Crítica – 11-11-11
Antes de tudo, precisamos esclarecer que a data 11/11/11 nunca foi objeto de qualquer misticismo – como aconteceu com 2012. Mas os marketeiros de plantão em Hollywood resolveram inventar alguma coisa pra aproveitar a data. A pergunta que fica é: por que não inventar algo bom?
Um escritor, atormentado pela morte da esposa e do filho, vai até Barcelona, encontrar seu irmão padre e seu pai, doente terminal. E vários incidentes indicam que algo pode acontecer no dia 11/11.
Se 11-11-11 tivesse um bom roteiro, a gente até “comprava” a ideia, mesmo sem existir uma prévia mitologia sobre a data. Mas o roteiro, escrito pelo diretor Darren Lynn Bousman, é ruim ruim ruim, como pouco se vê por aí.
Em primeiro lugar, o filme não assusta. Não só as criaturas que aparecem são tão toscas que parecem saídas de um filme dos Trapalhões dos anos 70, como todas as suas aparições são previsíveis – é mais fácil rir daquelas máscaras malfeitas do que levar um susto. E tem mais: os irmãos têm o mesmo diálogo “fé vs ateísmo” várias vezes ao longo da projeção. E a cereja do bolo é a quantidade de referências forçadas relativas ao tal 11/11.
O diretor Bousman, o mesmo de Repo! The Genetic Opera e das partes 2, 3 e 4 da franquia Jogos Mortais, tinha a oportunidade de dar um passo à frente na sua carreira. Mas ainda não foi dessa vez. Aliás, o currículo do diretor sugeria um banho de sangue, mas, neste aspecto, o filme é discreto. Acho que ele quis seguir os passos de James Wan, diretor do primeiro Jogos Mortais, que mudou de estilo com o bom Sobrenatural. Mas, se as continuações de Jogos Mortais são bem inferiores ao primeiro filme, este 11-11-11 consegue ser muito pior que Sobrenatural.
Dispensável…
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