Capitã Marvel

Crítica – Capitã Marvel

Sinopse (imdb): Carol Danvers se torna um das heroínas mais poderosas do universo quando a Terra se encontra no meio de uma guerra galáctica entre duas raças alienígenas.

Finalmente é chegada a hora de conhecermos a Capitã Marvel, a grande surpresa da cena pós créditos de Vingadores Guerra Infinita!

Era impossível não criar expectativas. Depois de uma sequência final devastadora, Guerra Infinita terminava com uma cena pós créditos citando uma nova personagem, a Capitã Marvel. Claro que todo espectador “não leitor de HQ” ficou se perguntando quem é ela, e como ela conseguiria se encaixar no MCU.

Mais uma vez, a Marvel / Disney mostra que estamos diante de um filme “de produtor”. A direção ficou a cargo da desconhecida dupla Anna Boden e Ryan Fleck. Mas, como aconteceu outras vezes, isso não afetou a qualidade. Capitã Marvel (Captain Marvel, no original) segue o alto padrão de qualidade MCU.

O filme se passa nos anos 90 (o que gera uma nostalgia boa, a quantidade de elementos “noventistas” é enorme), e isso abre espaço para mais um passo rumo ao “ator digital”. Já vimos antes, inclusive na Marvel, atores rejuvenescidos digitalmente (Robert Downey Jr, Kurt Russell, Michelle Pfeiffer), mas até agora era em algumas cenas rápidas. Aqui vemos Samuel L Jackson como Nick Fury, aparecendo quase tanto quanto a protagonista Brie Larson – ou seja, boa parte do filme. E em momento nenhum parece artificial.

Aliás, é bom falar: os efeitos especiais são ótimos. Não só o rejuvenescimento digital, como toda a ambientação em outros planetas é excelente. O mesmo podemos dizer sobre as batalhas, todas enchem os olhos. Não gostei do visual da Capitã Marvel no “modo ultra badass”, com o cabelo moicano saindo do capacete, mas parece que é assim nos quadrinhos, então deixa pra lá.

O elenco, como era de se esperar, é ótimo. Além dos já citados Samuel L Jackson e Brie Larson, Capitã Marvel ainda conta com Jude Law, Anette Benning, Ben Mendelsohn, Lashana Lynch e Clark Gregg. Djimon Hounsou e Lee Pace voltam a seus papéis apresentados em Guardiões da Galáxia. Claro, tem uma ponta do Stan Lee (aliás, o logo da Marvel faz uma bela homenagem a Stan Lee, vai ter muito nerd chorando antes do filme começar).

Para surpresa de ninguém, são duas cenas pós créditos, uma ligando ao MCU, outra com uma piadinha. Fiquem até o fim dos créditos!

Capitã Marvel é um filme de origem de super herói. É curioso notar que funciona como um filme “solo”, independente dos outros; e ao mesmo tempo se encaixa perfeitamente na linha temporal entre os dois Guerra Infinita (pela cena pós créditos).

Que venha Vingadores Ultimato!

Não Olhe

Crítica – Não Olhe

Sinopse (imdb): Não Olhe é um thriller psicológico que conta a história de Maria, uma estudante de segundo grau alienada cuja vida é virada de cabeça para baixo quando ela troca de lugar com sua sinistra imagem no espelho.

Chega às telas Não Olhe (Look Away, no original), mais um terror / suspense meia boca.

O pouco conhecido roteirista e diretor Assaf Bernstein até consegue criar um clima interessante, e os efeitos simples de espelho são bem utilizados. Mas, por outro lado, o roteiro tem uns furos horríveis (como um personagem que some da trama depois que é atacado pela protagonista). E achei o final bem fuén.

No elenco, a protagonista India Eisley até funciona bem no papel duplo. Jason Isaacs (o Lucius Malfoy de Harry Potter) não atrapalha, com um personagem bem antipático. A decepção fica com a sumida Mira Sorvino, que deveria ter continuado sumida em vez de aceitar um papel ruim num filme idem.

