Crítica – Caiu do Céu
Às vésperas da conversão da Libra para o Euro, um garoto inglês de 7 anos, obcecado por santos católicos, acha uma bolsa cheia de dinheiro – que literalmente cai em cima de sua casinha feita de caixas de papelão. Agora ele precisa gastar o dinheiro, ou distribuir para os pobres.
Sei lá por qual motivo, perdi o lançamento deste filme do Danny Boyle. Acompanho sua carreira desde Cova Rasa, mas não me lembro do lançamento nacional deste filme de 2004.
O interessante é que Caiu do Céu (Millions, no original) é quase uma fábula infantil. Boyle deixa de lado toda a violência do seu filme anterior (o ótimo Extermínio) e faz um filme pelo ponto de vista de uma criança. Dá pra colocar Caiu do Céu na prateleira dos filmes infanto-juvenis sem problemas.
(Boyle voltaria a temas adultos no filme seguinte, Sunshine, tudo isso antes do Oscar por Quem Quer Ser um Milionário?)
O estilo de Boyle continua o de sempre, cortes rápidos, cores fortes, trilha sonora impactante. Caiu do Céu parece uma versão light de Cova Rasa, onde pessoas ganham um dinheiro inesperado. Mas o clima leve aqui o torna uma boa opção de filme família.
No elenco, ninguém conhecido. Ninguém compromete, os garotos mandam bem.
Não é um filme essencial na carreira de Danny Boyle. Mas não faz feio ao lado de titulos como Cova Rasa e Trainspotting.
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