Gêmeo Maligno

Crítica – Gêmeo Maligno

Sinopse (imdb): Uma mãe tem que enfrentar uma verdade insuportável sobre seu filho gêmeo sobrevivente.

Tem filmes maomeno que terminam mal, e a gente termina o filme com sensação ruim. Este Gêmeo Maligno é o contrário, um filme maomeno, mas que termina bem, e isso funciona como se fosse um upgrade.

Apesar de parecer um filme americano, Gêmeo Maligno é uma produção finlandesa, filmada na Estônia. A direção é de Taneli Mustonen, vi no imdb que ele já fez outros filmes, admito que não conheço nenhum.

A história é meio arrastada. Uma família traumatizada pela perda de uma criança precisa reconstruir a vida em outro país. A gente já viu isso outras vezes, e em filmes melhores.

O meio de Gêmeo Maligno é bem confuso, o filme parece que não decide o que quer ser. Às vezes parece ir pra um caminho de filme de possessão demoníaca, outras vezes parece ser uma copia barata de Midsommar. E chega a cansar, quando estava lá pra dois terços de filme heu já estava meio de saco cheio. Mas a parte final traz um bom plot twist – admito que me pegou de surpresa, não imaginava que o filme iria por esse caminho. E adorei a cena final.

O único nome conhecido é Teresa Palmer (Quando as Luzes se Apagam), que está apenas ok. Barbara Marten, que faz a “velha louca”, tem um bom potencial, mas achei ela desperdiçada.

Mesmo assim, preciso reconhecer que Gêmeo Maligno não é um grande filme. A gente pensa no fim e repensa algumas cenas do meio. Não revi, mas algumas cenas parece que não se encaixam bem nessa nova ótica.

Pelo menos podemos ficar com o “copo meio cheio”. O plot twist salva.

 

Imaginaerum

Crítica – Imaginaerum

Um musical baseado nas músicas da banda finlandesa Nightwish? Ok, vamos ver qualé.

Um velho compositor, em coma, precisa visitar o sinistro mundo de fantasia da sua infância, onde ele precisa recuperar suas memórias antes que seja tarde demais.

Imaginaerum tem boas músicas e um belo visual. Mas não é um bom filme. O problema é que parece um longo videoclipe: música rolando enquanto vemos belas imagens – que nem sempre fazem sentido, mas sempre carregam vários simbolismos. Funciona em um videoclipe de quatro ou cinco minutos. Mas, como filme de longa metragem, cansa.

Me parece que o diretor Stobe Harju quis fazer um novo Pink Floyd – The Wall. Só que ele não tem a experiência do Alan Parker, e o Nightwish não tem nenhum disco conceitual do nível do The Wall. Imaginaerum tem bons momentos e algumas boas músicas, mas falta consistência ao filme.

Talvez os fãs de Nightwish curtam. Mas, para quem não é fã, tem coisa melhor por aí.

Iron Sky

Crítica – Iron Sky

O que? Nazistas no lado escuro da Lua??? Pára tudo, quero ver!

Secretamente, nazistas construíram uma base no lado escuro da Lua no fim da Segunda Guerra Mundial, onde, isolados do mundo (literalmente!), estão construindo uma gigantesca máquina de guerra para conquistar o planeta. Descobertos 70 anos depois, eles seguem com o plano de invadir a Terra.

Produção finlandesa, alemã e australiana, Iron Sky não é tão bom quanto parecia ser. A premissa é muito boa, e o filme acerta em alguns aspectos, como as cenas no espaço e os cenários e naves nazistas. Mas um roteiro fraco e personagens idem tornam o resultado mediano.

Na verdade, tudo em Iron Sky remete aos clássicos filmes B: sinopse absurda, produção barata e atores pouco conhecidos (Julia Dietze, Peta Sergeant, Stephanie Paul, Christopher Kirby e Udo Kier). A diferença para os filmes B de antigamente é que aqui os efeitos especiais são bem feitos, mas isso se deve pela evolução da tecnologia – hoje é muito mais fácil se fazer bons efeitos especiais (o filme Monstros é uma produção independente quase caseira que custou 15 mil dólares, e que traz monstros alienígenas bem convincentes). Mas, na essência, estamos diante de um legítimo filme B.

A ideia era muito boa, nazistas isolados da tecnologia atual, invadindo o planeta com discos voadores e zeppelins – e com toda a pompa que sempre acompanha o nazismo no cinema. Não é uma invasão perfeita? Em vez de alienígenas, são nazistas herdeiros da Segunda Guerra. Vilões perfeitos!

Mas o roteiro é fraco demais. O filme dirigido pelo finlandês Timo Vuorensola (que é vocalista de uma banda de black metal industrial!) é previsível e bobo, a piada inicial não se sustenta por muito tempo. E tem uma coisa que achei estranha: quando mostra a reunião das Nações Unidas, não reparei se tinha um representante da Alemanha. A Alemanha de hoje não tem nada a ver com os nazistas da Lua, mas acho que questionariam isso numa reunião da ONU. E cadê os alemães contemporâneos?

Mesmo assim, gostei do resultado final. Pelo menos é diferente do óbvio que infesta o mercado. E como o filme é curtinho, passa rapidinho enquanto a gente aprecia o visual dos aparatos nazistas com cara de steampunk… Ah, e gostei do fim do filme! (E claro que não vou contar aqui quem ganha a guerra…)

Não tenho ideia se o filme será lançado. Consegui uma versão com o som original – quando os diálogos são em inglês, fica sem legendas; quando são em alemão, temos legendas em inglês…

.

.

Se você gostou de Iron Sky, o Blog do Heu recomenda:
Dead Snow
Rare Exports – A Christmas Tale
Paul

Rare Exports – A Christmas Tale

Crítica – Rare Exports – A Christmas Tale

Gostei tanto de The Troll Hunter, um filme de terror norueguês, que me empolguei pra ver Rare Exports – A Christmas Tale, um filme de terror finlandês!

Às vesperas do Natal, uma misteriosa escavação arqueológica acontece nas montanhas Korvatunturi, na Finlândia. Logo, crianças começam a desaparecer, e um estranho elfo é capturado por caçadores de renas.

Rare Exports – A Christmas Tale não é tão bom, mas tem mais acertos que erros. A atuação de Onni Tommila como Pietari, o jovem heroi, é muito boa. As paisagens na neve e a ambientação gelada – afinal, é natal na Finlândia – também são pontos positivos.

(Aliás, é curioso reparar detalhes nas diferenças entre Hollywood e o cinema europeu. Os elfos estão todos pelados!)

Por outro lado, o clima é demasiado lento, as coisas demoram a acontecer, e isso num filme de apenas uma hora e vinte! E teve uma coisa que definitivamente não gostei. Mas antes, os tradicionais avisos de spoiler…

SPOILERS!

SPOILERS!

SPOILERS!

O filme levanta um enorme suspense em torno do “Papai Noel do mal”. O jovem Pietari até cita o “Papai Noel da coca-cola” como o Papai Noel “errado”. E, na hora de mostrá-lo, não mostra nada. Fiquei imaginando como seria o filme com o Papai Noel “badmotherf$#@cker” botando pra quebrar!

FIM DOS SPOILERS!

Mesmo assim, Rare Exports – A Christmas Tale ainda vale ser assistido. Afinal, não é todo dia que podemos ver filmes de terror nórdicos por aí, né?

.

.

Se você gostou deRare Exports – A Christmas Tale, o Blog do Heu recomenda:
A Substituta / Vikaren
Santa’s Slay
The Troll Hunter / Trolljegeren