Top Gun – Ases Indomáveis

Crítica – Top Gun – Ases Indomáveis (1986)

Sinopse (google): A escola naval de pilotos é onde os melhores dos melhores treinam para refinar suas habilidades de voo de elite. Quando o piloto Maverick é enviado para a escola, sua atitude irresponsável e comportamento arrogante o colocam em desacordo com os outros pilotos, especialmente Iceman. Porém Maverick não está apenas competindo para ser o piloto superior de caça, ele também está lutando pela atenção de sua bonita instrutora de voo, Charlotte Blackwood.

Maior bilheteria de 1986, desbancando Jornada Nas Estrelas IV: A Volta Para A Terra , Platoon e Curtindo A Vida Adoidado. Foi um dos primeiros grandes sucessos de Tom Cruise, um dos maiores star power de Hollywood nas últimas décadas. E ainda tem uma das trilhas sonoras mais marcantes da história. Este é Top Gun – Ases Indomáveis.

Top Gun talvez seja o filme mais famoso do diretor Tony Scott. Lembro que na época rolava uma piadinha que Tony Scott era o “irmão menos talentoso do Ridley Scott”. Maldade. Tony é talentoso, só pegou um caminho mais pop naquela época – a gente não pode esquecer de Dias de Trovão, um “sub Top Gun lançado poucos anos depois. Mas, Tony Scott foi um grande diretor e tem um currículo com alguns grandes filmes (como Fome de Viver e Amor À Queima Roupa). Pena que faleceu cedo, aos 68 anos, em 2012.

Ok, a gente precisa reconhecer que várias sequências de Top Gun parecem videoclipes de propaganda militar norte americana. Mas, também precisamos reconhecer que as cenas aéreas são muito boas – apesar de hoje, em 2022, ficar claro que as cenas filmadas dentro do cockpit foram feitas em estúdio (mas, caramba, estávamos em 1986!).

E, já que falamos em videoclipe, a trilha sonora do filme é excelente, foi um disco que vendeu muito, e que as músicas imediatamente remetiam ao filme (como Footloose ou Dirty Dancing). Além disso, o tema Top Gun Anthem, de Harold Faltermeyer, é excelente!

Já comentei aqui no canal sobre filmar em ruas e calçadas molhadas – prática aliás bastante utilizada por Ridley Scott. Aqui em Top Gun tem uma certa variação: vemos pessoas suadas, muitas pessoas suadas. Não estou falando da famosa cena do vôlei de praia, estou falando de cenas de tensão, como acontece na sala de comando quando todos estão acompanhando pelo rádio as manobras aéreas. Para acentuar a tensão, todos estão com gotículas de suor espalhadas pelo rosto. E isso acontece várias vezes ao longo do filme.

Já que falei do vôlei de praia, bora falar da “teoria Tarantino”. No filme Vem Dormir Comigo, de 1994, Tarantino faz uma ponta, aparece numa festa dizendo que Top Gun seria um filme gay. Maverick seria um gay no armário, e que Iceman e seus amigos seriam os gays que estariam tentando trazer Maverick para o lado deles. Charlie estaria tentando trazer Maverick de volta para a heterossexualidade, por isso só ela coloca uma jaqueta e um boné escondendo o cabelo para “parecer um homem” e chamar a atenção de Maverick, na cena do elevador. Anos depois, em entrevistas, o produtor Jerry Bruckheimer e o roteirista Jack Epps Jr. disseram que o filme não foi feito pensando neste aspecto, mas que o público tem a liberdade de interpretá-lo como quiser.

Na minha humilde opinião, isso sempre foi uma piada (assim como outras teorias do Tarantino, como a da música Like a Virgin da Madonna). Mas é uma piada bem bolada, e que ganhou força com o passar do tempo. E sim, se a gente tiver isso em mente, Top Gun funciona bem como um filme gay, podemos sentir o clima que rola entre Maverick e Iceman.

(Curioso a gente pensar que Vem Dormir Comigo é de 1994, e que um ano antes Tony Scott lançou Amor À Queima Roupa, com roteiro do Tarantino. Provavelmente eles tiveram essa conversa ao vivo…)

No elenco, esse deve ter sido o primeiro grande sucesso de Tom Cruise – antes disso ele tinha feito A Lenda, Negócio Arriscado, uma ponta em Vidas sem Rumo e mais um ou outro filme irrelevante. Mas a partir daqui, sua carreira decolou e hoje ele é um dos maiores nomes de Hollywood. Também no elenco, Val Kilmer, Kelly McGillis, Anthony Edwards, Tom Skerritt, Michael Ironside, Tim Robbins, Rick Rossovich e Meg Ryan. O elenco de um modo geral funciona bem, mas preciso dizer que a relação entre o casal principal não me convenceu, faltou química.

Datado, mas ainda diverte.

Tudo Em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo

Crítica – Tudo em todo lugar ao mesmo tempo

Sinopse (imdb): Uma idosa imigrante chinesa se envolve em uma aventura louca, onde só ela pode salvar o mundo explorando outros universos que se conectam com as vidas que ela poderia ter levado.

