When Evil Lurks / Cuando Acecha la Maldad

When Evil Lurks / Cuando Acecha la Maldad

Sinopse (imdb): Em uma cidade remota, dois irmãos encontram um homem infectado pelo diabo prestes a dar à luz a própria doença. Eles decidem se livrar do homem, mas só conseguem espalhar o caos.

O mercado cinematográfico é injusto. Tivemos um grande lançamento nos cinemas, O Exorcista: O Devoto, que é um filme bem ruim. Pouco depois a gente teve um outro lançamento, mais discreto, Nefarious, que é um filme ok, mas não é nada demais. E agora a gente tem um terceiro filme que usa o tema “possessão demoníaca”, mais uma vez sob um ponto de vista diferente, When Evil Lurks ou Cuando Acecha la Maldad, muito melhor do que os outros dois, mas sem previsão de chegar às salas de cinema.

Filme argentino, When Evil Lurks é uma produção da Shudder, serviço de streaming focado em títulos de terror. O roteiro e a direção são de Demián Rugna, que uns anos atrás fez Aterrorizados, filme que nem sabia que existia e agora preciso ver.

When Evil Lurks fala de possessão demoníaca, mas de um jeito diferente, a possessão aqui se mistura com uma espécie de contágio. O filme se passa num universo diferente do nosso, onde existem possessões e também existem regras para lidar com isso. O filme é tenso, bem filmado, bem atuado, traz gore na quantidade certa, e tem algumas cenas realmente perturbadoras. Não é perfeito, mas é um dos melhores filmes de terror do ano.

Um pequeno parágrafo para falar de jump scares. A tradução literal seria um “susto que te faz dar um pulo”. Isso acontece muito em filmes de terror, mas normalmente são feitos de um modo meio previsível, você já consegue imaginar como é que aquele susto vai aparecer – ou seja, tem o susto, mas não faz pular o espectador experiente. O jump scare bem feito é aquele que você não consegue prever, e isso acontece aqui algumas vezes. Claro, não vou dizer quando acontecem, mas, tem duas cenas envolvendo animais que realmente me fizeram dar um pulo na poltrona.

Tem uma sequência no meio do filme, quando o cara vai encontrar sua ex-mulher, que é uma sequência muito boa com um jump scare sensacional (talvez o melhor jump scare do ano até agora). Mas é uma sequência que acho que fugiu um pouco a regra proposta pelo filme. Como talvez seja spoiler, vamos aos avisos de spoiler.

SPOILERS!
SPOILERS!
SPOILERS!

O filme deixa claro que este é um mundo onde existem possessões, existem até regras que devem ser seguidas quando se encontra um possuído. Mas quando o protagonista vai até a casa da ex, as pessoas (incluindo policiais) não levam a sério essas regras, agem como se fosse um mundo normal.

FIM DOS SPOILERS!

Não sei se curti muito a parte final, mas mesmo assim recomendo When Evil Lurks para qualquer um que goste de um bom filme de terror diferente do óbvio.

Na Pedreira / En El Pozo

Crítica – Na Pedreira / En El Pozo

Sinopse (Cinefantasy): Uma tarde de verão, uma pedreira abandonada, quatro amigos. Um thriller interpelante sobre violência de gênero.

Escrito e dirigido pelos irmãos Bernardo e Rafael Antonaccio, o uruguaio Na Pedreira (En El Pozo no original; In The Quarry em inglês) é um exemplo de que se pode fazer um bom filme com orçamento reduzido. Apenas quatro atores (Rafael Beltrán, Augusto Gordillo, Luis Pazos e Paula Silva), apenas um cenário, toda a trama se passa em um dia. E tudo funciona bem.

A trama é construída em cima da tensão entre os personagens por causa do ciúme de um deles – a namorada dele é amiga de infância dos outros dois. Na minha humilde opinião, seria ainda melhor se algumas coisas ficassem subentendidas no relacionamento do triângulo, mas mesmo assim gostei do desenvolvimento do roteiro. Curtinho, uma hora e vinte e dois minutos onde a gente nem tem vontade de ver o relógio.

