Chillerama

Crítica – Chillerama

É a última noite do último drive-in da América. Seu dono, Cecil B. Kaufman, programou para esta noite especial uma sessão quádrupla de filmes trash raros.

Chillerama segue o formato adotado em filmes como Creepshow: uma trama une algumas historinhas, independentes entre si. A temática também é terror, a diferença é que o resultado aqui é assumidamente trash.

Uma coisa que funcionou bem em Chillerama foi a estrutura de pequenas histórias. Nenhuma das historinhas teria fôlego para segurar um longa metragem. Mas o conjunto ficou bom – apesar que, na minha humilde opinião, poderia ter uma história a menos e fechar o longa com cerca de uma hora e meia em vez das quase duas horas.

Na verdade, era pra ser quatro filminhos dentro do filme, mas o quarto é muito curto (felizmente, porque é muito ruim). Assim, a quarta história acaba sendo a conclusão da trama que rola no drive-in.

A primeira história, sobre um espermatozóide gigante que ataca Nova York (!), é a melhor – apesar de ser um trash tosco com efeitos especiais mais toscos ainda. A seguinte é um musical gay com lobisomens que são ursos em vez de lobos (!!), numa onda meio Grease. Depois veio O Diário de Anne Frankenstein (!!!), onde Hitler rouba o diário de Anne Frank e lá tem instruções para fazer uma criatura monstruosa – e judia. O quarto (e curto) filme é sobre fezes – e isso não é engraçado. Felizmente, acaba rápido e temos logo a conclusão da história principal, sobre zumbis com apetite sexual (!!!!). Nenhuma das histórias é lá grandes coisas, mas como tudo é muito rápido, Chillerama flui bem.

Chillerama é um projeto em conjunto dos diretores e roteiristas Adam Rifkin Detroit Rock City), Tim Sullivan (2001 Maníacos), Adam Green (Pânico na Neve) e Joe Lynch (Wrong Turn 2: Dead End). E no elenco, alguns nomes “lado B”, como Ray Wise, Eric Roberts e Lin Shaye. Ou seja: ninguém que vai fazer você ficar com curiosidade…

O resultado final, como já era previsto, é irregular – parte pela inconsistência das histórias; parte porque é tudo propositalmente tosco demais. Mas quem gosta de trash vai se divertir e pode dar umas boas gargalhadas. E a parte final ainda tem uma sequência de frases tiradas de filmes famosos que quase parece o Top 10 de Melhores Frases de Filmes!

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Categorias: Eric Roberts, Trash

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