Este ano tivemos um bom filme com o subtítulo “Multiverso da Loucura”. Quem diria que pouco mais de um mês depois teríamos outro bom filme usando multiversos, e ainda mais louco que o primeiro filme?

Escrito e dirigido pela dupla “Daniels” (Dan Kwan e Daniel Scheinert), Tudo em todo lugar ao mesmo tempo (Everything Everywhere All at Once no original) usa o conceito de multiverso de maneira insana. Algumas sequências têm poucos segundos e conseguem mostrar diversos cenários e figurinos misturados. Parece aquela sequência do gerador de imprevisibilidade de O Guia do Mochileiro das Galáxias, mas que dura muito mais tempo. É tudo muito intenso, pisque o olho e perdeu partes da viagem.

Tudo em todo lugar ao mesmo tempo tem várias sequências geniais. Para ativar a viagem entre os multiversos, a pessoa precisa fazer algo inesperado. Se a primeira coisa inesperada é comer um batom, essa “inesperabilidade” vai escalando até coisas completamente malucas conforme o filme avança. E como tudo é possível, vemos por exemplo uma batalha entre a vilã e alguns guardas onde cada guarda é derrotado de maneira mais criativa possível.

Não sei se podemos chamar Tudo em todo lugar ao mesmo tempo de comédia, mas tem cenas engraçadíssimas. Tem uma luta na parte final onde a protagonista enfrenta um adversário sem calças, e com algo enfiado naquela parte famosa da anatomia da Anitta. Tem uma divertidíssima citação ao Ratatouille. E o universo com as pessoas com salsichas no lugar dos dedos das mãos é hilário!

Acho que o que mais chama a atenção é a edição. Fiquei imaginando, deve ter dado um trabalho hercúleo organizar todas aquelas imagens misturadas de forma que ainda fizessem algum sentido. E ainda tem inúmeras mudanças de formato de tela (aspect ratio), o que confunde ainda mais.

Mas, também preciso falar da protagonista Michelle Yeoh. Já falei dela outras vezes, mas aqui acho que foi sua melhor atuação. Ela consegue transparecer todos os conflitos de todas as versões de sua personagem – e ainda mostra nas cenas de luta a habilidade que a gente já conhece desde O Tigre e o Dragão – sem uma atriz que luta artes marciais o filme não seria o mesmo. Não será surpresa vê-la concorrendo ao Oscar ano que vem.

Ainda no elenco, preciso falar de dois nomes. Primeiro, a agradável surpresa que foi rever Ke Huy Quan, que foi o Short Round em Indiana Jones e o Templo da Perdição e o Data em Goonies, e não lembro de nenhum outro filme dele desde 1985 (vi no imdb, ele fez pouca coisa de lá pra cá, e nada relevante). Além dele, vemos Jamie Lee Curtis num papel diferente de tudo o que ela já fez. Também no elenco, Stephanie Hsu e James Hong.

Os efeitos especiais são simples e eficientes. Tem um efeito recorrente onde a protagonista parece ser puxada em alta velocidade, que não requer malabarismos em cgi e tem um efeito excelente na tela.

Tudo em todo lugar ao mesmo tempo é longo, duas horas e dezenove minutos, e não mantém o pique até o final. Achei a segunda metade bem inferior à primeira. Ok, talvez o filme ficasse louco demais se fosse o tempo todo no mesmo ritmo insano, mas sei lá podiam ter reduzido a segunda metade.

Mas mesmo com o final longo demais, Tudo em todo lugar ao mesmo tempo é um filme altamente recomendado. Afinal, não é todo dia que vemos algo realmente diferente no cinema.

Jurassic World Domínio

Crítica – Jurassic World Domínio

Sinopse (imdb): Quatro anos após a destruição da Ilha Nublar, os dinossauros coexistem com os humanos. Esse equilíbrio determinará se os humanos continuarão sendo os predadores dominantes em um mundo com as criaturas mais temíveis de todos os tempos.

Preciso confessar que não me lembro de muita coisa do filme Jurassic World: Reino Ameaçado, de 4 anos atrás, junho de 2018. Pra minha sorte, na época escrevi aqui no heuvi, então vou copiar um trecho:

Jurassic World: Reino Ameaçado tem seus momentos, mas o resultado final deixa a desejar.
A parte técnica é impressionante. Se o primeiro Jurassic Park já tinha dinossauros convincentes, hoje, quando o cgi é ainda mais evoluído, a produção não economizou. Mais uma vez, temos vários dinossauros, todos muito bem feitos.
Por outro lado, o roteiro exagera nas forçações de barra. (…) Pra piorar, tudo é muito previsível. Isso porque não tô falando de ideias repetidas dos outros filmes – de novo um dinossauro aprimorado geneticamente.
Claro que teremos mais uma continuação se este filme tiver retorno. E claro que a gente vai ver. E se não tiverem novas ideias, claro que vão repetir tudo. De novo.”