Na Pedreira estava na programação do Cinefantasy. Não sei quando será lançado, nem por onde. Mas sugiro ficar de olho pra assistir quando estiver disponível!

Minha Obra Prima

Crítica – Minha Obra Prima

Sinopse (imdb): Arturo é um negociante de arte inescrupuloso e Renzo um pintor socialmente desajeitado e amigo de longa data. Dispostos a arriscar tudo, desenvolvem um plano extremo e ridículo para se salvarem.

Perdi o novo filme do argentino Gastón Duprat quando passou no Festival do Rio. Por sorte, entrou no circuito!

O melhor de Minha Obra Prima (Mi obra maestra, no original) está nos dois personagens principais. A princípio não tinha gostado muito do marchand Arturo, mas ele conquista o espectador ao longo do filme – já o rabugento pintor Renzo é um daqueles personagens que a gente gosta logo de cara. É não só os personagens são bons, como os atores Luis Brandoni e Guillermo Francella também estão ótimos.

O roteiro (de Gastón Duprat e seu irmão Andrés) tem algumas escorregadas (não gostei da mudança da personalidade de um dos personagens), mas traz um plot twist bem legal (não vou me aprofundar por spoilers). E o filme, apesar de ser um drama, tem toques de humor negro, e algumas cenas engraçadíssimas (Renzo sem dinheiro no restaurante é impagável!).

Não dá pra fazer o trocadilho óbvio, Minha Obra Prima não é uma obra prima. Mas, apesar dos escorregões, os dois personagens principais valem o ingresso.

Roma

Crítica – Roma

Sinopse (imdb): Uma história que narra um ano na vida de uma empregada da família de classe média na Cidade do México no início dos anos 70.

De repente, eis que surge no Netflix um novo filme do Alfonso Cuarón. E que, além disso, aparece entre os indicados para melhor roteiro, melhor diretor e melhor filme em língua estrangeira no Globo de Ouro de 2019. Pára tudo, um filme assim fura a fila de “filmes para ver no streaming”.

E aqui está o pior problema de Roma (idem, no original): ser “o novo filme do diretor de Gravidade e Filhos da Esperança“. Roma é muito bom, mas, na minha humilde opinião, é um degrau abaixo dos dois anteriores.

Roma tem uma proposta bem diferente dos outros dois – é um drama autobiográfico, que conta uma história através de uma empregada doméstica de uma família com quatro crianças (Cuarón dedica o filme “para Libo, que foi empregada da sua família, e provavelmente viveu algumas daquelas histórias). Claro que, no meio da trama, podemos ver críticas sociais e raciais, além de um pouco da história do México.

Além de produzir, dirigir, escrever o roteiro e editar, Cuarón também foi o diretor de fotografia. Uma bela fotografia em preto e branco, um dos destaques do filme – mas que talvez incomode parte dos espectadores, principalmente porque Roma não vai ser exibido nos cinemas, vai ter muita gente vendo em telinhas pequenas.

É impossível pensar em Filhos da Esperança e não lembrar daquele plano sequência sensacional do carro sendo atacado. Pois bem, Roma também tem um plano sequência impressionante, mas bem mais discreto. Uma cena começa na areia da praia, a câmera entra no mar, e depois volta para a areia – e a câmera mantém a estabilidade enquanto está dentro d’água. Cuarón disse numa entrevista que eles construíram um pier para levar a câmera até o ponto certo dentro do mar. E, pra aumentar a importância da cena, é uma cena chave na trama do filme. Resultado: uma cena belíssima, tanto técnica quanto dramaticamente.

Mesmo assim, acho que Roma vai decepcionar algumas pessoas. Cinematograficamente falando é um grande filme – cada plano, cada take, cada posicionamento de câmera, tudo é milimetricamente bem feito. Mas, por outro lado, a história se arrasta ao longo de duas horas e quinze minutos. Tem várias cenas que poderiam facilmente ser cortadas sem prejuízo do resultado final. Mas, no atual momento da carreira de Cuarón, ele deve ter dito “vai ser do meu jeito e ponto final”. Ok, Cuarón, você tem esse crédito. Vamos torcer para o “espectador comum” comprar a sua ideia.

