2001 Maníacos

2001 Maníacos

Alguém aí conhece o “clássico trash” 2000 Maníacos, dirigido por Herschell Gordon Lewis em 1964?

Bem, como isso é um blog, acho que posso contar uma história pessoal… Alguns anos atrás, acho que 1994, numa Mostra Banco Nacional de Cinema (atualmente chamada de Festival do Rio), havia uma mostra trash. Num sábado à tarde, heu estava num Estação Botafogo 3 lotado numa sessão histórica de Papai Noel Conquista os Marcianos – filme ruim, ruim, mas a platéia estava tão inspirada que parecia que estávamos vendo uma sessão de The Rocky Horror Picture Show, com todos os apetrechos e coreografias combinadas.

O cara que trouxe esse filme ficou tão empolgado com a reação da platéia que resolveu oferecer uma sessão dupla extra, depois da última sessão, com dois filmes que não estavam na programação: o lançamento mundial do hilário A Gangue das Garotas (filme que tinha sido feito nos anos 60, para alertar as pessoas sobre o perigo das drogas, mas que tinha sido engavetado e esquecido), e 2000 Maníacos (sobre uma cidade onde todos os habitantes eram assassinos).

A sessão dupla foi histórica. O projetor apresentou um defeito que ficava travando a imagen e o som. Ninguém conseguia entender nada, porque o som ficava indo e voltando, “uóm uóm uóm”… Em qualquer platéia do mundo isso seria motivo para o cancelamento da sessão. Mas naquele particular momento, foi muito divertido!

Bem, assim vi, no cinema, 2000 Maníacos. Anos depois consegui uma versão em dvd e revi, agora com o som direito…

Bem, tudo isso foi pra introduzir a divertida refilmagem 2001 Maníacos, de 2005, dirigida por Tim Sullivan e estrelada por Robert Englund, o nosso querido Freddie Kruger.

A história é a mesma: alguns turistas vêem um falso desvio e vão parar numa cidade onde está acontecendo um festival, e aos poucos descobrem que o grande objetivo do festival é justamente matá-los.

O filme todo é exagerado, puxando para a comédia em vez do terror, o que torna um programa realmente divertido. Todas as atuações são caricatas, mas neste caso específico, é uma boa notícia! Recentemente vi Robert Englund no fraco Zombie Strippers. Lá a caricatura não combinava…

Senti falta de algumas mortes que estão no original – não usaram o barril com pregos! – , mas por outro lado, nesta refilmagem existem outras mortes bem criativas… Na dúvida, veja os dois então!

Último comentário: o badalado Juno, sobre a adolescente grávida, tem um personagem que cita Herschell Gordon Lewis, diretor do original, como o “mestre do horror”!

Zombie Strippers

Zombie Strippers

Ok, um filme chamado “Zombie Strippers” não pode ser bom, concordo.

Dançarinas de um clube de strip-tease viram zumbis e atacam seus clientes. E ainda tem no elenco a atriz pornô Jenna Jameson e Robert Englund, o Freddy Kruger? A idéia, de tão tosca, poderia render um filme trash divertido. Mas não, é fraaaco…

Existem os filmes trash com algum talento por trás. Peter Jakcson, antes da fama e dos Oscars da trilogia O Senhor dos Anéis, fez dois trash maravilhosos! Sim, é tudo tosco, mas é um tosco “cool” e engraçado. E existem filmes como Zombie Strippers, que são simplesmente toscos. Não se vê nada além da nudez e do gore…

O elenco, claro, é péssimo. Todos são caricatos ao extremo. Sim, é o tom que se pede num filme desses, mas talvez esteja caricato demais. Mr Englund, volte para debaixo da maquiagem do Freddy! Por sua vez, o roteiro tenta colocar piadas políticas no meio da trama, mas é um roteiro tão fraquinho que dá até pena…

Concordo numa coisa: pelo menos temos muita nudez gratuita, violência desnecessária, cabeças explodindo, muito gore, tudo o que se espera num filme desses. A cena do pompoarismo é genial! Mas, pergunto, isso é suficiente?

Anyway. serve pra ser visto com galera, no meio da farra…