A Lenda de Oz

0-a-lenda-de-ozCrítica – A Lenda de Oz

Sabe aqueles dvds vagabundos que são vendidos a 10 reais na Lojas Americanas, com desenhos inéditos, mas de qualidade bem baixa? Poizé, lançaram um desses nos cinemas…

A garota Dorothy é levada de volta ao mundo mágico de Oz, onde reencontra os velhos amigos Homem de Lata, Espantalho e Leão. Entretanto, logo ela descobre que todos os habitantes do reino estão correndo sério risco graças aos atos do malvado Bufão.

A Lenda de Oz (Legends of Oz: Dorothy’s Return, no original) é uma tentativa de continuação do clássico O Mágico de Oz, de 1939. Mas é uma continuação que falha miseravelmente em todos os aspectos. A qualidade da animação é tão pobre, e o roteiro é tão ingênuo e previsível, que o resultado final fica devendo, e muito. E, pra piorar, o desenho ainda tem momentos musicais fraaacos…

O que dá pena é ver o elenco que fez o filme original e saber que aqui no Brasil só tive oportunidade de ver a versão dublada. Afinal, um elenco que conta com Lea Michele, Dan Aykroyd, James Belushi, Kelsey Grammer, Martin Short, Oliver Platt e Patrick Stewart não é de se jogar fora. A versão com som original talvez até valha a pena.

Mas a versão dublada é dispensável.

Macabre

Macabre-PosterCrítica – Macabre

Depois de ter visto The Raid 2 – Berandal, fiquei curioso pra ver outro filme com a Julie Estelle, a “Hammer Girl”. Achei este filme de terror, co-produção entre Singapura e Indonésia. Gosto de terror oriental, vamos ver qualé?

Cinco amigos dão carona a uma misteriosa mulher. Ao deixá-la em casa, aceitam o convite para ficarem para o jantar. Grande erro.

Ok, a trama não é nada demais, a gente já viu essa história outras vezes – mais alguém se lembrou de O Massacre da Serra Elétrica e Quadrilha de Sádicos? O que Macabre tem de diferente é a quantidade de sangue e gore. Acho que desde Martyrs não vejo tanto sangue!

O clima de terror presente no filme é muito bem construído. E o melhor é que o terror é “real” – Macabre tem um elemento sobrenatural, mas o foco da trama é a dor e o sofrimento das pessoas que estão ali. E vou te falar que pulei da poltrona na cena que Astrid tem a mão machucada.

No elenco, temos dois dos atores de The Raid 2: Julie Estelle e Arifin Putra. Ok, foi legal rever os atores de um dos melhores filmes de 2014, mas Macabre é aquele tipo de filme onde o talento do ator não é tão importante. Quem chama a atenção é Shareefa Daanish, com sua Dara com cara de maluca. No resto do elenco de rostos conhecidos, achei alguns exagerados, mas isso é algo comum no cinema oriental.

Agora tenho que catar mais filmes dos diretores Kimo Stamboel e Timo Tjahjanto, os “Mo Brothers”. É, tô ficando fã do cinema indonésio, já vi que tem outro filme dos irmãos lançado este ano…

Revanche Rebelde / Roadracers

0-revanche-rebeldeCrítica – Revanche Rebelde / Roadracers

Numa recente viagem ao exterior, visitando uma loja de dvds, descobri um filme de 1994 dirigido pelo Robert Rodriguez que heu nunca tinha ouvido falar! Claro que heu precisava ver este filme!

Um olhar cínico dos anos 50, onde um roqueiro rebelde tem que enfrentar bandidos com facas e o xerife da cidadezinha local para definir o seu futuro.

Revanche Rebelde (Roadracers, no original) é uma produção para a tv, um filme simples e despretensioso, mas já é um “legítimo Robert Rodriguez” em essência. Claro, é mais próximo de El Mariachi do que de Machete – Rodriguez dirigiu este filme entre El Mariachi e A Balada do Pistoleiro.