Dirigido pelo mesmo Colin Trevorrow do primeiro Jurassic World, este novo filme, Jurassic World Domínio (Jurassic World Dominion, no original) é isso aí. Tem até esses dinossauros modificados geneticamente.

E preciso confessar que foi uma grande decepção. Não só para mim, mas também para as pessoas que estavam por perto na sessão de imprensa onde vi.

Muita gente se decepcionou porque o final do filme anterior apontava para uma continuação com dinossauros espalhados por áreas urbanas. Realmente, ia ser um filme bem legal – como sobreviver num planeta onde pode aparecer um dinossauro a qualquer momento perto de você?

Mas, Jurassic World Domínio não é esse filme. E não acho certo reclamar de um filme que apenas não foi o que estava na nossa cabeça, isso é um head canon. Vou reclamar de outra coisa. O que me mais incomodou foram as falhas grotescas no roteiro.

Antes preciso falar que aceito conveniências de roteiro, tipo uma cena onde um carro capota e cai ao lado de onde estavam os outros personagens. Qual é a chance disso acontecer? Bem pequena, mas faz parte! É um filme de ficção, pô!

O que reclamo são coisas que não fazem lógica. Tipo alguém cortar a energia elétrica e um trem parar do nada – o trem era rota de fuga, teria um gerador separado para o caso de dar problema.

Vamulá. Existe uma sequência em Malta que é toda errada. Pra começar, é uma sequência que é desnecessária, tire essa sequência e a história do filme não perde nada. E, dentro da sequência, são vários os momentos sem lógica. Exemplo: qual é a  velocidade de um raptor? Uma pessoa a pé consegue fugir, mas logo depois o mesmo raptor está mais rápido que uma moto que está alcançando um avião que vai decolar! Outro exemplo: os raptors são modificados pra seguirem uma pessoa que alguém marcou com um laser. Oi? Como você vai mirar o laser antes de marcar a pessoa? E aquela cena naquele submundo onde existe rinha de dinossauros não faz o menor sentido. Um dinossauro vem e come o vilão, mas todos em volta estão tranquilos por que? Por fim, aquela pilota NUNCA ia oferecer aquela carona.

Mas, vamos em frente. Tem uma cena mais pro fim onde tem duas coisas ilógicas juntas, é quando a Laura Dern e a Bryce Dallas Howard vão desligar a energia elétrica. Ora, se elas não sabiam como fazer, e quem sabia não estava machucado, por que elas foram? E tem outro erro ainda pior: são dezenas de gafanhotos mortos no chão. Quando a energia volta, eles “acordam” e começam a atacar. Quando a energia é derrubada de novo, eles “morrem” de novo. Vem cá, são gafanhotos elétricos?

Mas o pior erro não foi esse. Tem um erro de continuidade que é o erro mais grosseiro que vi em muito tempo. O personagem Ramsey discute com o vilão, e sai da sala dele. E na cena seguinte ele está junto com os mocinhos – que estavam a quilômetros de distância!

Heu podia continuar, mas já deve ter dado pra ver que o roteiro é um lixo. Então vou parar. Mas tem mais, ah, tem.

De ponto positivo: os dinossauros são perfeitos. Os efeitos especiais são perfeitos. Ok, nenhuma surpresa, Jurassic Park sempre teve efeitos bons (o primeiro filme tem quase 30 anos que foi lançado e ainda é impressionante). Mas, é sempre legal ver dinossauros bem feitos.

Sobre o elenco, a série Jurassic Park teve um reboot em 2015 com elenco novo, estrelado por Chris Pratt e Bryce Dallas Howard. Este é o terceiro filme desde o reboot, e este filme trouxe de volta os três principais do primeiro filme, lá de 1993: Sam Neill, Laura Dern e Jeff Goldblum. Foi legal ver todos juntos, mas acabou que são muitos personagens “principais” (porque ainda tem alguns novos). Mas, ok, isso ficou bom. Também no elenco, Isabella Sermon, DeWanda Wise, Mamoudou Athie, Campbell Scott, BD Wong e Omar Sy.

Mas no fim fica a decepção. Disseram que este seria o último filme da saga. Se for só pra focar em efeitos especiais e deixar o roteiro pra lá, tomara que seja o último mesmo.

 

Assassino Sem Rastro

Crítica – Assassino Sem Rastro / Memory

Sinopse (imdb): Um assassino profissional descobre que se tornou um alvo após se recusar a concluir um trabalho para uma organização criminosa perigosa.

Filme novo do Liam Neeson, o que no passado era indício de filme de qualidade, mas hoje é alerta pra ficar com o pé atrás.

Mas, o início de Assassino Sem Rastro (Memory, no original) dá indícios de que teremos um filme diferente do óbvio pela frente. Logo na cena inicial, vemos que Neeson é um assassino, ou seja, desta vez ele não é o mocinho do filme. Digo mais: o final desta sequência aponta para uma confusão mental do personagem, relativa ao Alzheimer. Isso podia deixar o filme menos linear, e poderíamos ter um resultado bem diferente do óbvio (lembrei de Meu Pai, que deu o Oscar ao Anthony Hopkins, onde a confusão mental do protagonista é compartilhada com o espectador). Mas, não só o filme “esquece” de desenvolver este plot, como deixam isso de lado – acho que a confusão mental só aparece mais uma vez. Pra piorar, o Alzheimer não é importante no resto da trama.

