Terrifier 2

Crítica – Terrifier 2

Sinopse (imdb): Depois de uma entidade sinistra o ressuscitar, Art, o palhaço, está de volta no condado de Miles, onde busca caçar uma adolescente e seu irmão mais novo durante o Halloween.

Heu não ia escrever sobre Terrifier 2. Primeiro porque é a continuação de um filme que não vi o primeiro. Além disso, já sabia que o principal propósito aqui era torture porn, e não tenho nada contra isso, mas tenho outras coisas mais legais pra ver.

Mas aí vi que tinha um monte de gente boa comentando… Ok, bora ver qualé.

Terrifier 2 é um projeto do diretor / roteirista / editor / maquiador / técnico em efeitos especiais Damien Leone. Parece que ele criou um financiamento coletivo pra poder fazer seu novo filme de maneira independente. E olha, para filme independente, o resultado até que ficou bom. Terrifier 2 não faz feio ao lado dos slashers lançados pelos grande estúdios.

Terrifier 2 chamou a atenção com o marketing de ter feito pessoas passarem mal em salas de cinema. Sim, é compreensível, porque as cenas de violência gráfica são muito fortes. É provavelmente o filme mais gore do ano.

Heu não conhecia o palhaço Art, mas sei que ele já apareceu algumas vezes nas telas. Antes do primeiro Terrifier, ele esteve em alguns curtas. Mas, posso afirmar: não precisa ver os filmes anteriores pra entender o que se passa aqui.

Já comentei aqui mais de uma vez que a gente precisa entender o objetivo dos realizadores. O objetivo de Terrifier 2 é mostrar violência gráfica, é mostrar gore. Nesse aspecto, o filme não decepciona. São várias cenas visualmente bem fortes (o que explica a galera passando mal nos cinemas). Tem uma sequência em particular onde o palhaço Art faz uma longa tortura numa vítima. E os efeitos práticos de maquiagem são muito bem feitos! Se alguém for procurar o filme atrás de torture porn, dificilmente ficará decepcionado.

Outro ponto positivo é o palhaço Art. Temos muitos filmes slasher, mas por outro lado a gente tem uma galeria de alguns poucos “vilões” icônicos. Leatherface e Michael Myers são dos anos 70; Jason Vorhees, Freddy Kruger, Pinhead e Chucky são dos anos 80. Anos 90 teve o Ghostface e o Pennywise, e acho que o último que surgiu foi o Jigsaw em 2004. Já estava na hora de termos um novo vilão slasher pop. E posso dizer que vi na semana passada um garotinho provavelmente indo pra uma festa de halloween na creche, que estava usando uma máscara de Art! O Art é pop!

Agora, nem tudo é elogio. As atuações são bem ruins – principalmente o garoto irmão da protagonista. E o filme é longo demais, duas horas e dezoito minutos, não me lembro de ter visto algum slasher tão longo. Podia fácil cortar mais de meia hora!

Enfim, boa opção para quem gosta de gore e violência gráfica. Quem não curte, procure outras opções.

Exterminadores do Além contra a Loira do Banheiro

Crítica- Exterminadores do Além contra a Loira do Banheiro

Sinopse (google): Um grupo de três youtubers que se dizem especialistas em seres sobrenaturais decidem conquistar o reconhecimento do público de uma vez por todas. Para isso, eles traçam um plano para capturar um ser conhecido por todos, a loira do banheiro.

Fui ver Exterminadores do Além contra a Loira do Banheiro com expectativa perto do zero. Não tenho nada contra o Danilo Gentili, mas reconheço que o seu nome à frente de um projeto não é um grande atrativo. E posso dizer: foi uma grata surpresa. Não é um filme para constar em listas de melhores do ano, mas cumpre o objetivo de fazer um trash divertido.

Nova parceria entre Danilo Gentili e o diretor Fabrício Bittar (juntos, fizeram Como se Tornar o Pior Aluno da Escola), Exterminadores do Além contra a Loira do Banheiro ganha pontos porque não se leva a sério em momento algum. Repleto de metalinguagem, o filme zoa com vários clichês e estereótipos, e ainda avacalha com as carreiras de todos os envolvidos. Digo mais: como um bom trash, tem MUITO sangue – me lembrei dos exageros de Evil Dead!

