Conan, O Bárbaro (2011)

Crítica – Conan, O Bárbaro (2011)

Mais um reboot de franquia dos anos 80…

Baseado nos quadrinhos de “espada e feitiçaria” de Robert E. Howard, Conan, O Bárbaro mostra o guerreiro cimério Conan em suas aventuras pelo continente de Hyboria, em busca de vingança pela morte de seu pai.

Antes de falar do filme, preciso avisar que nunca li os quadrinhos, e não me lembro bem dos dois filmes dos anos 80. Então não tenho como comparar este novo Conan, O Bárbaro com outras produções do personagem. Mesmo assim, posso dizer que o filme tem alguns bons momentos. Mas tem mais momentos ruins do que bons, infelizmente. O saldo final é negativo.

A primeira coisa que vem a cabeça quando lemos “Conan” é o nome de Arnold Schwarzenegger, que interpretou o cimério nos dois filmes dos anos 80. Bem, podemos dizer que um dos (poucos) acertos do novo filme foi a escolha de Jason Momoa como protagonista. A comparação com Schwarza é inevitável, mas Momoa (que fez um papel parecido na série Game of Thrones) não faz feio. Seu Conan consegue equilibrar carisma e brutalidade na dose certa.

Já não podemos dizer o mesmo do roteiro, que parece um amontoado de cenas de ação desordenadas. E o pior é que algumas dessas cenas de ação são muito mal filmadas pelo diretor Marcus Nispel (Sexta Feira 13), como aquela onde Conan luta contra os tentáculos de um polvo gigante (aquilo era um polvo?) – a cena é confusa, ninguém entende o que está acontecendo, e a câmera só mostra o vilão malvadão dando gargalhadas maquiavélicas. Tosco demais!

Mas o roteiro ainda tem coisa pior. Determinado momento, Conan mostra que realmente é um bárbaro, ao mostrar sua “delicadeza” com o sexo oposto (em uma das melhores cenas do filme, quando Conan sequestra Tamara para usá-la de isca). Mas logo depois, ele solta um “eu vivo, eu amo” – pára* tudo! Bárbaros cimérios amam???

O elenco não faz feio. Além de Jason Momoa, o elenco conta com Ron Perlman (Hellboy), Stephen Lang (Avatar), Rose McGowan (Planeta Terror), Rachel Nichols (G.I. Joe) e o garoto Leo Howard (A Pedra Mágica) como o Conan criança.

Nem tudo no filme é de se jogar fora. Algumas cenas até são legais – gostei da cena dos ovos com o Conan moleque. E rola uma boa quantidade de sangue, pra quem gosta…

Conan, O Bárbaro estreia nos cinemas na sexta feira agora. A versão que passou pra imprensa foi em 2D, e pelo que li por aí, é a que vale mais a pena. Mas talvez o que realmente valha a pena seja esperar pelo dvd.

* (Sei que “para”, do verbo “parar”, não tem mais acento. Mas acho que fica tão sem graça…)

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Se você gostou de Conan, O Bárbaro, o Blog do Heu recomenda:
Fúria de Titãs
O Príncipe da Persia
Piratas do Caribe 4

G.I. Joe – A Origem de Cobra

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G. I. Joe – A Origem de Cobra

Um filme baseado em bonequinhos pode ser um dos melhores filmes do ano? Bem, se você pensou em Transformers, a resposta é não. Mas se pensou em G. I. Joe – A Origem de Cobra, sim, estamos falando de um dos melhores filmes de ação do ano!

Mas antes de falar do filme, preciso antes falar uma coisa sobre a minha infância. Nasci em 71. No fim da década de 70, surgiu um boneco, o Falcon, que era muito legal, bem articulado, mexia até os dedos! Era do tamanho de uma Barbie – aliás, as meninas pegavam nossos Falcons para serem os “namorados” das Suzis, a Barbie da época. E me lembro exatamente do que vinha escrito na caixa do Falcon: “Falcon – Comandos em Ação”. Bem, anos depois, surgiu uma outra série de bonecos, bem menores e bem mais “pobres” nas articulações, era a série “Comandos em Ação”. Bem, este filme se baseia nesta segunda série de bonecos, claro. Mas pra mim, “comandos em ação” ainda é Falcon…

Voltemos ao filme! Por que este filme é legal? Porque não precisamos conhecer nada sobre os bonecos para nos divertirmos com o filme. Quem me conhece sabe que gosto é de cinema, então se um filme é baseado em outra coisa, não acho que preciso saber algo sobre o original, e sim sobre o filme em questão. Filme com pré-requisito não pode ser filme legal! 😉

A história não tem nada demais. Super vilões querem usar uma super bomba nanotecnológica com ajuda de um pequeno exército também nanotecnológico. Os super mocinhos G. I. Joe, também super secretos, os combatem, usando parafernálias que deixariam James Bond com inveja.

