Crítica – Bruna Surfistinha
Raquel (Deborah Secco) é uma jovem de classe média que tem uma vida normal, apesar dos problemas de relacionamentos em casa e na escola. Até que ela resolve largar tudo e virar garota de programa. Usando o “nome artístico” Bruna Surfistinha, ela fica conhecida na casa onde trabalha, e depois fica ainda mais famosa ao criar um blog onde relata suas experiências.
Bruna Surfistinha tem uma grande virtude e um grande defeito. O melhor aqui é a atuação de Deborah Secco. Mas, por outro lado, sua personagem principal é uma pessoa difícil…
Deborah Secco tem um papel complicado, sua Bruna é complexa e, pra piorar, passa boa parte do filme sem roupa e contracenando com dezenas de homens diferentes. Mas ela manda bem, passa credibilidade em todas as nuances pelas quais a sua personagem passa. E ela não está sozinha, ela encabeça um bom elenco, com poucos nomes conhecidos (de famoso, mesmo, só Cássio Gabus Mendes e Drica Morais). As meninas que fazem as outras garotas de programa estão todas bem.
Mas a personagem em si… Olha, não tenho nada contra a profissão escolhida, o problema é que a Bruna, pelo menos no filme (não li o livro), não mostra nenhum motivo convincente para ter entrado nessa vida. E, pra piorar, ela trata mal todos que a querem bem. Fica difícil simpatizar com alguém assim, né?
(Tem outro problema, mas aí não tem jeito. Bruna começa a fazer sucesso entre as garotas de programa. Bem, Deborah Secco é muito mais bonita que as outras atrizes, então, claro que ela faria mais sucesso. Mas, se a gente olhar fotos da Bruna real, ela é bem mais parecida com as colegas… Aliás, quem tiver curiosidade de ver a Bruna real, ela faz a hostess do restaurante onde Hudson marca o encontro.)
O filme acerta na dose de assuntos polêmicos, afinal, é um filme recheado de sexo e drogas (mostra o envolvimento de Raquel / Bruna com a cocaína), mas não cai no caricato nem vira sensacionalista por causa disso. Palmas para o roteiro e para a direção do estreante Marcus Baldini!
O roteiro foi baseado no livro O Doce Veneno do Escorpião, escrito pela Bruna real a partir do seu blog. O roteiro deixa de lado algumas fases famosas da vida de Bruna, como o próprio livro e o envolvimento com o cinema pornô – sim, a Bruna Surfistinha real fez alguns filmes pornôs, depois de famosa. O filme acaba antes do livro e do cinema pornô…
No fim, Bruna Surfistinha não é ruim, mas faltou um pouquinho pra ser bom. Mas vale, nem que seja pelo talento de Deborah Secco.
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QE IDIIOTAAS!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk euri mais o filme é bom