Carrie (2013)

Crítica – Carrie (2013)

Com um pouco de atraso, vi a refilmagem de Carrie.

Carrie White é uma adolescente excluída, tímida, problemática e que sofre bullying dos colegas da escola, além de ser super protegida e sofrer maus tratos em casa da mãe. Mas Carrie guarda um grande segredo, quando ela está por perto, objetos voam, portas são trancadas ao sabor do nada, velas se apagam e voltam a iluminar, misteriosamente.

Este novo Carrie me lembrou outros dois exemplos recentes de refilmagens: O Vingador do Futuro e Evil Dead. Assim como os dois filmes citados, Carrie não é ruim. Mas, como é refilmagem, existe uma comparação com o original. E, assim como os dois filmes citados, perde na comparação.

Carrie 2013 é quase uma cópia do original de 1976, dirigido pelo Brian De Palma e estrelado por Sissy Spacek, Piper Laurie, John Travolta, Amy Irving, William Katt e Nancy Allen. E, se é uma cópia, fica a pergunta: pra que? Afinal, a gente já sabe tudo o que vai acontecer.

Pelo menos a nova versão tem duas coisas boas. Uma delas é a atuação das duas atrizes principais. Chloë Grace Moretz, como sempre, manda bem – o único problema é que a atriz é bonitinha, enquanto a personagem deveria ser mais esquisita. Já Julianne Moore está impecável, sua mãe religiosa freak está assustadora. Judy Greer também está no elenco, num papel menos importante, o resto é de rostos desconhecidos.

A outra coisa são os efeitos especiais na parte final, no baile de formatura. Tá, a gente já viu esses efeitos em vários filmes de super herois, mas pelo menos são bem usados aqui.

Mas, mesmo assim, não precisa. Prefira o original.

A Hora do Espanto (2011)

Crítica – A Hora do Espanto (2011)

Refilmagem do clássico oitentista, um dos meus preferidos filmes de vampiro!

A trama é a mesma: jovem desconfia que seu novo vizinho é um vampiro. E claro que ninguém leva isso a sério.

Este novo A Hora do Espanto não é ruim. Mas sofre de um grave problema: por ser refilmagem, a comparação com o original é inevitável. E, na comparação, o filme novo perde em quase todos os aspectos.

Acho que a pior coisa do novo filme é o novo Peter Vincent. O original era um veterano apresentador de tv e entusiasta de filmes de terror antigos, tudo a ver com a trama. O atual é um mágico ilusionista de Las Vegas com cara de David Blaine ou Criss Angel – ou seja, o que diabos o cara tem a ver com vampiros? Pra piorar, nada contra o ator David Tennant, o Peter Vincent atual – mas Roddy McDowall tinha muito mais carisma!

Outra coisa que não funcionou foi terem mudado a personalidade do protagonista Charley Brewster (Anton Yelchin, dos novos Exterminador do Futuro e Star Trek). O original era um fã de filmes de terror; o atual é um “ex-nerd”, agora popular na escola. O antigo tinha mais a ver com o contexto, aliás, o antigo era quem desconfiava do vizinho, o atual parece levado pelo amigo Ed.

O vampiro Jerry de Colin Farrell não é ruim. Prefiro o estilo do original, de Chris Sarandon (que faz uma ponta como o motorista que é atacado depois do acidente), mas Farrell, eficiente como sempre, não faz feio e cria um bom vampiro, sanguinário e sedutor ao mesmo tempo. O mesmo digo do Evil Ed, amigo do protagonista, aqui interpretado pelo ótimo Christopher Mintz-Plasse (Kick-Ass, Superbad) – o novo Ed é diferente, mas não é pior. Ainda no elenco, Toni Collette, Imogen Poots e Dave Franco (que é igualzinho ao irmão mais velho James Franco).

Apesar de perder na comparação, o novo A Hora do Espanto não chega a ser ruim. Além do bom elenco, de uma boa trilha sonora e de eficientes efeitos especiais, o filme tem seus bons momentos, como o plano-sequência onde a família foge de carro. Outra coisa positiva é mostrar vampiros à moda antiga, que queimam no sol – rola até uma piada com a série Crepúsculo!