O filme tem tudo o que o público procura: efeitos especiais alucinantes, muitos tiros, muitas explosões, várias lutas muito bem coreografadas e mocinhos e vilões cool. Temos até atores infantis em lutas de artes marciais! Tudo isso num ritmo acelerado, de deixar sem fôlego! Pergunto: precisa de mais alguma coisa?

O elenco é quase perfeito. O quase desconhecido Channing Tatum é o protagonista Duke, que é auxiliado por Adewale Akinnuoye-Agbaje e Saïd Taghmaoui, ambos coadjuvantes do seriado “Lost”, e Ray Park – aquele cara que faz papéis importantes em filmes idem, mas dificilmente mostra a sua cara (ele era o Darth Maul em Star Wars ep I, o cavaleiro sem cabeça em A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça e o Groxo em X-Men 2; vemos seu rosto numa breve cena em Fanboys). Ah, sim, o general dos Joes é ninguém menos que Dennis Quaid, cinquentão mas ainda galã. E ainda temos Jonathan Pryce (Brazil, o Filme), Joseph Gordon-Levitt (o garoto do seriado 3rd Rock From the Sun, que cresceu e fez Killshot recentemente), Christopher Eccleston, Arnold Vosloo e Byung-hun Lee.

Novo parágrafo para falarmos de duas das melhores coisas do filme: a ruiva Rachel Nichols (P2) e a morena Sienna Miller (ambas eram loiras!). As duas estão lindíssimas, cada uma mais gostosa que a outra. E ainda por cima saem na p$#%rrada!

O “quase” lá em cima é porque, na minha humilde opinião, o único ponto fraco do filme é o careteiro Marlon Wayans (da série Todo Mundo em Pânico) como alívio cômico. Sei lá, achei meio nada a ver. Principalmente porque ainda forçam uma barra para criar um par romântico…

Claro que vai ter gente que vai torcer o nariz pro filme e dizer que é cheio de situações inverossímeis. Bem, para essas pessoas, recomendo aquele filme cabeça de quatro horas e meia de duração que está em cartaz no cineclube, a co-produção iraniana-eslovaca, falado em mandarim e com legendas em polonês… Porque, se a opção for cinema-pipoca, G. I. Joe é uma excelente opção!

No fim do filme rola um gancho pra continuação. Que venha com a mesma qualidade!

P2 – Sem Saída

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P2 – Sem Saída

Costumo dizer que o espectador deve se preparar para o que vai ver. Se o filme em questão é um suspense cheio de clichês, não devemos esperar uma maravilha da sétima arte. Devemos esperar justamente um suspense cheio de clichês. Aí o programa pode até sair divertido…

A sinopse: na véspera de natal, uma jovem e bonita executiva fica presa na garagem do edifício comercial onde trabalha. E, claro, tem um psicopata atrás dela.

O filme, escrito por Alexandre Aja e dirigido pelo estreante Franck Khalfoun, é repleto de clichês de filme-de-suspense-com-um-maluco-psicopata-atrás-da-mocinha-indefesa. Alguns desses clichês funcionam, outros não. Como era de se esperar, claro.

Os atores principais até que funcionam. Rachel Nichols (e seu decote maravilhoso) está bem como Angela, a tal mocinha indefesa (mas que sabe comprar briga na hora certa). Wes Bentley, de Beleza Americana também funciona como o “stalker”, aquele cara obcecado que segue cada passo de sua vítima, que, na verdade, é o seu objeto de admiração. Por fim, o cenário é interssante – quase todo o filme se passa dentro de uma grande garagem comercial.

Resumindo: não vai mudar a vida de ninguém, mas pode ser uma boa hora e meia pra quem estiver na pilha certa.