As Filhas do Fogo / Las Hijas del Fuego

Crítica – As Filhas do Fogo

Sinopse (catálogo do Festival do Rio): Bem no fim do mundo, três mulheres se encontram por acaso, começando uma jornada poliamorosa que irá transformar as suas vidas. Uma viagem ao longo de estradas e através do tempo que se transforma em pura alegria, rios de prazer e diversão. Elas lentamente exploram uma paixão irreversível e a utopia do amor monogâmico, longe dos sentimentos de posse e de dor, como o inevitável fim de um amor que não se encaixa em lei alguma. Através de suas anotações, Violeta nos conta sobre as aventuras das Filhas do Fogo: um grupo de mulheres em busca de suas próprias descobertas eróticas.

Falei do Morra Monstro Morra, que era a cara da mostra Midnight Movies. Mais um filme argentino, este As Filhas do Fogo também é. Relações lésbicas, sexo explícito e muito papo cabeça numa história que não faz muito sentido. Sim, amigos, coisas que a gente só vê em mostras assim.

Escrito e dirigido por Albertina Carri, As Filhas do Fogo (Las hijas del fuego, no original) segue a estrutura básica de filme pornô: algo acontece na história para justificar a cena de sexo que vem em seguida, e assim por diante. Acredito que foi proposital, isso inclusive é citado nos monólogos narrativos. A diferença é que as personagens têm rostos comuns – nenhuma delas estaria num filme pornô “normal”.

Claro que o objetivo é provocar. Não só pelo sexo explícito, mas também por mostrar um elenco quase todo feminino em cenas meio oníricas – a longa sequência final é uma grande viagem. Acho que o único homem no elenco é justamente um ser desprezível, que maltratava a esposa.

Vale por ser diferente. Um bom exemplo de filme que não vemos facilmente por aí.

Morra Monstro Morra

Crítica – Morra Monstro Morra

Sinopse (catálogo do Festival do Rio): Cruz, um policial rural, investiga o bizarro caso do cadáver de uma mulher sem cabeça encontrado em uma região remota das Montanhas dos Andes. David, marido da amante de Cruz, Francisca, surge como o principal suspeito e é logo enviado para um hospital psiquiátrico. Ele jura que a culpa do crime é da aparição inexplicável e brutal de um “Monstro”. Cruz acaba desencavando uma misteriosa teoria que envolve geometria rural, motociclistas de montanha e um mantra que não sai da sua cabeça: Mate-me, Monstro.

Escrito e dirigido pelo argentino Alejandro Fadel, Morra Monstro Morra (Muere, monstruo, Muere, no original) é a cara da mostra Midnight Movies. Violência, gore, papo cabeça e muito simbolismo.

Primeiro, vamos ao que funciona. Os efeitos de maquiagem são bons, temos algumas cabeças decapitadas, essa parte ficou bem feita. A fotografia do filme também é boa.

Agora, é um filme lento, e cheio de diálogos chatos. E tem outro problema: muita coisa deve ter um simbolismo escondido. E não li o “manual de instruções” do filme. Ou seja, metade do filme não teve sentido. Por exemplo, o que eram aquelas motos que apareciam, davam uma voltinha e iam embora?

Ah, tem um monstro. Sim, aparece no fim do filme. Fica claro o simbolismo por trás dele. Mas o visual do monstro é tão tosco, mas, tão tosco, que não rola. Desculpa, era melhor não aparecer.

Relatos Selvagens

0-Relatos SelvagensCrítica – Relatos Selvagens

Mais de uma pessoa me recomendou este filme argentino no fim do ano passado, mas só consegui ver agora. Filme visto, passo a engrossar a lista de recomendações!