Talvez seja melhor seguir o conselho dado no título e olhar outro filme…

Vice

Crítica – Vice

Sinopse (imdb): A história de Dick Cheney, um insider despretensioso e burocrático de Washington, que discretamente exercia imenso poder como vice-presidente de George W. Bush, remodelando o país e o mundo de maneira que ainda hoje sentimos.

Confesso que não estava na pilha de ver este Vice (idem, no original). Zero expectativa com um filme sobre o vice do Bush. Pra piorar, não gostei muito de The Big Short, o filme anterior do diretor Adam McKay. Mas, é filme de Oscar, então deixei os preconceitos de lado e fui ao cinema.

De cara, o que chama a atenção é a atuação do Christian Bale. Assim como Gary Oldman se transformou no Churchill ano passado, Christian Bale está irreconhecível como Dick Cheney. Outros também estão bem parecidos, como o George W.Bush de Sam Rockwell, mas Bale está bizarro. Ficou difícil para os outros atores no Oscar deste ano. Também no elenco, Amy Adams, Steve Carell, Alison Pill, Eddie Marsan, LisaGay Hamilton, Jesse Plemons e Tyler Perry

Vice tem outra característica marcante. A edição tem idas e vindas “não convencionais” – chegam a subir os créditos finais no meio do filme! O filme ainda tem algumas cenas propositalmente fora da realidade, numa espécie de realismo fantástico (tipo a cena do restaurante com o Alfred Molina). Gostei, mas tenho minhas dúvidas se isso agrada ao grande público.

O resultado final foi melhor do que heu esperava. Mesmo assim, discordo das oito indicações ao Oscar. Melhor ator, sem dúvida; podemos questionar as outras…

Polar

Crítica – Polar

Sinopse (imdb): O principal assassino do mundo, Duncan Vizla, está se aposentando, mas seu ex-empregador o considera um passivo para a empresa. Contra a sua vontade, ele se encontra de volta ao jogo indo de cabeça a cabeça contra um exército de assassinos mais jovens.

Sabe quando um filme não traz nada de novo, mas mesmo assim é divertido? É o caso aqui.

Dirigido pelo sueco Jonas Åkerlund (que tem um extenso currículo como diretor de videoclipes), Polar (idem, no original) é um “John Wick com edição modernosa” – assassino profissional veterano que é o maior “bad motherf*ucker” do pedaço contra todos. A diferença é que, se John Wick tem um tom sério, aqui temos personagens caricatos, edição cheia de efeitos estilosos (incluindo texto escrito na tela), além de alguma nudez gratuita.

(Sobre a semelhança com John Wick, tem uma participação de um cachorro. Acho que foi proposital, pra dizer que Duncan Vizla não é John Wick!)

Polar é adaptação da graphic novel “Polar: Came from the cold”, de Victor Santos. Talvez por isso os personagens sejam assim – com exceção do protagonista, todos são caricatos ao extremo. Mas, como é uma caricatura exagerada, vira algo divertido, cartunesco. A edição modernosa ajuda isso. Esse filme poderia estar naquele top 10 que fiz de “Quero ser Tarantino”.

No elenco, Mads Mikkelsen funciona bem para o que o papel pede. Vanessa Hudgens está meio apática, mas também serve para o papel. Richard Dreyfuss e Johnny Knoxville fazem divertidas pontas. O resto do elenco é de gente menos conhecida: Katheryn Winnick, Fei Ren, Ruby O. Fee, Robert Mallet, Anthony Grant, Josh Cruddas e Lovina Yavari.

Bobagem divertida.

Suspiria (2018)

Crítica – Suspiria (2018)

Sinopse (imdb): Uma escuridão rodopia no centro de uma companhia de dança de renome mundial, que englobará a diretora artística, uma ambiciosa jovem bailarina e um psicoterapeuta de luto. Alguns vão sucumbir ao pesadelo. Outros finalmente vão acordar.

Depois do original, vamos à refilmagem. Dirigido por Luca Guadagnino (Me Chame Pelo Seu Nome), Suspiria (idem no original) tem uma característica que já o coloca à frente de outras refilmagens de clássicos: não quer copiar o original (como, por exemplo, o Psicose do Gus Van Sant). Se você tem um clássico incontestável na mão, o ideal seria não refilmar; mas se a refilmagem é inevitável, não copie o original, porque provavelmente você não fará um trabalho melhor.