E ainda tem um detalhe que piora. O outro ator principal é Guy Pearce. A tem momentos no filme onde o Liam Neeson escreve coisas no braço, pra não esquecer. Aí a gente pensa “péra, qual outro filme que a gente viu que tinha alguém com problemas de memória e que escrevia coisas no corpo? Ah, é Amnésia, estrelado pelo Guy Pearce!” Era melhor outro ator…

Assassino Sem Rastro é refilmagem do filme belga Alzheimer Case, que por sua vez é adaptação do livro “De Zaak Alzheimer”. Não vi o filme original nem li o livro, não sei se lá o Alzheimer é melhor desenvolvido. A direção é de Martin Campbell, falei dele aqui pouco tempo atrás, quando falei de A Profissional. Campbell tem altos e baixos na carreira. Ele é lembrado por dois 007s de gerações diferentes, Goldeneye (1995) e Cassino Royale (2006). Mas, também é lembrado por Lanterna Verde, aquele com o Ryan Reynolds. Ou seja, tem alguns bons títulos no currículo, mas não dá pra confiar.

No elenco, Neeson está no piloto automático. Guy Pearce está estranho, não sei se é maquiagem ou se ele envelheceu mal. O outro nome grande do elenco é Monica Bellucci, que está péssima.

O filme vai num ritmo morno até chegar num dos piores finais que heu vi nos últimos tempos. Sério, queria comentar aqui mas não vou dar spoilers. Mas o que me parece é que a história terminaria com a vitória do vilão, e resolveram inventar um meio de justiça do bem. Mas ficou completamente inverossímil.

Obi-Wan Kenobi

Crítica – Obi Wan Kenobi (episódios 1 e 2)

Sinopse (imdb): Spin-off da saga Guerra das Estrelas, centrada em Obi-Wan Kenobi.

Diferente de Mandalorian e Boba Fett, que tinham como protagonistas personagens novos ou secundários, Obi Wan Kenobi traz alguns dos personagens centrais da saga: é o momento entre os episódios 3 e 4, onde Obi Wan vai para Tatooine para proteger Luke Skywalker criança (pra quem não se lembra de detalhes dos filmes, tem um resumo antes do primeiro episódio). E um dos trunfos da série é a volta de Ewan McGregor ao papel de Obi Wan (ok, a gente já sabe que também vai ter Hayden Christensen, mas esse nunca teve outro filme ou papel marcante além de Star Wars, enquanto McGregor tem uma carreira cheia de filmes marcantes).

Um ponto positivo aqui é que todos os seis episódios têm a mesma diretora, Deborah Chow. Sei que ela dirigiu dois episódios de Mandalorian, mas não conheço o trabalho dela. Mas acho positivo toda a série ser dirigida por apenas uma pessoa.

Como fã de Star Wars, uma coisa que acho muito legal (e que também tinha em Mandalorian e Boba Fett) é ver rotinas que aconteciam muito tempo atrás em uma galáxia muito muito distante. Vemos Obi Wan trabalhando numa espécie de açougue, vemos que existe um comércio clandestino de drogas, vemos um ex clone trooper que virou mendigo (interpretado pelo mesmo Temuera Morrison, afinal, eram clones!).

A primeira cena do primeiro episódio mostra jovens jedis sendo atacados pela Ordem 66, numa sequência bem emocionante. E logo depois temos uma cena que lembra Bastardos Inglórios, onde um inquisidor à procura de um jedi fugitivo interroga um comerciante. A série começa excelente!

Quero comentar sobre o meio e sobre o fim, mas vamos aos avisos de spoilers:

SPOILERS!
SPOILERS!
SPOILERS!

Pela sinopse e pelo trailer, a gente achava que a série seria sobre o Obi Wan protegendo o pequeno Luke Skywalker. Luke até aparece, mas de longe, numa cena muito rápida, que até está no trailer. Mas, surpresa! Temos a pequena Leia Organa! Somos apresentados a uma Leia de dez anos de idade, uma menina esperta, inteligente e desafiadora. A personagem é ótima, e a atriz Vivien Lyra Blair está muito bem!

Gostei do personagem Haja Estree, do Kumail Nanjiani – Star Wars sempre teve muito maniqueísmo, o bem é 100% bem e o mal é 100% mal, gosto quando vemos personagens de moral duvidosa.

A princípio não gostei da Third Sister, achei que ela, com aquela insubordinação, seria punida pelo Inquisidor. Mas no fim descobrimos que existe algo por trás, que liga ela ao Darth Vader, então passei a aceitar a sua postura.