Relatos Selvagens (Relatos Salvajes, no original) conta seis histórias curtas, independentes entre si: um grupo de pessoas num avião que descobre que têm algo em comum; uma mulher que vê oportunidade de se vingar de um homem que destruiu sua família; uma discussão entre dois motoristas numa estrada vazia; um homem revoltado com o “Detran argentino”; um homem rico que quer livrar o filho de um crime; e uma festa de casamento onde a noiva descobre que foi traída.

As histórias são independentes, não existe um fio condutor entre elas. A única semelhança é que são pessoas comuns, colocadas em situações limite, e que precisam quebrar regras sociais – e que extravasam seus problemas de forma violenta e catártica. Sabe Um Dia de Fúria, onde Michael Douglas se revolta e sai numa crise de fúria pela cidade? Pois imagine isso dividido em pílulas entre vários personagens…

Escrito e dirigido por Damián Szifron, Relatos Selvagens tem duas características que provavelmente ajudaram muito o seu sucesso. Uma é que é fácil se identificar, todos nós já vivemos situações parecidas com as mostradas no filme – quem nunca teve vontade de explodir o Detran? A outra é que o filme é bem humorado e usa humor (negro) para resolver seus conflitos. Algumas cenas são engraçadíssimas!

E não é só isso. Filmes em episódios tendem a ser irregulares – coisa que não acontece aqui, todas as seis historinhas são boas e coerentes entre si. E a fotografia é outro destaque. Szifron se preocupa em procurar ângulos diferentes para a sua câmera ao longo de todo o filme – gostei da câmera presa na porta da cozinha, na sequência do casamento.

No elenco, como é um filme argentino, claro que tem o Ricardo Darín – ótimo, como sempre. Também no elenco, Oscar Martínez, Leonardo Sbaraglia, Darío Grandinetti, Rita Cortese, Erica Rivas e Julieta Zylberberg

Relatos Selvagens concorreu ao Oscar de filme em língua estrangeira, mas perdeu para o polonês. Pena. Este é um daqueles raros casos que a gente torce por argentinos…

p.s.: Nunca estive numa festa de casamento tão legal quanto aquela!

Sétimo

setimoCrítica – Sétimo

Mais um filme argentino estrelado pelo Ricardo Darín – será que eles não tem outro ator na Argentina? 😉

Um advogado costuma fazer uma brincadeira com seus filhos: eles apostam quem vai do sétimo andar ao térreo de forma mais rápida, o pai, no elevador, ou as crianças, de escada. Só que um dia, os filhos desaparecem durante a brincadeira, sem deixar pistas.

Co-escrito e dirigido por Patxi Amezcua, Sétimo (Septimo, no original) é um bom suspense “hermano”. Não chega a ser um filme “essencial”, mas consegue segurar a tensão durante sua curta duração – pouco menos de uma hora e meia.

O grande trunfo de Sétimo está com o seu ator principal. Todo o filme é em cima de Ricardo Darín, e ele mostra – mais uma vez – porque é um dos maiores nomes do cinema argentino contemporâneo. Belén Rueda (O Orfanato) também está no elenco.

Por outro lado, o filme jogar tudo nas costas de Darín tem um problema: o roteiro poderia ter explorado outros personagens no rico microcosmo do prédio. Mas o contato com os outros moradores é muito superficial. Isso provavelmente enriqueceria a trama…

Não vou dar spoilers, mas vou dizer que achei o plot twist final incoerente. O personagem em questão não tem o perfil de quem agiria daquele jeito. Felizmente, não chega a estragar o filme.

Deus Local / Dios Local

dios-localCrítica – Deus Local

Filme de terror rock’n’roll uruguaio!

Uma banda de rock que acaba de gravar um álbum conceitual viaja para o campo para gravar alguns vídeos musicais, onde encontram uma antiga mina de ouro abandonada, guardada por um antigo ídolo de pedra, usado para assustar os mineiros. Logo, um terrível espírito desperta e força cada um dos membros da banda a reviver eventos traumáticos do passado que inspiraram as suas músicas.