O filme original tinha um bom equilíbrio entre terror e comédia – nos anos 80, tivemos uma onda de filmes assim, como Os Caça-Fantasmas e Uma Noite Alucinante. A refilmagem tem menos ênfase na comédia, mas mesmo assim é um filme bem humorado. Acho que quem não viu o filme original e não tem um parâmetro de comparação vai curtir esta nova versão.

A Hora do Espanto tem uma versão em 3D, mas não vi, então não posso julgar. Algumas cenas têm objetos jogados na direção da câmera, mas são poucas. E boa parte do filme é escura, então desconfio que o 3D não deve ter sido muito bom.

Por fim, preciso falar que heu queria ter visto A Hora do Espanto nos cinemas, mas o circuito não permitiu. A estreia foi no mesmo dia que começou o Festival do Rio 2011, e só ficou em cartaz por duas semanas, exatamente a duração do Festival – a partir da terceira semana, só estava em cartaz em cinemas na periferia. Pena, tive que baixar um filme que heu pretendia pagar o ingresso!

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Se você gostou de A Hora do Espanto (2011), o Blog do Heu recomenda:
A Hora do Espanto (1985)
Padre (Priest)
Stake Land
Todo Mundo Quase Morto

Deixe-me Entrar

Deixe-me Entrar

Ninguém pediu, mas em breve entra em cartaz a refilmagem americana do ótimo filme de terror adolescente sueco Deixe Ela Entrar.

A história é a mesma: Owen é um menino de 12 anos, com problemas com os valentões da escola, e que começa a se envolver com a menina que se mudou para o apartamento ao lado, sem saber que ela é uma vampira.

Confesso que heu tinha sentimentos opostos sobre este filme antes de vê-lo. Por um lado, heu queria muito rever a atriz mirim Chloe Moretz, que fez a Hit Girl em Kick-Ass. Mas, por outro lado, sempre me pergunto: pra que refilmar? Além do mais sabendo que a direção coube ao quase novato Matt Reeves, que até agora só tinha feito um filme para o cinema, o maomeno Cloverfield.

Como é uma refilmagem, e de um filme recente, a comparação é inevitável. Além do mais porque a ambientação fria foi mantida. Ambientação fria nos cenários – é neve pra tudo quanto é canto – e também nas relações entre as pessoas. E, na comparação, o filme americano perde. Não por ser ruim, mas por ser quase uma xerox.

A nova versão tem seus méritos. Por exemplo, gostei da cena do acidente de carro, com a câmera dentro do carro. Os ataques da menina também são interessantes. Mas o próprio filme mostra que isso era desnecessário, já que o melhor ataque é a recriação da cena da piscina, onde não vemos nada, provando que o que não é mostrado às vezes funciona melhor…

E o resto é igualzinho. Tirando um detalhe aqui, outro ali, é o mesmo filme, só que com atores americanos.

No elenco, Chloe Moretz está bem, mas sua atuação não “vale o ingresso” como acontece em Kick-Ass. O garoto esquisito Kodi Smit-McPhee funciona ok, mas me parece que funciona porque ele tem cara de esquisito mesmo, não necessariamente por ser bom ator ou não. Completam o elenco Richard Jenkins e Elias Koteas.

Resumindo, não é ruim. Mas, na comparação, perde. Por isso, prefira o original!

Fúria de Titãs (2010)

Fúria de Titãs (2010)

Depois de rever o Fúria de Titãs original, fui ao cinema checar a refilmagem!

A história não é exatamente igual à do primeiro filme, mas é bem parecida. O semi-deus Perseu, filho de Zeus com uma humana, luta contra monstros mitológicos como a Medusa e o Kraken, para salvar a cidade de Argos.

Bem, é claro que precisamos fazer uma comparação entre o original e a refilmagem, né? Pois bem, a nova versão tem méritos e defeitos.

Tem algumas coisas que não entendo. Por que desprezaram Bubo, a corujinha robô? Ela aparece, rapidamente, para dizerem que ela não será necessária. Outra coisa deixada de lado foi o romance com a princesa Andromeda. Devem ter pensado que o filme ficaria mais “mulherzinha”. Mas achei isso bem nada a ver, principalmente porque acaba rolando outro interesse romântico para Perseu. Mais uma coisa: Pegasus negro? Como assim? Pegasus sempre foi branco! Este foi um dos piores exemplos de politicamente correto da história!