Sobre a cena final do segundo episódio, conversando com amigos, ouvi duas interpretações. A Third Sister fala para Obi Wan que Anakin ainda está vivo. Amigos meus acharam que Obi Wan se surpreendeu ao saber que Anakin virara Vader, mas, se não me engano, ele já sabia disso desde o ep. 3. A minha interpretação foi outra: Obi Wan já sabia que Anakin era Vader, sua surpresa foi por saber que ele ainda estava vivo – a última vez que ele tinha visto Anakin foi em Mustafar, quando Anakin estava queimado, à beira da morte.

Por fim, sei que está rolando uma discussão sobre o Inquisidor, porque o personagem aparece em Rebels, e vemos sua morte neste episódio. Mas, como não lembro de Rebels, não sei se é o mesmo personagem ou um parecido – e não podemos esquecer que em Star Wars, alguns personagens morrem e voltam depois.

FIM DOS SPOILERS!

Alguns comentários sobre o elenco. Ewan McGregor está excelente, talvez esta seja uma de suas melhores interpretações. Me surpreendi com Vivien Lyra Blair, ela estava em Pequenos Grandes Heróis, num papel importante, mas numa interpretação fuén. Também gostei do já citado Kumail Nanjiani, tomara que seu papel tenha mais importância. Hayden Christensen vai voltar, mas ainda não podemos julgar sua participação. Outro que volta é Jimmy Smits, que estava na trilogia prequel como Bail Organa. Achei curioso ver que os inquisidores são atores relativamente conhecidos, tem o Rupert Friend (o Assassino 47), o Sung Kang (o Han de Velozes e Furiosos) e Rya Kihlstedt (que já vi em alguns filmes mas sempre em papeis secundários). Joel Edgerton está bem como o tio Owen, não sabemos se ele terá uma participação maior. Não gostei de Moses Ingram, que faz a vilã Reva, achei caricata demais, mas pode melhorar com o decorrer da série. E achei uma surpresa divertida ver Flea, do Red Hot Chili Peppers, como o sequestrador.

Serão seis episódios, quarta que vem tem mais um, já estou ansioso!

Top Gun Maverick

Crítica – Top Gun Maverick

Sinopse (imdb): Após mais de trinta anos de serviço como um dos melhores aviadores da Marinha, Pete Mitchell está onde pertence, ultrapassando os limites como um piloto de teste intrépido e evitando a promoção de posto que o manteria em terra.

36 anos depois, tem um novo Top Gun nos cinemas!

No texto sobre Pânico 5 falei sobre o conceito de “requel”, mistura de reboot com sequel, que é quando temos um novo filme, com espaço para uma nova franquia, mas com elementos do original, e com um forte apelo à nostalgia (Pânico, Halloween, Caça Fantasmas, Star Wars, Cobra Kai). Dirigido por Joseph Kosinski (Oblivion), este novo Top Gun pode se enquadrar nesta categoria.

O início do filme é igual ao filme de 1986. Igual em dois aspectos diferentes. Em primeiro lugar, a sequência inicial é idêntica. Vemos várias imagens de um porta aviões, com aviões pousando e aterrissando, e as pessoas que trabalham nessa rotina, tudo isso ao som de Danger Zone, do Kenny Loggins – EXATAMENTE IGUAL ao filme anterior, nem sei se filmaram algo novo ou se pegaram os takes do filme original e repetiram. E também é igual na estrutura da primeira parte do roteiro: Maverick desafia seu superior e faz algo ousado, o que ele fez dá certo, e quando ele acha que vai ser repreendido, é mandado para o Top Gun. E depois, em um bar, calouros têm contato com uma pessoa “de fora”, que na cena seguinte descobrem que é seu novo instrutor.

Acredito que isso foi colocado desta forma pra trazer um quentinho para o coração dos fãs. O novo filme é cheio de momentos que dialogam com o filme anterior. Tem até uma cena com o pessoal jogando um esporte na praia (só trocaram o esporte, não é mais vôlei).

Mas, e quem não viu o filme de 86? Digo mais: e quem não gostou do filme de 86?

Independente de se gostar do filme original, é preciso reconhecer que as sequências de ação aérea são fantásticas. Segundo o que foi informado, não existe cgi nem tela verde nas sequências aéreas, eram aviões reais fazendo aquilo tudo. Será que podemos acreditar nisso?

Real ou não, as sequências são muito boas. Uma delas, ainda na primeira parte do filme, onde vemos Maverick tirando onda perante os mais novos, é quase um novo videoclipe de Won’t Get Fooled Again, do The Who. E a parte final é de tirar o fôlego. (Mas preciso falar que achei forçado o jeito como eles escaparam…)

Falando em trilha sonora, tem pelo menos três momentos emocionantes, todos os três ligados ao filme original. Primeiro, claro, o tema principal, Top Gun Anthem, do Harold Faltermeyer, que toca na introdução e em momentos chave do filme. Depois, o já citado Danger Zone. E também temos uma nova versão da cena do Goose cantando Great Balls of Fire ao piano (cena que traz um flashback auto explicativo com Anthony Edwards e Meg Ryan).