A ambientação do filme é excelente. Rodriguez conseguiu captar bem o clima “Grease nos tempos da brilhantina dark” proposto – não sei se era assim na vida real, pois não vivi aquela época, mas o que a gente imagina era aquilo mesmo. A trilha sonora rockabilly é outro ponto forte.

O papel principal é de David Arquette, que aqui faz talvez a melhor interpretação de sua carreira. William Sadler está ótimo como o xerife, e o filme ainda conta com uma Salma Hayek antes da fama.

Revanche Rebelde / Roadracers nunca foi lançado em dvd por aqui. Mas se alguém tiver curiosidade, o filme está legendado no youtube…

Claro, hoje em dia os filmes de Rodriguez têm uma cara diferente, é até covardia comparar este filme com os Sin City e os Machete. Mas Roadracers não faz feio na sua filmografia.

Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1

Jogos Vorazes 3.1Crítica – Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1

Estreou o penúltimo Jogos Vorazes!

Quando Katniss destrói os jogos, ela é levada ao Distrito 13, já que o Distrito 12 foi destruído. Ela conhece a Presidente Coin, que a convence a ser o símbolo da revolução, enquanto tentam resgatar Peeta da Capital.

Mais uma vez dirigido por Francis Lawrence (que, até onde sei, não é parente da Jennifer Lawrence), Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1 (The Hunger Games: Mockingjay – Part 1, no original) segue a franquia de sucesso comercial de livros escritos por Suzanne Collins. O título nacional do filme não é a tradução exata, mas desta vez foi uma falha do tradutor dos livros. O terceiro livro / filme deveria se chamar “Tordo”, e não “A Esperança”…

Assim como tem acontecido com franquias de sucesso de bilheteria baseadas em livros, o último livro foi esticado para virar dois filmes e gerar o dobro de bilheteria (o mesmo aconteceu, por exemplo, com as sagas Harry Potter e Crepúsculo). Claro, o resultado ficou prejudicado, a história não tem pique pra quatro horas de filme (serão dois filmes de duas horas cada). Se os dois primeiros filmes tinham quase duas horas e meia cada, talvez o terceiro livro virasse um bom filme de quase três horas. Do jeito que ficou, temos algumas sequências arrastadas e outras desnecessárias – por exemplo, pra que vemos Katniss visitando duas vezes o Distrito 12?

Apesar disso, Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1 mantém o alto padrão de qualidade da franquia, e vai agradar aos fãs. Algumas partes são muito boas, gostei muito de toda a sequência do hospital, e é emocionante a cena em que Katniss canta.

O visual deste filme é mais sóbrio que os outros. A capital tem muitas cores, muitas roupas e penteados extravagantes, e aqui quase todo o filme se passa no espartano Distrito 13, o visual lembra o filme 1984 – e gera algumas boas piadas com a perua Effie.

Sobre o elenco, heu tinha uma grande curiosidade sobre o que ia acontecer com o personagem Plutarch, já que seu intérprete, Philip Seymour Hoffman, morreu antes de terminarem as filmagens. E o personagem aparece muito no filme! Li no imdb que Hoffman faleceu quando faltava uma semana para o término das filmagens, quase todas as suas cenas já tinham sido filmadas, e teriam alterado algumas páginas do roteiro para se adaptarem à ausência do ator. Funcionou: o público “leigo” nem vai reparar.

O elenco, como era esperado, é um dos pontos fortes. Jennifer Lawrence é carismática e uma grande atriz, e está num excelente momento da carreira – além de ser o principal nome de Jogos Vorazes e um dos principais de X-Men, ela ganhou o Oscar de melhor atriz em 2013 por O Lado Bom da Vida. E, além da volta de Philip Seymour Hoffman, Woody Harrelson, Elizabeth Banks, Donald Sutherland, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth e Jeffrey Wright, Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1 ainda traz alguns novos nomes ao elenco, como Julianne Moore e Natalie Dormer. Só achei alguns personagens um pouco sub-aproveitados, como Sam Clafin (que pouco mostra a cara), Stanley Tucci (que só aparece poucas vezes pela televisão) e Jena Malone (que acho que só aparece por alguns rápidos segundos).