Este Suspiria é diferente do anterior. Parece uma outra história contada a partir do mesmo argumento (dançarina americana vai estudar numa escola de dança na Alemanha dos anos 70 e descobre que é um covil de bruxas). Diferente, não ficou melhor, mas tem seus méritos.

A sequência final é boa, mas o destaque está bem antes, numa cena de ensaio de dança solo misturada com uma das mortes mais violentas já mostradas no cinema. Se o filme todo fosse na pegada desta cena, teríamos um novo clássico.

Mas o filme tem barrigas. São duas horas e trinta e dois minutos (o original tinha uma hora e trinta e oito!), não tem história para tudo isso, o filme cansa. E isso num filme de terror sem jump scares (outra coisa que vai afastar parte do público).

O elenco até funciona. Dakota Johnson não é uma grande atriz, mas serve para o que o filme pede. Chloë Grace Moretz está excelente, mas aparece pouco. Tilda Swinton dá um show, como sempre. Também no elenco, Mia Goth, Jessica Harper, Malgosia Bela e Angela Winkler.

A cena que citei vale o ingresso. Mas o filme original é melhor.

Alita: Anjo de Combate

Crítica – Alita: Anjo de Combate

Sinopse (imdb): Uma história cheia de ação da jornada de uma jovem mulher para descobrir a verdade de quem ela é e sua luta para mudar o mundo.

Opa! Filme novo do Robert Rodriguez! Ou será que é filme novo do James Cameron? Calma, explico.

Alita: Anjo de Combate (Alita: Battle Angel, no original) é baseado num mangá escrito por Yukito Kishiro. James Cameron anunciou interesse na adaptação em 2003, mas a produção atrasou por causa do Avatar (2009) e suas várias continuações (que estão previstas para serem lançadas em 2020, 2021, 2024 e 2025). Até que em 2016 foi anunciado que Robert Rodriguez assumiria a direção, dividindo o roteiro com Cameron (e com Laeta Kalogridis).

Mas, será que funciona a parceria entre um cara que costuma andar no limiar do trash e outro conhecido por uma produções megalomaníacas? Felizmente, a resposta é afirmativa!

Alita: Anjo de Combate chama a atenção logo de cara pelos efeitos especiais. A gente sabe que é um personagem digital, mas é um personagem tão perfeito que ao longo do filme a gente até se esquece disso. O trabalho de captura de movimento feito pela atriz Rosa Salazar é impressionante. Sei que é cedo, mas já arrisco dizer que estará no Oscar ano que vem.

Não só o personagem Alita, mas toda a ambientação distópica é muito bem feita. As sequências com o esporte do filme, Motorball (acredito que a semelhança com Rollerball seja proposital), também são muito bem feitas.

Sobre ser um filme do Robert Rodriguez ou não, a cena do bar (um dos melhores momentos do filme) tem a cara do diretor texano – arrisco a dizer que até a trilha sonora desta cena deve ter sido composta por ele (diferente do que acontece em quase todos os seu filmes, Rodriguez aqui não foi “multi tarefa”, seu maior orçamento até hoje tinha sido 65 milhões em Sin City 2; agora ele estava em um projeto de 200 milhões).

Infelizmente, nem tudo no filme é perfeito. Achei o par romântico desnecessário, e o ator Keean Johnson, que o interpreta, é bem fraquinho. Por sorte, o resto do elenco é muito bom: Christoph Waltz, Jennifer Connelly, Mahershala Ali, Ed Skrein, Jackie Earle Haley, Jeff Fahey e Eiza González. Li no imdb que tem Casper Van Dien e Michelle Rodriguez, mas não os vi. E o papel (não creditado) de Edward Norton nos dá a quase certeza de que teremos uma continuação.