Sobre o elenco, esse é um “filme do Tom Cruise”. Cruise é o cara, aos sessenta anos de idade ele tem um porte invejável, tem presença e carisma, e ainda faz as cenas sem dublê – a gente vê o cara pilotando os caças, tem uma câmera dentro do cockpit do avião!

No resto do elenco, preciso falar de três nomes. Jennifer Connelly, que está com 51 anos, está linda linda linda. E faz uma “mocinha” coerente com os padrões atuais: independente e dona do seu caminho (Ah, a personagem já existia no primeiro filme, mas não aparece). Miles Teller também está ótimo como o filho do Goose, a gente entende os problemas pessoais do personagem. E por fim, Val Kilmer, que está muito doente, tratando de um câncer na garganta, mas que aparece em uma cena emocionante. Também no elenco, Jon Hamm, Ed Harris, Glen Powell e Monica Barbaro.

(Ainda nas homenagens emocionantes, quando acaba o filme vemos uma dedicatória ao Tony Scott, diretor do primeiro filme, que estava desenvolvendo uma continuação antes do seu falecimento em 2012.)

Por fim, queria falar que não entendi os comentários que inundaram a internet na última semana, acusando este Top Gun Maverick de masculinidade tóxica. Sério isso?

O Homem do Norte

Crítica – O Homem do Norte

sinopse (imdb): Depois de testemunhar o assassinato do pai pelas mãos do seu tio Fjölnir, e ver sua mãe e reino tomados pelo assassino, o jovem Príncipe Amleth foge para retornar anos depois, já adulto, determinado a fazer justiça.

Estreou o aguardado épico viking O Homem do Norte (The Northman, no original), novo filme de Robert Eggers.

Como falo sempre, a gente deve seguir o nome do diretor. Este é o terceiro filme dirigido por Eggers, e heu tenho opiniões opostas com relação aos outros dois. Gosto muito de A Bruxa, mas acho O Farol muito ruim. Então, rolava uma expectativa, mas ao mesmo tempo rolava um pé atrás.

A boa notícia é que gostei muito de O Homem do Norte. Gostei mais até do que A Bruxa. Empolgante, violento e muito bem filmado.

O Homem do Norte é o filme mais palatável de Eggers. Sim, tem partes contemplativas e algumas sequências cabeça, mas bem menos que os anteriores. A Bruxa era um terror cabeça, muita gente saiu do cinema com raiva do filme pelos seus momentos “tênis verde”. E O Farol era ainda mais hermético, tipo, “não gostou do meu filme porque é cabeça, vou fazer um ainda mais cabeça”. O Homem do Norte tem seus momentos “tênis verde”, claro, mas por outro lado traz uma clássica história de vingança, num ritmo alucinante, e com muito muito sangue. O cara que for ao multiplex no shopping pode até comentar sobre alguns momentos onde não dá pra entender nada, mas vai curtir a jornada de sangue e violência do protagonista Amleth.

Falei violento? O Homem do Norte é MUITO violento, e tem algumas sequências muito boas. Tem uma (que me pareceu ser um plano sequência) onde um grupo de vikings ataca uma vila e faz um massacre violentíssimo – aliás, é desta sequência que tiraram a imagem do pôster. Vou além: algumas mortes são tão gráficas que vão agradar os fãs de gore.

O visual do filme é um espetáculo. Não li sobre os bastidores, não sei se foi tudo filmado em locações ou se teve algo em estúdio, mas o resultado ficou excelente, vários planos abertos onde dá pra pausar e colocar num quadro. A trilha sonora, que usa muitos sons de instrumentos antigos, também é muito boa.

Queria fazer dois comentários sobre o elenco. O primeiro é sobre o protagonista Alexander Skarsgård. Sou fã do cara desde a época de True Blood. Ele foi o Tarzan, mas flopou. Ele estava num filme do King Kong mas ninguém lembra. Ele aqui está sensacional, ele tem porte físico coerente com o que o personagem pede, e mostra a fúria necessária para o filme. Torço muito por ele, tomara que a partir deste filme sua carreira decole.

O outro comentário não é tão elogioso. Por opção, o filme é falado em inglês, com um sotaque que ficou muito forçado. Grandes atores (Nicole Kidman, Ethan Hawke, Anya Taylor-Joy, Willem Dafoe) , grandes atuações, atrapalhadas por um sotaque artificial.

Segundo o imdb, O Homem do Norte é o filme viking mais correto feito até hoje, historicamente falando. Eggers, junto com historiadores, fez uma pesquisa minuciosa para ter cenários, figurinos e props o mais próximos o possível da realidade.

Filmão!

Terror nos bastidores

Crítica – Terror nos bastidores

Sinopse (imdb): Uma jovem que chora a perda de sua mãe, uma famosa “scream queen” dos anos 80, é flagrada dentro do filme mais famoso de sua mãe. Reunidas, as mulheres devem lutar contra o assassino maníaco do filme.

