Crítica – Em Transe
Filme novo do Danny Boyle!
Um homem que trabalha em leilões de peças de arte acaba envolvido com uma gangue responsável pelo roubo de quadros e com uma hipnoterapeuta.
O diretor Danny Boyle tem uma carreira peculiar. Seus filmes pouco têm a ver um com o outro – o que têm em comum Quem Quer Ser um Milionário?, Trainspotting, Sunshine – Alerta Solar e Caiu do Céu?. Mas, por ter um estilo marcante de filmar – edição com cortes rápidos, fotografia com cores fortes, trilha sonora alta e marcante – sua filmografia apresenta uma certa unidade.
(Aliás, falando em versatilidade, Boyle foi o responsável pela cerimônia de abertura das últimas Olimpíadas, em Londres…)
Em Transe (Trance, no original) é mais um filme diferente na sua versátil filmografia. Desta vez, Boyle apresenta um thriller com reviravoltas na trama. Em Transe é daquele tipo de filme que o quanto menos você souber antes, melhor. Por isso, vou tomar cuidado para não soltar spoilers. Só vou adiantar que a trama é bem construída, e nem tudo é o que parece.
Talvez esta “necessidade de enganar o espectador” seja o ponto fraco de Em Transe. A trama é tão envolvente e rocambolesca, principalmente na parte final, que a gente não repara as inconsistências do roteiro. O fim do filme teria um desfecho diferente na vida real (selecione para ler: a polícia procuraria a mulher desaparecida, e acabaria encontrando o carro abandonado no estacionamento. Além disso, o carro estaria exalando um cheiro terrível!).
Sobre o elenco, James McAvoy e Vincent Cassell estão bem, como esperado. E Rosario Dawson impressiona com uma corajosa (e generosa) cena de nu frontal (que não é gratuita, tem explicação na trama).
Apesar da parte final confusa, Em Transe mantém a qualidade habitual de Danny Boyle e é uma boa opção no circuito.
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