Crítica – Ruby Marinho, Monstro Adolescente
Sinopse (imdb): A doce e desajeitada Ruby Marinho, de 16 anos, descobre que é descendente direta das rainhas guerreiras Kraken e precisará se esforçar para proteger aqueles que ela mais ama contra sereias vaidosas e famintas por poder.
Talvez seja um problema você colocar no pôster do filme os dizeres “da DreamWorks, que criou Shrek e Como Treinar seu Dragão“. Porque isso vai elevar as expectativas, e às vezes o novo filme é bem bobinho. Como é o caso aqui de Ruby Marinho, Monstro Adolescente.
Dirigido por Kirk DeMicco e Faryn Pearl, Ruby Marinho, Monstro Adolescente (Ruby Gillman, Teenage Kraken, no original) traz uma história que já foi contada um monte de vezes, com uma adolescente vivendo mudanças no seu corpo e com problemas de relacionamento com a mãe, ao mesmo tempo que tem os problemas de sempre na escola, como o medo de convidar seu crush para a festa de fim de ano. Parece uma receita de bolo, tem até os momentos musicais quando ela está nadando no fundo do mar.
Ok, a gente sabe que a Dreamworks tem um histórico de copiar a Disney (Monstros S.A. / Shrek, Vida de Inseto / Formiguinhaz, Procurando Nemo / O Espanta Tubarões). Achei que isso tinha ficado no passado mas Ruby Marinho parece uma cópia de Luca (monstro marinho adolescente que vive entre humanos), com toques de Red (menina adolescente que precisa controlar mudanças no corpo).
(Em Luca o monstro marinho fica igual a um humano. Aqui os krakens são azuis e não têm ossos. Mesmo assim, vivem entre os humanos, e dizem que são diferentes porque são canadenses. Ok, entendi a piada, mas achei forçada.)
Ainda falando em plágios, aqui tem uma sereia que é IGUAL à Ariel. Mas, nesse ponto em particular, achei divertido você colocar uma Ariel como a antagonista. Foi uma boa sacada.
A sessão de imprensa foi dublada. A dublagem brasileira é muito boa, não tenho queixas quanto a isso. Mas, dá pena de ver que perdemos as vozes de Toni Collette como a mãe e Jane Fonda como a avó.
Como falei, Ruby Marinho, Monstro Adolescente não é ruim, mas é tão bobinho que decepciona – assim como aconteceu com o recente Elementos da Pixar, lançado duas semanas atrás. Nessa briga entre Dreamworks e Pixar, quem está se dando bem em 2023 é a Illumination com o seu Super Mario Bros.*
*Não esqueci do Aranhaverso 2, é que considero ele feito para outro público alvo