Se Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1 fosse um filme só, tinha potencial para figurar entre os melhores filmes do ano. Mas assim, pela metade, se entrar num top 10 já está no lucro.

Por fim, preciso comentar algo que não me lembro se já tinha nos outros filmes: a melodia que assoviam com o canto do tordo é EXATAMENTE IGUAL ao tema de Romeu e Julieta composto pelo Nino Rota para o filme do Franco Zeffirelli de 1968. As mesmas quatro notas! Caramba, será que ninguém da produção se tocou do plágio?

Another Me

Another MeCrítica – Another Me

Suspense estrelado pela Sansa Stark!

Uma adolescente tem sua vida colocada de cabeça para baixo quando descobre uma misteriosa doppelganger que tenta assumir sua identidade.

A Sansa Stark é um dos piores personagens da boa série Game of Thrones. Sempre tive dúvidas se a culpa era do roteiro ou da atriz Sophie Turner. Que tal um outro filme com a mesma atriz?

Escrito e dirigido por Isabel Coixet (do drama Minha Vida Sem Mim), Another Me é a adaptação do livro homônimo, escrito por Cathy MacPhail, direcionado ao novo nicho “jovens adultos”. Não sei qual é o tom do livro, mas o filme é uma tentativa frustrada de se fazer um suspense, usando um fantasma doppelganger.

Mas não funcionou. Apesar de curto (apenas 86 min), o filme é chato e arrastado. E o fim é bobo e previsível. Além disso, de suspense o filme não tem nada.

E o pior é que o elenco tem vários bons nomes, como Claire Forlani, Rhys Ifans, Jonathan Rhys Meyers e Geraldine Chaplin – o imdb também cita Leonor Watling, mas admito que não a vi no filme.

É, ainda não foi desta vez que a gente descobriu se Sophie Turner é uma boa atriz. E um filme destes é uma mancha no currículo…

Bem Vindo Aos 40

0-BemVindoAos40Crítica – Bem Vindo Aos 40

Filme novo do Judd Appatow.

Pete e Debbie estão prestes a completar 40 anos, e enfrentam várias crises: suas filhas se odeiam, seus negócios estão à beira da falência, eles estão quase perdendo a sua casa, e sua relação está aos pedaços.

Reconheço qualidade na obra de Judd Apatow, mas admito que não sou muito fã do seu estilo de “dramédia” – seus filmes nunca são muito engraçados. Além disso, seu humor muitas vezes apela para a escatologia, não gosto muito disso.

Novo projeto de Apatow, Bem Vindo Aos 40 (This is 40, no original) é uma “continuação” (assim mesmo, entre aspas) de Ligeiramente Grávidos – os personagens principais aqui, Pete e Debbie, eram coadjuvantes daquele filme.

O filme acerta em alguns dos problemas da “crise dos 40” – tenho 43 anos, já vivi algumas daquelas situações. Mas, por outro lado, a narrativa é inchada com vários personagens inúteis. Por exemplo, a Megan Fox só está no filme para vermos uma gostosona na tela – não estou reclamando disso, mas temos que reconhecer que sua personagem não tem nenhuma importância na trama. Resultado: o filme é longo (e chato) demais – são 134 min!

Além do excesso de personagens desnecessários, a trama insiste em alguns temas que não interessam ninguém, como a sub-trama do cantor Graham Parker (que deve ser um amigo do diretor, é a única explicação para um cara desconhecido ganhar tanto destaque). Outra coisa: os personagens tentam vender uma ideia de que o fim de Lost foi bom – e todo mundo sabe que foi um dos piores fins de série de todos os tempos.