Tem outras coisinhas. Algumas coisas foram alteradas, mas não ficaram nem melhores, nem piores, apenas diferentes. Mesmo assim, me pergunto: por que mudar coisas como a origem dos escorpiões gigantes e a história de Calibos?

O filme tem outro problema, infelizmente comum em filmes de ação dos dias de hoje. As lutas parecem filmadas por câmeras com problemas epiléticos. Tudo treme demais! Sabe a cena dos escorpiões gigantes? Não consegui contar quantos são os escorpiões!

Mas nem tudo piorou. Gostei muito do personagem Hades, que não existia na primeira versão. Gostei também de alguns cenários, como o lugar onde as bruxas moram. E o que pedia melhores efeitos, claro, também ficou melhor. Sou fã do stop motion de Ray Harryhausen, mas admito que aquilo era tosco. O Kraken, a Medusa, o vôo do Pegasus, tudo isso ficou muito legal.

A direção desta refilmagem ficou a cargo de Louis Leterrier, diretor francês que tem bom currículo com filmes de ação – ele fez os dois primeiros Carga Explosiva e O Incrível Hulk com o Edward Norton (o filme do Hulk com o Eric Bana é do Ang Lee!).

O elenco traz no papel principal um dos nomes mais badalados do momento, Sam Worthington, protagonista de Avatar e do novo Exterminador do Futuro. E temos alguns grandes atores em papéis secundários, como Liam Neesson e Ralph Fiennes como Zeus e Hades – será que rolou uma lembrança da época de A Lista de Schindler? E também tem Pete Postlethwaite como o pai de Perseu. Ainda no elenco: Gemma Arterton (que também está em Príncipe da Persia), Elizabeth McGovern, Jason Flemyng, Alexa Davalos e Mads Mikkelsen.

Enfim, bom filme-pipoca para ser visto nos cinemas, na tela grande. Mas o original ainda é melhor…

A Hora do Pesadelo (2010)

A Hora do Pesadelo

Freddy Kruger, um dos melhores vilões do cinema dos anos 80, está de volta, e agora “sob nova direção”!

Trata-se da refilmagem do primeiro filme da famosa franquia. Só que, desta vez, Wes Craven, criador de Kruger e diretor de dois dos filmes da franquia, não teve nada a ver com isso. Aliás, ele declarou que nem queria saber da refilmagem…

Também temos uma ausência ainda mais marcante: Robert Englund, o próprio Freddy Kruger. Englund interpretou o vilão em todos os filmes da série, no “crossover” Freddy vs Jason e ainda na série de tv que rolou em 1998.

A história todos conhecem, né? Jovens começam a ter o mesmo pesadelo, onde são perseguidos e ameaçados por um cara queimado que usa uma luva com uma faca em cada dedo. Mas o detalhe é que, se a pessoa morre no sonho, o mesmo acontece na vida real.

Preciso confessar que sempre fui um grande fã do Freddy Kruger. Diferente de vilões-estrelas de slashers como Michael Myers (Halloween) ou Jason Vorhees (Sexta Feira 13), que simplesmente são mortos-vivos que saem matando os outros e nunca morrem, Freddy Kruger me parece mais legal. Ele é meio um fantasma, ele está dentro dos sonhos. E, dentro dos sonhos, ele faz o que quiser. Mas se a pessoa estiver acordada, ele não pode agir.

Dirigido pelo especialista em videoclipes Samuel Bayer, o novo A Hora do Pesadelo tem virtudes e defeitos. Um dos acertos deste novo filme é o uso comedido de cgi. O fato da trama falar de sonhos e ambientes oníricos poderia resultar num uso excessivo de efeitos de computador. Mas não, felizmente eles se atrelaram à história original, que funcionava perfeitamente com efeitos especiais “analógicos”.

A trama não traz novidades, afinal, trata-se de uma refilmagem de uma história que todo mundo conhece, e todos nós sabemos que se a bilheteria for boa, teremos continuações. Mesmo assim, o roteiro é bem escrito e traz alguns sustos interessantes em momentos pouco óbvios.