Algumas piadas são bobas e de baixo calão (não precisa de piada com cocô, né?), mas admito que ri muito na cena do laboratório – é uma daquelas cenas com humor ofensivo, no limite da grosseria extrema (como os dois pelados em Borat). Mas sei que a maior parte das pessoas vai achar que “cruzaram a linha”.

O elenco principal não tem atores muito versáteis, mas, para o que filme pede, o time Danilo Gentili, Dani Calabresa, Léo Lins e Murilo Couto funciona bem. Também no elenco, Sikêra Junior, Ratinho, Antonio Tabet, Barbara Bruno e Matheus Ueta. Ainda queria citar Pietra Quintela, que manda bem como a loira do banheiro.

Muita gente vai torcer o nariz por causa do Danilo Gentili. E muita gente vai torcer o nariz porque é trash. Mas acho ótimo quando o cinema nacional “pensa fora da caixinha”. Principalmente quando o resultado final fica tão divertido.

Que venham outros filmes assim!

Vingança

VingançaCrítica – Vingança

Sinopse (imdb): Nunca leve sua amante para uma escapada anual entre amigos, especialmente uma dedicada à caça – uma lição violenta para três homens ricos e casados.

Vamos de filme francês ultra violento?

A trama de Vingança (Revenge, no original) é batida: mulher estuprada sai atrás de vingança. A gente já viu isso várias vezes. Mesmo assim, a roteirista e diretora Coralie Fargeat conseguiu um bom resultado com seu longa metragem de estreia.

Ok, reconheço que o roteiro tem algumas coisas bem forçadas – ela dificilmente sobreviveria àquela queda, e o lance de queimar a árvore não me convenceu. Mas se a gente se desligar desses “detalhes”, temos um filme muito bem conduzido. O filme é tenso, e as cenas de gore são muito boas.

Parágrafo à parte para falar do gore. A cena da caverna é bem forte, e a cena do caco de vidro no pé vai fazer o espectador se contorcer na poltrona. E a cena final tem tanto sangue que, segundo o imdb, faltou sangue artifical na produção. E digo mais: não é só o gore propriamente dito, algumas cenas são filmadas de modo a causar desconforto – como uma cena onde um personagem mastiga uma simples barra de chocolate.

Vingança foi escrito e dirigido por uma mulher, e mesmo assim explora bastante o corpo da protagonista Matilda Lutz – tem pouca nudez dela, mas ela passa quase todo o filme com pouca roupa. Pra compensar, o principal Kevin Janssens aparece completamente nu durante a longa cena final, que começa com um impressionante plano sequência e termina com muito, muito sangue. Ainda no pequeno elenco, Vincent Colombe e Guillaume Bouchède.

(É curioso ver um filme assim nos dias de hoje, quando muito tem se falado sobre assédio e objetificação do corpo feminino. Acho que se fosse um diretor homem, Vingança seria muito criticado.)

Boa opção que deve entrar em circuito dia 31.

Thanatomorphose

0-ThanatomorphoseCrítica – Thanatomorphose

“Thanatomorphose” é uma palavra de origem grega, usada para descrever os sinais visíveis de decomposição de um organismo causados pela morte. Um dia, uma mulher acorda e descobre que seu corpo está apodrecendo.

Nem me lembro de onde veio a indicação para ver este Thanatomorphose, escrito e dirigido por Éric Falardeau em 2012. Acho que seu heu lembrasse, xingaria a pessoa que me indicou.

Thanatomorphose parece um portfólio para demonstrar técnicas de maquiagem. A maquiagem do gore é muito bem feita, em todas as etapas da doença da protagonista. Nisso, o espectador não tem o que reclamar. Mas um filme precisa de mais do que isso. Uma história a ser contada é algo importante…

Thanatomorphose não tem história. É basicamente a evolução de uma doença (não explicada) e seus efeitos na protagonista. O fato de se passar o tempo todo dentro do apartamento dela ajuda o ritmo arrastado.

A atriz principal, Kayden Rose, nem é muito bonita, mas deve ter ganhado um fã clube com este filme – ela aparece nua durante boa parte do filme. Seu co-protagonista Davyd Tousingnant por sorte aparece pouco – é um ator muito ruim.

O resultado final é um filme escatológico e chato. Ou seja, só recomendado para poucos.