Não é o primeiro terror uruguaio aqui no heuvi. Falei de La Casa Muda, filme de 2010, dirigido pelo mesmo Gustavo Hernández, que chamou a atenção por ser um filme de 72 minutos que usava um único plano-sequência – sim, todo o filme acontece em um único take.

Aqui, neste novo projeto de Hernández, a ideia era promissora: um filme de terror onde tudo acontece em volta de uma banda de rock e os traumas pessoais de cada integrante. Mas me parece que faltou roteiro, essa ideia não foi o suficiente pra segurar um longa metragem.

Tecnicamente, temos algumas coisas muito boas. Não temos um plano-sequência único, mas Hernández faz vários planos-sequência inspirados ao longo da projeção. A fotografia também é bem cuidada. Os três atores (Mariana Olivera, Gabriela Freire e Agustín Urrutia) também funcionam bem, assim como o roteiro com narrativa não linear. E alguns detalhes, como os carros caindo, ficaram bem legais.

Mas falta história, e o ritmo do filme muito lento. Tudo é muito arrastado, o filme é interminável apesar de ter pouco menos de uma hora e meia. E o filme estar dividido entre os três personagens torna tudo previsível.

Outro problema é que a narrativa não se decide entre o terror e o drama. Sim, existem momentos de tensão aqui e acolá, mas a maior parte do filme foca nos dramas pessoais de cada um dos três personagens.

(Heu também queria ver mais da banda em si, só ouvimos uma música, no início do filme, que mostra um trecho de show. Mas isso não chega a ser uma falha.)

Por fim, um exemplo de como a música brasileira pode estragar o clima de um filme. Uma das músicas da banda é “Icarus”, e o baterista conta a lenda de Ícaro, que fez suas asas e saiu voando. E, dentro da minha cabeça, comecei a ouvir o Biafra cantando “Voar, voar, subir, subir / Ir por onde for”…

Um Time Show de Bola

Um Time Show de BolaCrítica – Um Time Show de Bola

Hoje tem jogo do Brasil na Copa do Mundo! Que tal um desenho animado sobre futebol?

O jovem Amadeo, apaixonado por totó, é desafiado por Grosso, seu antigo rival de infância, para uma partida de futebol. O problema é que, hoje, Grosso é uma das maiores estrelas do futebol mundial. Como num passe de mágica, os jogadores de totó ganham vida para ajudar Amadeo.

Quatro anos depois de ganhar o Oscar de melhor filme estrangeiro por O Segredo dos Seus Olhos, o diretor argentino Juan José Campanella nos brinda com outra bola dentro. Desta vez, um longa em animação, que já estava sendo produzido desde antes do filme premiado.

Campanella declarou que não dá bola pra futebol. Curiosamente, uma das melhores sequências de O Segredo dos Seus Olhos envolve uma partida de futebol, e o seu filme seguinte, este Um Time Show de Bola (Metegol, no original), é todo centrado no velho esporte bretão…

Tecnicamente falando, a animação é impressionante e não deve nada aos primos ricos de Hollywood. Digo mais: temos alguns ângulos e planos sequência bem criativos ao longo das duas partidas de futebol, tanto a partida de totó quanto o futebol “real”. E, também como acontece com seus semelhantes americanos, Um Time Show de Bola é uma divertida comédia. Alguns lances são hilários!

A bola fora: o desenho argentino sofre um pouco pela comparação óbvia com Toy Story, principalmente o 3. Nada grave, felizmente. Ainda assim, Um Time Show de Bola é uma das melhores animações da história do cinema sul-americano.

Por fim, um detalhe curioso que chama a atenção aqui é que o time “do bem” veste verde e amarelo – num filme argentino! Em uma entrevista, Campanella disse que não queria que o uniforme lembrasse nenhum time existente. Um animador brasileiro de sua equipe sugeriu aquele uniforme, falando que o Brasil não usa listras verticais (como acontece no uniforme argentino). Sei não, mas acho que Campanella foi trollado por esse animador…