No elenco, só um nome chama atenção, justamente o novo Freddy E faz-se necessária uma comparação entre os dois Freddys. Admiro muito Jackie Earle Haley, mas acho que foi uma escolha ruim. O cara é bom ator, foi indicado ao Oscar por Pecados Íntimos, fez um excelente trabalho como o Roschach em Watchmen, esteve num papel chave no último Scorsese, Ilha do Medo… Mas não precisa de tudo isso pra ser Freddy Kruger. Robert Englund é o oposto disso, um ator fraco e caricato. Mas é “o” Freddy Kruger… Faltou ao novo Freddy um pouco mais de ironia e sarcasmo nas piadinhas constantes.

No fim, fica a pergunta: vale a pena? Olha, achei este filme mais fraco que o original. Mas preciso admitir que é melhor que a maior parte das continuações!

p.s.: Tive show ontem, e fui dormir muito tarde. E tive que acordar muito cedo hoje pra ir trabalhar. Dormi umas três horas só. Aí, a vida imitou a arte: heu estava cheio de sono, vendo um filme onde os personagens estavam cheios de sono! 😛

Pacto Secreto

Pacto Secreto

Mais um remake de slasher dos anos 80…

Um trote universitário dá errado e uma menina morre. Todos os envolvidos resolvem então guardar segredo sobre o que aconteceu. E, meses depois, algo volta para ameaçá-los…

Ok, sempre digo aqui no blog que a gente tem que saber do que se trata o filme. Então seria incoerência minha reclamar que este é um filme óbvio e cheio de clichês. É CLARO que é um filme óbvio e cheio de clichês! Essa é a graça do filme!

Então, seguindo esta lógica, Pacto Secreto (Sorority Row no original) traz aquilo que promete: algumas mortes criativas (gostei da garrafa na garganta!) e alguma (leve) nudez feminina. Não, ninguém prometeu um roteiro criativo!

O elenco traz alguns rostos bonitinhos. Nenhuma atriz se destaca, tampouco nenhuma compromete. Briana Evigan, Leah Pipes, Margo Harshman, Jamie Chung, Audrina Patridge e Caroline D’Amore para mim são apenas meninas bonitinhas, o dia que alguma delas fizer um filme onde atue de verdade heu posso julgar se são ou não boas atrizes. Ah, também tem a Rumer Willis, filha do papai Bruce, que, diferente das outras, não tem o rostinho bonitinho pra compensar a falta de talento dramático. E, last but not least, Carrie Fischer, a eterna Leia Organa de Guerra nas Estrelas, num papel menor.

O roteiro tem um problema: as meninas são patricinhas arrogantes de uma irmandade universitária, e fica difícil se identificar e torcer para alguma delas. Quando elas começam a morrer, a gente começa a torcer pro assassino…

Bem, se você gosta do estilo, pode se divertir com Pacto Secreto. Ou reveja Pânico ou Eu Sei o Que Vocês Fizeram Verão Passado, dá no mesmo.

Halloween II – 2009

Halloween II – 2009

Dois anos atrás, Rob Zombie fez um bom trabalho na refilmagem do clássico slasher Halloween, de John Carpenter. E agora veio a continuação da refilmagem.

A história começa de onde o primeiro parou. Recuperada, Laurie Strode, uma das poucas sobreviventes no primeiro filme, vive com pesadelos sobre a volta de Michael Myers. E o dia das bruxas está chegando novamente…

Fiquei dividido quando acabou Halloween II. Por um lado, a crueza usada nas cenas de morte é muito interessante. Mas por outro lado, o filme é fraquinho…

As cenas slasher não lembram os filmes dos anos 80. Estão mais próximas do estilo mostrado por Zombie em Rejeitados Pelo Diabo, algo mais visceral. Se nos filmes anteriores a gente achava graça nas mortes, estas agora causam incômodo. Sim, este Michael Myers não dá medo, e sim desconforto.

Acho que isso é fruto da humanização de Myers, que funcionou bem no primeiro filme, quando foi mostrada a sua origem. Mas aqui não funciona mais, por um motivo muito simples: assim como seus “companheiros” Jason Vorhees (Sexta Feira 13) e Freddy Krüger (A Hora do Espanto), Myers não é humano! Ele pode ter sido humano um dia (e por isso a humanização da origem funcionou), mas um ser que volta da morte cada vez que morre já deixou de ser humano!