Taeter City

taeter cityCrítica – Taeter City

Outro dia, passeando pela internet, esbarrei em um filme obscuro, que traza uma sinopse bastante interessante:

“Em Taeter City, tudo é gerenciado pela mão de ferro dos membros da ditadura conhecida como A Autoridade. Eles usam um sistema especial de onda de rádio chamado Zeed que lhes permite distinguir os criminosos dos cidadãos cumpridores da lei. Essas ondas de rádio especiais alteram o cérebro demente dos criminosos, forçando-os a cometer suicídio das mais horríveis formas. Por causa de uma pane desconhecida, o sistema Zeed já não funciona da maneira a qual foi criado: os criminosos não estão mais se matando e sim se tornando mais fortes! Numa missão suicida, três oficiais da força policial The Bikers (Razor, Shock e Wank) são encarregados de consertar essa situação caótica. Vibe anos 80, estilo mangá, tecnologia insana, ação absurda, adrenalina, violência e muito sangue em um novo gênero de filmes Sci-fi Splatter.”

Claro que um filme desses tem que ser visto, né? Ainda mais porque o trailer é bom. Mas… O filme é fraco…

Produzido, escrito e dirigido por Giulio De Santi (que ainda trabalhou nos efeitos especiais e como ator), Taeter City tem um problema básico: o filme não tem nenhuma história a ser contada. O filme todo se baseia nos efeitos de gore, o resto só está lá pra justificar o gore.

Bem, para aqueles que curtem gore, Taeter City é um prato cheio. Temos abundância de membros decepados e cabeças esmagadas, e muito, muito sangue.

Gosto de gore, mas dentro de um contexto. Do jeito que ficou, Taeter City é um filme de apenas 75 minutos, mas tão chato que parece que demora uma eternidade.

Nos créditos, anunciam uma segunda parte. Que, claro, não pretendo ver.

Dispensável…

Hobo With a Shotgun

Crítica – Hobo With a Shotgun

Há alguns meses começou a circular pelos youtubes da vida um sensacional trailer de um filme ultra violento com um Rutger Hauer grisalho interpretando um mendigo vingativo. O filme ficou pronto!

Hobo With a Shotgun é isso aí: um mendigo chega em uma cidade onde o crime manda em tudo – até na polícia. Ele compra uma espingarda calibre 12 e sai pelas ruas matando pessoas ruins. Simples, não?

Na verdade, já existia um trailer fake desde 2007, mas sem Rutger Hauer no elenco. Assim como Machete, existia um trailer fake que fazia parte da sessão dupla do Grindhouse, o projeto em homenagem ao cinema exploitation que contava com Planeta Terror (de Robert Rodriguez) e À Prova de Morte (de Tarantino). Hobo With a Shotgun é muito legal, mas, na comparação com Machete, sai perdendo. Também é covardia, né? Machete tinha Robert Rodriguez na direção e elenco cheio de estrelas. Mas isso não significa que Hobo With a Shotgun seja ruim!

O filme foi escrito e dirigido por Jason Eisener, também autor do trailer fake. Hobo With a Shotgun tem uma vantagem: é um filme honesto, e cumpre o que promete: violência exagerada e muito gore. Bom roteiro e boas interpretações? Ninguém espera coisas assim em um filme chamado “mendigo com uma espingarda”…

Sobre o roteiro, heu faria apenas algumas mudanças. O monólogo de Hauer na maternidade do hospital me pareceu longo demais. Aqueles caras de armadura poderiam ser melhor aproveitados. E poderia ter mais nudez gratuita – a “mocinha” Molly Dunsworth não tira a roupa…

O filme exagera no gore. É uma quantidade enorme de gente morta, de várias maneiras engraçadas. Cabeças explodindo, fraturas expostas, pedaços de gente, tudo isso contribui pra vocação trash do filme.

O elenco é curioso. Rutger Hauer, que fez grandes filmes nos anos 80 (Blade Runner, Ladyhawke, Falcões da Noite, Conquista Sangrenta), mas depois fez um monte de filmes de qualidade duvidosa, funciona perfeitamente aqui, como o mendigo bruto que quer “limpar” a cidade. Ele passa o tom exato pedido: nem caricatural, nem sério. Já o resto do elenco é uma piada: várias caricaturas, cada uma maior que a outra. Aqueles vilões são tão exagerados que parecem tirados de uma história em quadrinhos…

(Preciso falar que gostei muito da escolha de Hauer para o papel principal, mas fiquei me perguntando: cadê David Brunt, o ator principal do trailer fake? Ele aparece aqui, numa ponta…)

Claro que Hobo With a Shotgun não é pra qualquer um. Mas, pra quem está curtindo esta onda de novos filmes em homenagem ao cinema exploitation, Hobo With a Shotgun é um prato cheio!

