Lee. Boa parte do elenco soube capitalizar em cima do sucesso dos filmes e hoje são nomes bem conhecidos, mas antes eram nomes “lado B” – também, quem estava disposto a se mandar pra Nova Zelândia por um projeto arriscado e com mais de um ano de duração? Mas mesmo assim, a escolha do elenco foi perfeita, cada ator “vestiu” perfeitamente o seu personagem.

Lembro de Viggo Mortensen como coadjuvante de Demi Moore em GI Jane e num pequeno papel em O Pagamento Final – hoje o cara é protagonista de grandes produções como A Estrada e Um Método Perigoso – e chegou a concorrer ao Oscar de melhor ator por Senhores do Crime. Antes desconhecido, Orlando Bloom depois esteve nos três primeiros Piratas do Caribe e em Os Três Mosqueteiros. Elijah Wood participou de bons filmes como Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças e Sin City. Dominic Monaghan teve papéis importantes em séries badaladas como Lost e Flash Forward; Sean Bean foi o personagem central da primeira temporada da elogiada série Game of Thrones. Hugo Weaving antes era mais lembrado por Priscilla, a Rainha do Deserto; hoje o currículo dele é bem extenso, com filmes do porte de Matrix, Capitão América, O Lobisomem, V de Vingança e a franquia Transformers.

Outros atores ainda estão por aí, mas não são tão famosos hoje. John Rhys-Davies já tinha uma extensa carreira, mesmo não sendo um rosto muito conhecido – acho que o seu papel mais famoso era o Sallah de Os Caçadores da Arca Perdida (1981) e Indiana Jones e a Última Cruzada (1989). Sean Astin é outro que também já tinha currículo, ele foi o ator principal de Os Goonies quando tinha 14 anos. E acho que o único do elenco principal que era desconhecido e continua assim até hoje é Billy Boyd, o hobbit Pippin…

Os efeitos especiais também são sensacionais. Tudo bem que o que a trilogia traz de mais impressionante (o Gollum) só aparece no segundo filme. Mas mesmo assim, tudo aqui é extremamente bem feito – a começar pelo tamanho dos personagens que falei alguns parágrafos acima. Um universo onde a magia faz parte do dia-a-dia é mostrado e, hoje, uma década depois, os efeitos ainda não “perderam a validade”.

Ainda preciso falar das locações. Jackson estava certo quando quis fazer seu filme na Nova Zelândia – florestas, montanhas, planícies, rios, neve, tem todas as paisagens que o livro pedia. Boa escolha!

O filme concorreu a 13 Oscars, incluindo melhor filme, melhor diretor, melhor roteiro adaptado e melhor ator coadjuvante para Ian McKellen. Não ganhou nenhum desses, mas levou quatro estatuetas: trilha sonora, fotografia, efeitos especiais e maquiagem.

Heu poderia continuar falando do filme, mas – caramba, o post já tá gigantesco! Só preciso falar mais uma coisa: a versão que passou nos cinemas é boa, mas, se você é fã, procure a versão estendida. É um total de 12 horas de filme, mas vale a pena!

Em breve, falo do segundo filme aqui!

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