Looper – Assassinos do Futuro

Crítica – Looper – Assassinos do Futuro

Em 2074, quando a máfia deseja se livrar de alguém, eles enviam a pessoa de volta 30 anos no tempo, no momento exato em que haverá um assassino armado esperando para executá-la. Esses assassinos são chamados “Loopers”.

Gosto de filmes com viagem no tempo, tanto que já fiz um Top 10 sobre o assunto. Não sei se Looper – Assassinos do Futuro teria vaga no Top 10, mas posso dizer que é um bom filme. Escrito e dirigido pelo semi desconhecido Rian Johnson, o filme traz uma equilibrada mistura entre ação, ficção científica e drama, com uma pitada de elementos fantásticos.

Tenho coisas boas e ruins pra falar do roteiro de Johnson. O lado bom é que é um roteiro bem escrito que usa de maneira inteligente os paradoxos da viagem temporal – tem uma cena chave que acontece duas vezes, com uma pequena variação, e tudo faz sentido (tive que rever esta parte pra sacar os detalhes).

Mas… Por outro lado, o roteiro tem umas falhas bizarras. Vou falar depois dos avisos de spoiler.

SPOILERS!!!

SPOILERS!!!

SPOILERS!!!

Não vou falar que este sistema inventado pra mandar alguém pro passado pra então ser assassinado não tem lógica, porque seria muito mais fácil matar no futuro e mandar só o corpo, ou mandar o cara com um peso nos pés no meio do oceano. Também não vou falar que ninguém explicou como os loopers saberiam o local e a hora que receberiam a “encomenda”. Tampouco vou falar que seria mais fácil mandar outra pessoa pra matar o looper velho, pra não ter problemas de consciência.

Só vou falar uma coisa: se no futuro é tão complicado matar alguém que tiveram que inventar um sistema envolvendo viagens no tempo, como é que uma das coisas que movimenta a trama é justamente o assassinato da mulher do Bruce Willis???

FIM DOS SPOILERS!!!

Uma outra coisa me incomodou no conceito de Looper – Assassinos do Futuro: a escolha do elenco principal. Sinceramente, não acho Bruce Willis parecido com Joseph Gordon-Levitt. Ok, a maquiagem ficou bem feita. Mas Gordon-Levitt já é um rosto conhecido, ele ficou com cara de “Joseph Gordon-Levitt maquiado”, e não com cara de Bruce Willis!

Apesar desses detalhes, gostei do filme, que tem um bom ritmo e traz uma visão interessante de um sombrio futuro próximo.  Looper – Assassinos do Futuro também traz personagens bem construídos e um bom elenco – além de Willis e Gordon-Levitt, o filme conta com Emily Blunt, Piper Perabo, Paul Dano, Jeff Daniels, Noah Segan, Tracie Thoms, Garret Dillahunt e o garoto Pierce Gagnon.

O que é uma pena é ver que uma história bem bolada com viagens no tempo ter um roteiro com tantos furos. Looper – Assassinos do Futuro é legal, mas poderia ser bem melhor.

Vírus

Vírus

Um perigosíssimo vírus mata quase toda a população. Dois casais viajam juntos num carro, atrás de algum lugar seguro.

O argumento do filme escrito e dirigido pelos irmãos Àlex e David Pastor prometia, é realmente uma boa ideia. Mas, pena, o filme não é lá grandes coisas. Principalmente quando a divulgação nos faz pensar que se trata de um filme de terror, e o filme é um drama!

Às vezes o filme lembra o ótimo Extermínio, de Danny Boyle, onde poucos sobreviventes também procuram um lugar seguro. A diferença é que o filme de Boyle é terror com um vilão a ser batido (os infectados que parecem zumbis). Aqui é um filme sério, e, sem antagonistas, ficamos só com o drama dos personagens. Talvez por isso, o filme caia num grande marasmo e fique cansativo, apesar de ter menos de uma hora e meia.

Brian, o protagonista, é interpretado por Chris Pine, o capitão Kirk do novo Star Trek. Acho que ele gostou do papel, Brian traz alguns trejeitos iguais ao do capitão da Enterprise. Além de Pine, o elenco traz Piper Perabo, Lou Taylor Pucci e Emily VanCamp.

Vírus ficou devendo. No mesmo estilo, prefira a série inglesa Survivors, da BBC, que tem um desfecho fraco, mas pelo menos tem situações e personagens melhor desenvolvidos.