Herois (Push)
Algumas pessoas nascem com poderes especiais, e vivem entre nós, como uma especie de super-herois incógnitos. Essas pessoas se juntam, cada um com o seu poder diferente, para lutar contra inimigos em comum.
Será que estamos falando de X-Men? Ou será que estamos falando do seriado Heroes, que usa a mesma ideia?
Nada disso, estamos falando do novo filme em cartaz, Push, que aqui ganhou o sugestivo nome Heróis! (modo ironia on: será que foi coincidência?). A diferença é que aqui, em vez de mutantes, trata-se de paranormais.
O filme, dirigido por Paul McGuigan e estrelado por Chris Evans, Dakota Fanning, Camila Belle e Djimon Hounsou, não é ruim. Mas, por ter um argumento semelhante a outros utilizados recentemente, a gente fica esperando um algo a mais. Afinal, pra que filmar essa história, se a ideia é repetida?
Existe outro problema: o filme é um pouco confuso. Talvez pra tentar ter algo diferente do filme e do seriado supracitados, inventaram diferentes classes de paranormais, e nem todas essas classes são explicadas no filme. Os “movers” movem objetos com o pensamento; os “pushers” controlam os pensamentos de outras pessoas; os “watchers” conseguem ver o futuro; os “sniffs” conseguem rastrear onde estão outras pessoas; os “shadows” conseguem “esconder” outras pessoas (que “sniffs” estão procurando). Outros não foram explicados mas são meio óbvios, como os “shifters”, que mudam a aparência de objetos; os “stitchers”, que curam pessoas; e os “wipers”, que apagam a memória. E ainda tem uns que não foram explicados direito, os “bleeders”, que aparentemente gritam até a pessoa sangrar.
Em pouco menos de duas horas, fica difícil, né?
De qualquer maneira, disse e repito: o filme não é ruim. O cenário é diferente do óbvio hollywoodiano e bem interessante – as filmagens foram feitas em Hong Kong. E os efeitos funcionam muito bem, felizmente.
(Aliás, um comentário para os fãs de Star Wars: os “movers” parecem usar a “força”, como bem disse o jornalista Eduardo Miranda numa palestra algumas semanas atrás…)
Agora é esperar pra ver se vai ter continuação…
p.s.: A bonita atriz Camila Belle estará ainda este ano num filme nacional, À Deriva, de Heitor Dhalia, ao lado do francês Vincent Cassel. A previsão de estreia é para fim de julho!
p.s.2: A última reforma ortográfica tirou o acento agudo de “herois”, certo? Acho que o cartaz tá errado…