E aí a gente começa a ver os defeitos do filme. Por exemplo, ficamos vendo ao longo do filme o fantasma da mamãe Myers conversando com um alter ego criança do vilãozão. E, para piorar, mamãe Myers está sempre de vestido branco e acompanhada de um cavalo também branco. Posso perguntar qual o sentido destas cenas?

(Claro que sabemos o motivo destas várias cenas longas e enfadonhas com a sra. Myers. Ela é interpretada pela Sheri Moon Zombie, esposa do diretor…)

Se o fantasminha camarada fosse o único problema, Halloween II não seria ruim. Mas aí vemos outros defeitos, como a total falta de carisma da atriz Scout Taylor-Compton, intérprete da protagonista Laurie Strode – principalmente se a gente comparar com a Jamie Lee Curtis, a Laurie do Halloween de trinta anos atrás.

E, meu Deus, o que aconteceu com Malcom McDowell? Ele sempre se destacou em papéis de moral dúbia, desde os anos 70, época de Laranja Mecânica e Caligola. E o seu dr. Loomis era uma das melhores coisas do filme de 2007. Mas aqui, são dois os problemas graves. Em primeiro lugar, Loomis morreu no fim do primeiro filme, lembram? Michael Myers esmagou sua cabeça! Ora, alguém com a força de Myers faz aquilo com a cabeça do colega e ele volta, lépido e faceiro, sem nenhuma explicação??? E, para piorar, tem o segundo lugar: Loomis virou um personagem patético e sem graça, que só pensa nas vendas do seu livro…

Para “fechar a tampa”, os diálogos são muito mal escritos. Se não temos nada de interessante para falar, é fácil, é só colocarmos mais alguns palavrões. Bem, para não dizer que todos os diálogos são de se jogar fora, confesso que gostei de ver um diálogo citando o comediante Mike Myers. Heu sempre achei que o nome do ator que fez o Austin Powers e o Shrek era nome de serial killer!

Como disse lá em cima, fiquei dividido. Realmente gostei do estilo “novo slasher”, mas o filme em si foi uma grande decepção, poderia ter sido bem melhor!

Sexta Feira 13 – 2009

sexta-feira-13-2009

Sexta Feira 13 – 2009

Nessa enorme onda de releituras e refilmagens, é claro que Sexta Feira 13 não podia ficar de fora. Afinal, é uma das franquias que mais rendeu continuações nos últimos tempos. Parece que este é o 13º filme com Jason Vorhees!

A história todos conhecem, né? “Jovens bonitos geração saúde vão para o Crystal Lake e lá são assassinados cruelmente pelo cruel psicopata imortal Jason Vorhees”. Esta sinopse serve para quase todos os filmes, e também para este (no primeiro, quem mata é a mãe de Jason, e alguns não são no “Lago Cristal”). Mas, sei lá, acho que a fórmula que funcionava nos anos 80 “perdeu a validade”. O que na época era engraçado e divertido, hoje virou clichê e entediante…

Essa onda de filmes de psicopatas na verdade começou em 78, com o Michael Myers de Halloween, de John Carpenter. Sexta Feira 13 veio em 1980. Mas, pelo menos aqui no Brasil, Jason foi um serial killer mais popular que Meyers…

(Existe uma coisa que sempre me incomodou nesses filmes, que é a mitologia deles. O que acontece que torna um simples morto num assassino desses? Por que eles não morrem? Por que eles sempre voltam, fortes e ágeis? Prefiro o Freddy Krueger, esse pelo menos tem uma explicação…)

Claro que Jason não dá mais medo, há muito tempo. A graça era ver mortes criativas e bem filmadas, e alguma nudez gratuita feminina.

E assim voltamos ao Cristal Lake. E é tudo muito previsível. Algumas mortes são até legais, e ainda temos a tal nudez gratuita. Mas é só, o resto é tão óbvio que chega a dar raiva. Isso sem falar nos momentos onde a lógica é jogada fora: às vezes parece que Jason é ninja, de tão rápido que se move!

