Hick

Crítica – Hick

Filme novo da Chloe Moretz. Vamos ver qualé?

Logo após completar 13 anos, uma adolescente foge da casa dos pais bêbados e tenta ir para Las Vegas, mas encontra pessoas ao longo do caminhgo que a fazem repensar seus objetivos.

Não li nada sobre Hick antes, fui ver o filme apenas porque sou fã da Chloe Moretz (Kick-Ass, Deixe-me Entrar, Hugo Cabret, Sombras da Noite). Bem, ela não decepciona. Já o filme…

Dirigido pelo desconhecido Derick Martini, Hick não chega a ser ruim. Mas é mal desenvolvido. O roteiro cria situações desnecessárias, e alguns personagens são mal construídos e jogados na trama desordenadamente – por exemplo, me parece que Alec Baldwin só entrou no filme como uma espécie de “agradecimento”, já que Chloe Moretz fez uma participação na sua série 30 Rock

O que é curioso é saber que o roteiro foi escito pela mesma Andrea Portes, autora do livro no qual o filme foi baseado. Será que o livro tem os mesmos problemas do roteiro?

Se salvam as atuações. Chloe Moretz, que ainda tem 15 anos (tinha 14 na época do lançamento de Hick), até hoje não decepcionou. Além dela, o filme conta com Blake Lively, Juliette Lewis, Eddie Redmayne e Rory Culkin, além da já citada ponta de Alec Baldwin.

Enfim, não os fãs de Chloe Moretz vão gostar. Mas que Hick podia ser melhor, ah, isso podia.

Um Parto de Viagem

Um Parto de Viagem

Nova comédia de Todd Phillips, o diretor de Se Beber Não Case!

Peter Highman (Robert Downey Jr) está em Atlanta, a negócios, e precisa voltar para Los Angeles para o nascimento do seu primeiro filho. Mas uma série de incidentes o impedem de pegar um avião, ele acaba tendo que pegar carona com o esquisitão Ethan Tremblay (Zach Galifianakis). Peter está prestes a entrar na mais terrível e agonizante viagem de sua vida.

Um Parto de Viagem parece uma releitura do argumento de Antes Só do que Mal Acompanhado (Planes, Trains and Automobiles, filme de John Hughes de 1987), onde Steve Martin e John Candy passam por diversos perrengues para conseguir viajar juntos – e brigam diversas vezes durante o percurso. Mas não se trata de uma refilmagem, as histórias são parecidas, mas diferentes.

O filme foi co-escrito e dirigido por Todd Phillips, que um ano antes nos deu o divertido Se Beber Não Case (com o mesmo Galifianakis no elenco). Os dois filmes têm formatos parecidos – uma “road trip” de homens adultos – diferente da maioria das comédias de hoje em dia, que usam temas adolescentes na onda do sucesso de American Pie e semelhantes. Bem, claro que o formato é semelhante, Phillips tinha uma carreira meia bomba, e alcançou o sucesso com o filme anterior… Mas pelo menos ele conseguiu manter o nível com este novo filme!

Um Parto de Viagem não é tão politicamente incorreto quanto Se Beber Não Case, mas – felizmente – Phillips não virou um “menino comportado”. Afinal, o filme tem seus momentos “errados”, não é todo dia que um adulto de saco cheio bate numa criança pentelha…

O grande mérito de Um Parto de Viagem é a construção dos dois personagens principais. Robert Downey Jr. faz um Peter que tenta fazer tudo certinho, mas está no limite dos nervos e acaba se atropelando; Zach Galifianakis faz um Ethan Tremblay genial, ingênuo e ao mesmo tempo irritante ao extremo, tudo isso exalando uma inocência infantil – ele realmente parece acreditar nele mesmo! O que é legal é que não dá pra torcer por nenhum dos dois…

O elenco ainda traz alguns nomes famosos em papeis menores, como Michelle Monaghan, Jamie Foxx, Juliette Lewis e Danny McBride. Mas o filme é de Downey Jr e Galifianakis. Parece que os outros atores estão lá só por amizade – Downey Jr. fez Beijos e Tiros com Monaghan, O Solista com Foxx e Trovão Tropical com McBride; Juliette Lewis fez antes outros dois filmes com o diretor Phillips, Starsky & Hutch e Dias Incríveis, e estará no próximo, Se Beber Não Case 2.

Um Parto de Viagem não é um dos melhores filmes do ano. Mas é uma boa opção de comédia – talvez uma das melhores comédias do ano…

Um Drink No Inferno

Um Drink No Inferno

Revi neste fim de semana o genial Um Drink No Inferno, roteiro do Quentin Tarantino e com Robert Rodriguez na direção. Disse e repito: genial!

Sei que poucas pessoas desconhecem este filme, mas mesmo assim preciso avisar:

SPOILERS ABAIXO!

SPOILERS ABAIXO!

SPOILERS ABAIXO!

SPOILERS ABAIXO!

Heu achava que TODO MUNDO sabia da grande reviravolta que tem no meio do filme, até que descobri que a Garotinha Ruiva não sabia…

Bem, o fato é que são dois filmes em um, o que apenas reafirma a genialidade do projeto.

Dois irmãos, Seth (George Clooney) e Ritchie Gecko (Tarantino), assaltantes de banco, estão em fuga, indo pro México, e matando qualquer um, civil ou policial, que entrar no caminho. Perto da fronteira encontram a família de um ex pastor (Harvey Keitel), e usam como reféns para cruzar a fronteira.

E – de repente – o filme vira um filme de terror trash de vampiros. Mais: um ótimo trash!

Numa entrevista, Rodriguez e Tarantino explicaram: estamos familiarizados com aquele grupo de pessoas, os dois irmãos e a família sequestrada. Eles apenas estão indo pro México, fugindo da polícia. Eles não têm idéia de que aquele lugar é um antro de vampiros! Então, quando os vampiros gritam “dinner time”, aquilo é uma surpresa – para os personagens e também para o público!

Não conheço outra reviravolta mais bem feita na história…

Só pra falar mais uma curiosidade sobre o filme: o motoqueiro Sex Machine é interpretado por Tom Savini, mestre dos efeitos especiais da trupe do George Romero!