Me recomendaram este filme em 2015, mas me enganei e vi um quase homônimo do mesmo ano, “Final Girl“. E acabei esquecendo de catar este. Até que finalmente resolvi ver. E posso dizer: que surpresa legal!

Quem me conhece sabe que gosto de filmes que não se levam à sério. E é o caso aqui em Terror nos Bastidores. Se a gente parar pra pensar, nada aqui faz sentido. É mesmo assim o resultado ficou bem divertido.

Ok precisamos reconhecer que a ideia não é original. O Último Grande Herói usa a mesma premissa de pessoas reais dentro de um filme, e aproveita para brincar com os clichês dos filmes de ação. Mas não me lembro de ter visto isso com filmes de terror.

(A Rosa Púrpura do Cairo, de 1985, tem uma premissa parecida, mas lá é um personagem de um filme que sai das telas para o mundo real. O Último Grande Herói é de 1993, e tem a mesma premissa: uma pessoa do mundo real entra no filme.)

Dirigido pelo desconhecido Todd Strauss-Schulson, Terror nos Bastidores (The Final Girls, no original) é uma divertida brincadeira com os clichês do terror slasher. Um grupo de jovens entra num filme slasher dos anos 80, uma cópia / homenagem a Sexta Feira 13, e precisam enfrentar todas as convenções presentes naqueles filmes, como a regra de quem fizer sexo será o próximo a morrer.

E não é só isso. Como são pessoas reais dentro de um filme, elas vivem situações curiosas como os flashbacks ou a câmera lenta. Boas sacadas, que geram cenas bem engraçadas!

Li algumas críticas por ser uma mistura de comédia com terror, mas isso nunca me incomodou. Agora, preciso dizer que, na parte do terror, podia ter um pouco mais de sangue.

No elenco, a principal é Taissa Farmiga – irmã da Vera Farmiga, 21 anos mais nova, que era bem desconhecida na época e que hoje também é conhecida por ter feito A Freira. Outros nomes mais conhecidos eram Malin Akerman, que na época já tinha estrelado filmes como Watchmen e Rock of Ages; e Nina Dobrev, da série The Vampire Diaries. Também no elenco, Thomas Middleditch, Adam Devine, Alia Shawkat e Alexander Ludwig.

(E pra aumentar a confusão sobre os filmes quase homônimos, Alexander Ludwig também estava no Final Girl, lançado no mesmo ano de 2015.)

Gostei muito do final do filme. Pena que não posso comentar porque é um spoiler, mas achei uma ideia muito boa.

Por fim, preciso falar do nome. “The Final Girls” não é um nome perfeito, mas tem a ver com a proposta do filme. Agora, o título nacional “Terror nos Bastidores” é péssimo não tem nada a ver! Não tem bastidores de nada!

Doutor Estranho e o Multiverso da Loucura

Crítica – Doutor Estranho e o Multiverso da Loucura

Sinopse (google): O aguardado filme trata da jornada do Doutor Estranho rumo ao desconhecido. Além de receber ajuda de novos aliados místicos e outros já conhecidos do público, o personagem atravessa as realidades alternativas incompreensíveis e perigosas do Multiverso para enfrentar um novo e misterioso adversário.

Finalmente estreou o aguardado Doutor Estranho e o Multiverso da Loucura, que tinha deixado fãs em polvorosa com o trailer. Mas, para mim, a dúvida era outra: daria certo um filme do MCU dirigido por Sam Raimi?

Sou muito fã do Sam Raimi, e a gente precisa reconhecer que ele é um nome importante quando o assunto é “filme de super herói”. Se hoje a gente tem vários filmes de super herói por ano, a gente tem que lembrar que o primeiro Homem Aranha de 2002, dirigido por ele, (ao lado do primeiro X-Men de 2000, dirigido por Bryan Singer) são filmes que dizem “quando a gente chegou aqui, tudo isso era mato!”.

Mas a gente sabe que no MCU nem sempre o diretor tem espaço criativo. Um bom exemplo é com o primeiro filme do Doutor Estranho, dirigido por Scott Derrickson, que praticamente só tinha feito terror até então (O Exorcismo de Emily Rose, A Entidade, Livrai-nos do Mal). Alguns casos a gente sente o diretor, como o James Gunn em Guardiões da Galáxia ou o Taika Waititi em Thor Ragnarok, mas quase sempre os filmes do MCU têm cara de “filme de produtor”.

Felizmente Doutor Estranho e o Multiverso da Loucura tem um bom equilíbrio. Continua sendo um “filme da Marvel”, mas tem várias coisas que são a cara do diretor: ângulos de câmera, alguns movimentos de câmera, alguns elementos de terror – tem até uma mão saindo de uma cova, lembrando o poster de Evil Dead! Só faltou o travelling pela floresta…

(Acho que este deve ser um filme mais violento da Marvel. Tem uma morte bem violenta, e ainda tem alguns jump scares!)