De ponto positivo, podemos citar o casal protagonista – Leslie Mann e Paul Rudd são bons atores e têm boa química juntos. O resto do elenco tem vários bons nomes, mas quase todos estão mal aproveitados em sub-tramas bobas: John Lithgow, Albert Brooks, Jason Segel, Megan Fox, Chris O’Dowd, Melissa McCarthy, e as meninas Maude e Iris Apatow, filhas do casal Judd Apatow e Leslie Mann.

Resumindo: se Bem Vindo Aos 40 tivesse uma hora a menos, seria um filme melhor. Do jeito que ficou, só os fãs de Apatow vão gostar.

p.s.: Parece que a nudez de Leslie Mann é fake…

À Procura

a-procuraCrítica – À Procura

Oito anos após o sequestro de Cassandra, alguns indícios denunciam que ela ainda está viva. Polícia, pais e a própria Cassandra vão tentar desvendar os mistérios por trás do seu desaparecimento.

Parece que Atom Egoyan gostou de fazer suspenses com um pé no policial. Depois de Verdade Nua (2005), O Preço da Traição (2009) e Sem Evidências (2013). À Procura (The Captive no original) é a sua nova investida no estilo.

A narrativa é fora da ordem cronológica, o roteiro (também escrito por Egoyan, em parceria com David Fraser) acerta na construção simultânea de várias linhas temporais. Pena que na segunda metade o roteiro cai em algumas situações forçadas – por exemplo, aquela perseguição de carro foi completamente dispensável.

O elenco está bem. Muita gente não gosta do Ryan Reynolds, mas não tenho nada contra ele (apesar do Lanterna Verde). Reynolds está bem, deixou o ar engraçadinho de lado e consegue passar a dor de um pai que teve a filha sequestrada. Mas quem impressiona é Kevin Durand, num papel bem diferente dos brutamontes que costuma fazer. Ainda no elenco, Rosario Dawson, Alexia Fast, Mireille Enos, Peyton Kennedy, Scott Speedman e Bruce Greenwood.

À Procura não chega a ser um grande filme, mas pode ser uma opção para aqueles dias que estamos menos exigentes. Pelo menos a fotografia gelada (vemos as cataratas do Niágara congeladas!) agrada, nestes dias de calor no Rio de Janeiro.

A Casa Silenciosa

A Casa SilenciosaCrítica – A Casa Silenciosa

Refilmagem do uruguaio La Casa Muda.

Enquanto está arrumando uma antiga da casa de campo da família, agora abandonada, no intuito de colocá-la à venda, uma jovem enfrenta fatos estranhos que acontecem dentro da casa.

La Casa Muda chamou a atenção por supostamente ter sido filmado em um único plano-sequência. Não sei se foi verdade ou não, mas isso pouco importa, o filme foi concebido para ter uma narrativa em um único plano em tempo real, só isso já vale pra mim. E claro que um filme latino americano que chama a atenção do mundo gera refilmagem hollywoodiana, né?

A Casa Silenciosa (Silent House, no original) segue exatamente os mesmos passos. Teoricamente um longo plano-sequência acompanhando a atriz Elizabeth Olsen. Só que em Hollywood deve ser mais difícil de guardar segredos, aqui a gente sabe que foram takes de aproximadamente 8 minutos, emendados digitalmente para parecerem um único plano.

O problema é que o plano-sequência é a única coisa boa de A Casa Silenciosa. O roteiro é mal escrito, temos vários momentos longos e entediantes passeando pela casa, e o filme se torna uma experiência quase insuportável de tão chata.

Pra piorar, os personagens secundários são mal construídos, e os atores coadjuvantes são fracos. O final traz um plot twist, que se perde no meio do tédio.

Se salva apenas a atuação de Elizabeth Olsen – além, claro, do gigantesco plano-sequência. Se A Casa Silenciosa tivesse roteiro, podia ser um grande marco na história do cinema. Mas, do jeito que ficou, virou apenas a repetição de um exercício técnico já feito – num filme latino americano.