Refilmagem por refilmagem, prefira o novo Halloween. É menos óbvio…

Dia dos Namorados Macabro 3D

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Dia dos Namorados Macabro 3D

Ano passado vi um filme de terror em 3D, o decepcionante Scar 3D. Mas agora estreou um novo filme de terror que realmente vale a pena ver em 3D!

Dia dos Namorados Macabro é a refilmagem de mais um entre tantos filmes de “assassinatos em série em datas comemorativas” lançados nos anos 80, na onda de Sexta Feira 13 e Halloween.

E essa refilmagem? Será que vale a pena? Afinal, o original já não era lá grandes coisas, né?

Bem, aviso logo: pra quem vai ver no cinema, em 3D, é uma ótima diversão! Agora, se visto nas salas sem 3D ou em dvd, não garanto…

A história: um ano depois de um acidente numa mina, o único sobrevivente sai pela cidade matando pessoas com uma picareta. Dez anos depois, na mesma data, assassinatos voltam a acontecer.

Sim, é clichê. Mas cumpre com o prometido: sustos, sangue e muita coisa voando na direção da tela! Pra quem gosta do estilo, é diversão garantida! Afinal, como diz um slogan por aí, “cinema é a maior diversão”! E aqui, o “efeito parque de diversões” está ligado!

Uma coisa legal nesse filme é que o ator principal é o Jensen Ackles, um dos irmãos protagonistas da série Supernatural. Digo isso porque o outro irmão, Jared Padalecki, estrelou a refilmagem de Sexta Feira 13 que estreou mês passado… Já sabemos o que astros de séries fantásticas televisivas fazem nas férias: refilmagens de filmes de terror dos anos 80! 🙂

Outro destaque é a presença de Tom Atkins, veterano ator, presente em alguns dos títulos de terror oitentistas, como Halloween 3 e A Noite dos Arrepios! Ainda no elenco, os “quase conhecidos” Kerr Smith e Jaime King.

Outra coisa importante: cenas de nudez gratuita estavam constantemente associadas a filmes B de terror nos anos 80. Então aqui a nudez gratuita tem espaço! E, talvez pra compensar o fato de ser uma única cena, a atriz Betsy Rue compensa com generosidade…

Coloque seus óculos 3D e abaixe-se pra desviar do que vem da tela!

Quarentena

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Quarentena

Antes de começar: pra quem não sabe, essa é a refilmagem americana do espanhol REC, um dos melhores filmes dos últimos anos.

Como é uma refilmagem, quase cena a cena, e bem recente, a comparação é inevitável. E a primeira pergunta é: vale a pena ver esse, ou o original é melhor?

Claro que o espanhol é melhor. Mas esse até que não é uma total perda de tempo. Tem seus pontos positivos…

Vamos à comparação. REC é melhor porque:

– Veio antes, ora! É, portanto, mais original!

– A idéia de se fazer um “reality cinema”, de se fingir que isso tudo realmente aconteceu, funciona melhor quando não conhecemos os atores. A versão hollywoodiana é cheia de rostos quase famosos, a começar por Jennifer Carpenter, de Dexter. Tem até o croata Rade Serbedzija, de Missão Impossível 2, Snatch, Eurotrip, 24 Horas

– A versão original enrola menos o início. Na refilmagem, as cenas dentro do quartel de bombeiros são looongas…

– A Angela Vidal espanhola é bem mais bonitinha que a americana… 🙂

Mas, por outro lado, Quarentena vale a pena porque:

– As imagens me pareceram mais claras. O público que gosta de ver detalhes vai apreciar mais essa versão. É como se a câmera americana tivesse uma imagem melhor que a espanhola…

– Apesar de ser uma cópia, consegue manter bem a tensão proposta no filme original.

Agora o que achei estranho é que a refilmagem tenta explicar algumas coisas que são propositalmente deixadas de lado no original. Ao longo do filme, ficamos sabendo mais ou menos o que acontece, de uma maneira mais clara que antes. Mas na parte final, a “parte escura” do filme, tem um monte de explicações importantes no original que foram deixadas de lado na refilmagem. Estranho isso. Só se for pensando em Quarentena 2. O que, aliás, é a cara de Hollywood…