Poizé, isso é ruim. Alita não tem fim, acaba com um gancho. Ainda acho que podiam ter fechado a história, mas é um mal comum nos dias de hoje…

Uma Aventura Lego 2

Crítica – Uma Aventura Lego 2

Sinopse (imdb): Já faz cinco anos desde que tudo foi incrível e os cidadãos estão enfrentando uma nova e enorme ameaça: Lego Duplo invade o espaço, destruindo tudo mais rápido do que eles podem reconstruir.

Continuação do ótimo Uma Aventura Lego, este Uma Aventura Lego 2 (The Lego Movie 2: The Second Part, no original) sofre de um problema básico: a gente já sabe o plot twist do final do primeiro filme, e essa ideia não tem como repetir.

Dito isso, posso afirmar: Uma Aventura Lego 2 é tão divertido quanto o primeiro filme!

Vamos por parte – ou por blocos ( 😛 ). O estilo de animação, que simula um stop motion com peças, é repetido aqui. Como falei no texto do outro filme, “Tudo na animação obedece as limitações das peças de plástico duro – diferente de outras animações baseadas em brinquedos“. Com isso, o visual do filme fica muito mais interessante do que qualquer animação tradicional.

O humor também repete o estilo do outro filme. É uma enxurrada de piadas referenciais, dá vontade de rever o filme porque não dá pra pegar todas as piadas. Vou além: são tantas piadas com referências a outros filmes e elementos da cultura pop que me questiono se o público alvo ainda são as crianças (meu filho com 9 anos não entendeu várias das piadas).

Ah, preciso falar da trilha sonora de Mark Mothersbaugh (sim, o cara do Devo). Mais de uma vez ao longo do filme, temos músicas que fazem piadas com metalinguagem. E a música dos créditos – que fala sobre os créditos – é uma piada genial.

Diretores do primeiro filme, Phil Lord e Christopher Miller aqui estão só no roteiro. A direção ficou com Mike Mitchell (Trolls), que segurou bem a onda. O elenco original continua cheio de gente legal (Chris Pratt, Elizabeth Banks, Will Arnett, Alison Brie, Charlie Day, Maya Rudolph, Will Ferrell, Channing Tatum, Jonah Hill, Jason Momoa, Cobie Smulders, Ralph Fiennes, Bruce Willis), mas aqui só dublado – pelo menos a dublagem é muito bem feita.

Claro, alguns vão reclamar que o segundo filme é uma repetição do primeiro. Mas, na minha humilde opinião, quando o primeiro é muito bom e o segundo mantém o nível, isso é motivo para ir feliz ao cinema.

Ave, César!

Crítica – Ave César

Sinopse (imdb): Um executivo de Hollywood nos anos 50, especializado em resolver problemas, trabalha para manter as estrelas do estúdio na linha.

Perdi esse filme dos irmãos Coen quando passou no cinema, hora de colocar em dia.

Em Ave, César! (Hail, Caesar!, no original), Ethan e Joel Coen fazem uma homenagem ao cinema clássico dos anos 50. Enquanto rola uma trama de sequestro, vemos bastidores de produções de estilos diferentes.

À primeira vista, parece que tem personagens demais e subtramas demais. Realmente, o elenco tem muitos bons nomes – Josh Brolin, George Clooney, Alden Ehrenreich, Ralph Fiennes, Scarlett Johansson, Tilda Swinton, Channing Tatum, Frances McDormand, Jonah Hill, Christopher Lambert, Clancy Brown, Fisher Stevens e Michael Gambon, entre outros. Claro que alguns viram coadjuvantes de luxo.

Mas como reclamar de participações que homenageiam o cinema? A primeira vez que vemos alguns dos personagens é quando vemos bastidores de filmagens. Alden Ehrenreich está filmando um faroeste daqueles onde o mocinho se veste de branco e cavalga um cavalo branco; Scarlett Johansson, um número de balé aquático; Chaning Tatum, um musical com direito a sapateado. Preciso dizer: só este número musical do Chaning Tatum já vale o ingresso!

Mas, no fim, achei o resultado meio vazio. Leve, divertido, mas um filme “menor” na rica filmografia dos irmãos Coen.

