Crítica – Caçadores de Emoção: Além do Limite
E a onda de refilmagens continua!
Um jovem agente do FBI se infiltra num grupo que pratica esportes radicais, suspeitos de estarem por trás de audaciosos e sofisticados golpes terroristas.
Antes de tudo, precisamos reconhecer que o primeiro Caçadores de Emoção, lançado em 1991, dirigido pela Kathryn Bigelow na época que fazia filmes pop (antes de fazer filmes sérios e ganhar o Oscar), era uma grande e divertida bobagem. Por que sua refilmagem não seria o mesmo?
Tendo isso em mente, Caçadores de Emoção: Além do Limite (Point Break, no original) não é um filme exatamente ruim. É um filme com a mesma pegada pop do original: belas imagens, esportes radicais, alguma dose de ação e um fiapo de história pra justificar isso. Com a vantagem de ter mais opções nos esportes radicais.
O novo Caçadores de Emoção ainda tem um mérito: o roteiro escrito por Kurt Wimmer traz uma adaptação da história para os dias de hoje, quando baseia a ação dos terroristas em oito grandes desafios de esportes radicais – assim eles não são apenas ladrões, eles têm uma motivação espiritual.
Pena que vários aspectos do filme ficaram devendo. A principal personagem feminina do filme original, a Tyler de Lori Petty, tinha um papel importante na trama; Samsara, interpretada por Teresa Palmer, é apagada e desnecessária. A dupla principal, Edgar Ramirez e Luke Bracey, .também perde no carisma, se comparados a Keanu Reeves e Patrick Swayze. Isso fora alguns diálogos horríveis e uma maquiagem preguiçosa.
Se salva o visual das sequências de ação. O diretor Ericson Core também trabalhou como diretor de fotografia, e tomou cuidado com o visual do filme. Só faltou um hard rock dos anos 80 pra virar um grande (e velho) comercial do cigarro Hollywood…