Boss Level

Crítica – Boss Level

Sinopse (imdb): Um oficial aposentado das forças especiais está preso em um loop temporal sem fim no dia de sua morte.

Já tinha lido sobre esse Boss Level, mas nem trailer tinha quando procurei. Aí deixei de lado. Até que o grupo de padrinhos do Podcrast mencionou um filme de tiro porrada e bomba com loop temporal. Era o Boss Level. Fui ver, o diretor era o Joe Carnaham. Opa, furou a fila!

Não sei exatamente quais foram os problemas encontrados pela produção. No imdb fala que Joe Carnaham (Esquadrão Classe A, Smoking Aces, A Perseguição) estava há anos tentando fazer este filme – fala que ele pegou um roteiro escrito em 2010 e reescreveu para filmar em 2012 pela Fox, mas o estúdio teria encrencado com a escolha de Frank Grillo pro papel principal. Outra nota no imdb fala que seria lançado em agosto de 2019, depois adiado pra junho de 2020, e finalmente pra março de 2021, quando finalmente chegou no streaming Hulu.

Antes de entrar no filme, vamos falar do loop temporal. Quando escrevi sobre Palm Springs, falei que aceito ideias repetidas desde que sejam bem utilizadas. Boss Level usa uma ideia repetida: um personagem está preso no mesmo dia em um loop temporal, igual a Feitiço do Tempo, No Limite do Amanhã, A Morte te dá Parabéns e o já citado Palm Springs. Nada de novo. Mas aqui tudo é mostrado como um videogame dos anos 80, quando não tinha como salvar – cada vez que você morria, voltava ao início do jogo. E cada vez que o protagonista Roy, morre, volta ao início do dia. Taí, não me lembro de ver esse tema sob este ângulo.

Boss Level não se leva a sério nunca, inclusive as “tentativas” não são mostradas necessariamente em ordem cronológica – o filme começa na tentativa 139, e avança e retrocede pra mostrar detalhes desse dia! E a narração em off com o Roy de saco cheio ajuda o clima descontraído.

O ritmo alucinado ajuda a distrair alguns efeitos especiais toscos e algumas falhas de roteiro – como por exemplo, se todos os assassinos chegam juntos ao bar por causa do localizador, porque só um assassino aparece quando ele descobre o localizador? Ou, como ele sai do elevador se tem uma câmera de segurança observando seus movimentos? Além disso, a história não faz muito sentido, essa história da máquina que causa o fim do mundo e toda a relação da personagem da Naomi Watts com o Mel Gibson vilãozão são desnecessárias.

Mas… o objetivo de Boss Level não é fazer o espectador refletir sobre a vida. O lance aqui é entregar uma hora e meia de ação descerebrada, repleta de humor negro. O objetivo de Boss Level é oferecer uma hora e meia de diversão. E quem entrar na onda do filme vai se divertir.

No elenco, é estranho ver o Mel Gibson de coadjuvante e o Frank Grillo de protagonista. Mas funciona. Frank Grillo não é um grande ator, mas caiu bem no papel. Mel Gibson aparece pouco e está bem caricato, mas o papel pede algo assim. Naomi Watts é que está desperdiçada, ela merecia um papel melhor. Michelle Yeoh aparece pouco, mas é um personagem importante e usa bem a atriz. Dentre os assassinos, ninguém conhecido.

Não gostei do fim, o fim usou a máquina que tenta explicar (mas que na minha humilde opinião era melhor ficar sem explicar nada). Mas mesmo assim ainda recomendo o filme pra quem curte o estilo.

Segundo o filmeB, o título em português vai ser Mate ou Morra, e vai ser lançado em junho. Por enquanto só no hulu mesmo.

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