Dívida de Sangue / Good People

good peopleCrítica – Dívida de Sangue / Good People

Um casal americano, morando na Inglaterra e com dificuldades financeiras, encontra uma mala cheia de dinheiro, que pertencia a um inquilino, encontrado morto por uma overdose. Só que os donos do dinheiro não tardam a aparecer.

Estreia hollywoodiana do dinamarquês Henrik Ruben Genz, Dívida de Sangue / Good People tem alguns problemas básicos. Em primeiro lugar, a trama é batida, a gente já viu este tipo de filme antes (quem mais se lembrou do Cova Rasa?). Mas o ritmo do início do filme é bom, e a gente até esquece esse detalhe – afinal, tem muito filme bom que parte de ideias recicladas.

Mas, do meio pro fim, o filme toma vários rumos que fogem de qualquer lógica. Várias situações que a gente pensa “isso nunca aconteceria na vida real” – tipo quando eles fogem para “se esconder” no motel mas todo mundo sabe onde eles estão. Além disso, tudo fica previsível demais, conseguimos antecipar cada passo do filme. E quando vemos o momento “armadilhas do Esqueceram de Mim“, o filme já perdeu qualquer credibilidade que ainda podia lhe restar.

Pena, porque o elenco nem está mal. Kate Hudson e James Franco funcionam bem juntos (e Kate ainda brinda seus fãs com uma rápida cena de nudez parcial). Também no elenco, Anna Friel, Tom Wilkinson, Omar Sy e Sam Spruel.

Dispensável. Vale mais a pena rever o citado Cova Rasa.

Uma Viagem Extraordinária

uma-viagem-extraordinariaCrítica – Uma Viagem Extraordinária

Filme novo do Jean-Pierre Jeunet!

Um menino gênio, de dez anos de idade, secretamente deixa o rancho onde vive com sua família, para atravessar o país e receber um importante prêmio no Smithsonian Institute.

Quem me acompanha por aqui sabe que aprecio alguns poucos diretores contemporâneos que ainda mantém estilos próprios, alguns poucos “autores”, daqueles que a gente reconhece a obra só de ver um trecho do seu filme. Gente como Terry Gilliam, Tim Burton, Wes Anderson – e Jean-Pierre Jeunet.

Sou fã do cara desde os bizarros Delicatessen e Ladrão de Sonhos, dirigidos em parceria com Marc Caro. Depois de ir para Hollywood fazer o Alien 4, ele deu uma suavizada na bizarrice e realizou o seu maior sucesso comercial, O Fabuloso Destino de Amelie Poulan. (Propositalmente, não vou falar de Eterno Amor). Recentemente, Jeunet tinha voltado pra bizarrice com Micmacs. Ao lado de Amelie Poulan, Uma Viagem Extraordinária é seu filme mais “normal”.

Adaptação do livro “The Selected Works of T.S. Spivet”, escrito por Reif Larsen e lançado em 2009, Uma Viagem Extraordinária (L’Extravagant voyage du jeune et prodigieux T.S. Spivet, no original) é um road movie mágico. E como sempre acontece nos filmes de Jeunet, a fotografia de cores fortes é um dos destaques. O filme ainda é pontuado por algumas animações, criando um cara de fábula. O visual de seus filmes é sempre impressionante.

O problema é que, não sei dizer exatamente onde, mas Jeunet errou a mão no resultado final. Parece que Uma Viagem Extraordinária sofre com crise de identidade: não se decide entre a bizarrice natural dos personagens de Jeunet e o clima família de aventura infanto juvenil; não se decide entre o melodrama da morte do irmão e o humor histriônico da personagem de Judy Davis.

Lidera o elenco o menino quase estreante Kyle Catlett. Mas, diferente de Micmacs, aqui temos atores conhecidos, como Helena Bonham Carter, Judy Davis e Callum Keith Rennie. E, claro, Dominique Pinon tem um papel, como acontece em TODOS os filmes de Jeunet.

Enfim, Uma Viagem Extraordinária não é ruim, longe disso. Mas Jean-Pierre Jeunet já fez melhor…