Aliás, é bom lembrar, este é se não me engano o 28º filme do MCU. Se antes os filmes eram independentes, agora precisam de “pré requisitos”. Para ver este Doutor Estranho e o Multiverso da Loucura nem precisa ver o primeiro Doutor Estranho antes, mas precisa saber o que aconteceu com a série Wandavision.

Já que falamos de Wandavision, bora falar do elenco. É um filme do Doutor Estranho, ninguém vai discutir que ele é o principal aqui. Mas a Wanda quase divide o protagonismo com ele. E se todos sabem que o Benedict Cumberbatch é um grande ator e seu Stephen Strange é um ótimo personagem, aqui em Doutor Estranho e o Multiverso da Loucura tem outro personagem que rouba a cena. Elizabeth Olsen está sensacional, e sua Wanda é uma das melhores coisas do MCU. É que Doutor Estranho não tem perfil de premiação para atuação, senão diria que a Elizabeth Olsen deveria ser indicada ao Oscar. Fechando o elenco principal, a novata Xochitl Gomez está bem como a nova personagem America Chavez, que deve ter importância no futuro do MCU. Também no elenco, Benedict Wong, Chiwetel Ejiofor e Rachel MacAdams, e mais uns nomes que não vale a pena mencionar por motivos de spoiler. Ah, claro, é Sam Raimi, tem participação especial do Bruce Campbell, num papel bem bobo, mas, como é o Bruce Campbell, heu ri alto.

Sim, tem uma cena no meio do filme onde tem algumas participações especiais que vão explodir a cabeça dos fãs. Não vou entrar em detalhes por causa de spoilers, mas posso dizer que achei a cena muito boa e a conclusão dela também.

O ritmo do filme é alucinante (e isso não é um trocadilho com Uma Noite Alucinante do mesmo diretor). O filme já começa a 100 km/h, e são poucos os momentos mais calmos para respirar. E tem um duelo usando música que é SEN-SA-CIO-NAL!!!

Claro, é Marvel, tem duas cenas pós créditos. A primeira com um gancho para uma continuação, que não tenho ideia do que seja, mas tem a Charlize Theron, então quero muito ver. E lá no fim dos créditos uma piadinha.

A Marvel continua em forma! Aguardemos o novo Thor!

X

Crítica – X

Sinopse (imdb): Em 1979, um grupo de jovens cineastas se propôs a fazer um filme adulto na zona rural do Texas, mas quando seus solitários e idosos anfitriões os pegam em flagrante, o elenco se vê lutando por suas vidas.

E vamos ao melhor filme de terror de todos os tempos da última semana!

X é a nova produção de terror da A24, o que faz a gente logo lembrar de filmes “terror cabeça” como A Bruxa e Midsommar. E a boa notícia é que pode ser curtido tanto pelo pessoal cabeça quanto pela galera que gosta de um terror montanha russa.

Você pode ver X como apenas mais um slasher. Um pessoal vai para um local isolado para filmar um pornô e mortes começam a acontecer. Mas… X tem camadas que serão apreciadas pelo espectador chegado ao filme cabeça – desde simbolismos conectando a protagonista à velha que morava na casa, até detalhes cinematográficos como uma cena onde uma personagem sai de uma casa, e na cena seguinte vai até o carro – mas as cenas foram editadas de forma entrecortada; ou uma cena de metalinguagem onde vemos um personagem oferecendo um suco a outro, dentro do filme ao mesmo tempo que dentro da “vida real”. Recomendo prestar atenção nos detalhes!

X é o novo filme escrito e dirigido por Ti West. Só vi um dos seus filmes, A Casa do Diabo, de 2009, e lembro que na época falavam bem do diretor. Mas aparentemente ele gosta mais de TV do que de cinema, seu último filme foi em 2016, de lá dirigiu episódios de nove séries diferentes… Sobre A Casa do Diabo, o curioso é que é um filme que parece ser feito nos anos 70, e o mesmo acontece aqui em X.

Ouvi comentários dizendo que X é muito gráfico, tanto na parte de violência quanto na parte de sexo. Não concordo. Na parte de violência, sim, mostra várias mortes e tem bastante gore, mas nada muito diferente do que a gente vê por aí em outras produções. Já na parte de sexo, achei que, para a proposta de mostrar bastidores do cinema pornô, até tem pouco. Tem nudez, tem sexo, mas nada muito explícito.

No elenco, não sei se é um spoiler, acredito que não, mas… Mia Goth faz dois papéis: a protagonista Maxine e a velha Pearl. Mia está bem, mas é um papel que não exige muito, apesar de ser um papel duplo. Também no elenco, Jenna Ortega, Brittany Snow, Kid Cudi, Martin Henderson, Owen Campbell e Stephen Ure.

Existem planos de um prequel, contando a história da Pearl – que parece que já foi filmado! Aguardemos.

X tem previsão de chegar aos cinemas no segundo semestre, o que me parece uma decisão burra. Hoje em dia existem meios alternativos de se procurar os filmes. Se o filme está sendo bem falado internacionalmente, por que esperar tanto para lançar? Quando chegar aqui, boa parte do público já terá assistido.