Climax

Crítica – Climax

Sinopse (imdb): Dançarinos franceses se reúnem em uma escola vazia e isolada para ensaiar em uma noite de inverno. Ao longo da noite, a celebração se transforma em um pesadelo alucinatório quando eles descobrem que sua sangria está misturada com LSD.

Filme novo do Gaspar Noé (Irreversível, Love). Quem já viu outros filmes dele, já sabe mais ou menos o que vai ver…

Climax (idem, no original) tem uma característica parecida com o anterior, Love: um roteiro com poucas páginas e muito espaço para improviso (o padrão costuma ser mais ou menos uma página por minuto de filme; o roteiro de Climax tinha apenas cinco páginas, para um filme de uma hora e trinta e cinco minutos). Esse improviso traz um problema: algumas cenas se estendem demais e são chaaatas…

O que salva Climax são dois planos sequência. Um é logo no início, começa com uma apresentação de dança e depois segue pela festa – as coreografias são muito boas, a música idem. O segundo é na parte final, e traz as crescentes “bad trips” relativas às drogas. As cores saturadas e a trilha sonora ajudam o desconforto.

No elenco, apenas um nome conhecido, Sofia Boutella (Atômica, Kingsman, Star Trek) – que exitou em aceitar o papel porque não tinha roteiro. O resto do elenco é composto por dançarinos.

Climax não tem nenhuma grande polêmica como os dois filmes que citei lá no início (estupro em Irreversível, sexo explícito em Love), isso pode ajudar o filme a ser mais palatável. Mas acho que, pelo mesmo motivo, será mais esquecível.

Crimes em Happytime

Crítica – Crimes em Happytime

Sinopse (imdb): Quando o elenco de marionetes de um programa de TV para crianças dos anos 90 começa a ser assassinado, um por um, um ex policial marionete que foi expulso e virou detetive particular assume o caso.

Fiquei curioso desde a primeira vez que ouvi falar deste Crimes em Happytime (The Happytime Murders, no original). Claro que ia querer um filme dos Muppets com temática adulta! Mas aí veio a notícia que o filme foi um grande fracasso de bilheteria, um dos maiores flops de 2018.

Mas, afinal, o filme é ruim? Por que o flop? Fácil de explicar. Um filme com violência, sexo e drogas – e estrelado por bonecos fofinhos – não é pra qualquer público (mesmo que seja tecnicamente muito mais bem feito que o Meet the Feebles, tosqueira com temática semelhante, dirigida por Peter Jackson no início da carreira).

Crimes em Happytime tem dna de Muppets. Foi dirigido por Brian Henson, filho do Jim Henson, um dos criadores dos Muppets. Claro que não tem nenhum dos bonecos famosos. Mas todos os bonecos aqui são animados exatamente iguais a eles.

Parágrafo à parte para falar da parte técnica de animação das marionetes. A gente vê bonecos de corpo inteiro, andando – coisa que não acontecia na época dos Muppets (eles sempre estavam atrás de alguma coisa, pra esconder o marionetista). Cheguei a pensar que podia ser cgi. Mas nos créditos finais vemos o making of de algumas cenas: eles usaram fundo verde para esconder os marionetistas. Assim, temos bonecos que se portam exatamente igual aos Muppets, mas com muito mais liberdade cênica.

Sobre a qualidade do filme: não me incomodei com os “Muppets adultos”. Achei boas as piadas com os clichês do cinema noir. Na verdade, o que me incomodou foi o “humor Melissa McCarthy”. Já tinha visto esse mesmo estilo em filmes como Caça-FantasmasA Espiã que Sabia de Menos – acho o timing dela ruim, ela estica demais os diálogos nas piadas, mas, se a piada não foi engraçada da primeira vez, esticá-la não vai consertar. Também no elenco, Elizabeth Banks, Maya Rudolph, e, como a voz do protagonista, Bill Barretta, que trabalha com Muppets desde os anos 90.

Pena que flopou. Heu veria mais filmes como Crimes em Happytime.

p.s.: O nome “Crimes em Happytime” foi dado por alguém que não viu o filme. Happytime era o nome de um programa de TV. Os crimes estão ligados, mas não aconteceram “em Happytime”…