Agora a gente tem que ver se vão rolar filmes baseados nos outros trailers fakes de Grindhouse. Ainda faltam o terror Don’t; Thanksgiving, dirigido por Eli Roth; e Werewolf Women of the SS, do Rob Zombie, com o Nicolas Cage no elenco!

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Se você gostou de Hobo With a Shotgun, o Blog do Heu recomenda:
Machete
Fúria Sobre Rodas
À Prova de Morte

Doce Vingança / I Spit On Your Grave (2010)

Doce Vingança / I Spit On Your Grave (2010)

Como prometido, vamos ao texto da refilmagem de A Vingança de Jennifer (I Spit On Your Grave)!

A história é a mesma: Jennifer (Sarah Butler), uma jovem e bonita ecritora, aluga uma casa em um local isolado, para escrever um livro. Homens locais a cercam, a estupram e a espancam. Jennifer consegue sobreviver, e agora ela arquiteta uma vingança.

Doce Vingança é um dos raros casos onde a refilmagem é melhor que o original. Se A Vingança de Jennifer era um trash tosco, a nova versão é um tenso e violento – e bom – filme de vingança.

Doce Vingança é um filme desconfortável, afinal, rolam violentas cenas de estupro e humilhação. Isso não é pra qualquer estômago. Mas acho que um cara que vai ver um filme com esta sinopse, e ainda com o aviso “unrated” (não passou pela censura), sabe o que vai assistir, não?

O filme é bem violento, e mostra muita coisa, como era de se esperar. O gore aqui é bem mais abundante e explícito que na versão de 78. Aliás, o papo de “unrated” é proposital, os produtores preferiram não submeter à censura, porque fatalmente o filme sofreria severos cortes.

Sobre o elenco, Sarah Butler faz uma convincente Jennifer, mostrando fragilidade na primeira parte e ódio na segunda. Só tenho minhas dúvidas se uma mulher com tal porte seria capaz de executar aquilo tudo, voltarei a falar disso mais pro fim do texto. Os outros atores – ninguém conhecido – são muito melhores que os da primeira versão.

Vamos à comparação entre as duas versões. O filme novo tem atores melhores e personagens mais bem construídos. A primeira parte do roteiro é bem parecida, apesar de mais um personagem ter sido inserido na trama. A segunda parte – a vingança – é muito melhor aqui, Jennifer realmente elabora planos cruéis para seus algozes.

E, claro, tecnicamente, o novo filme é muito mais bem feito que o primeiro. Este não é tosco!

Só tem uma coisa que ficou ruim no novo filme: o intervalo entre o estupro e a vingança. No primeiro filme, não ficam dúvidas, Jennifer voltou para casa, se recompôs e planejou sua estratégia. Agora, ela some e volta, forte, de roupas limpas e cabelos arrumados, depois de ter passado um mês numa cabana comendo ratos? Isso sem contar que ela é pequena e magrinha, como ela consegui forças para carregar aqueles caras grandes para as suas armadilhas? Talvez fosse melhor se ela fosse uma atriz maior…

Enfim, Doce Vingança me surpreendeu, é melhor do que heu esperava. Só não é recomendado a qualquer um, por motivos óbvios…

Giallo – Reféns do Medo

Giallo – Reféns do Medo

Retirado da wikipedia:

Giallo significa amarelo em italiano. Também significa uma série de livros baratos (com capas amarelas) com histórias de assassinatos, mistérios e suspense.

“Giallo” é um estilo de filme que fez sucesso nos anos 70 e fim dos 80, onde foram produzidos centenas de filmes com o tema. Até hoje sobrevive principalmente nas mãos do diretor italiano Dario Argento. Existem livros policiais de mistério na Itália que tinham a capa amarela. Quando começaram a produzir filmes sobre assassinos em séries sendo perseguidos por espertos detetives, a associação com os livros foi inevitável, nascia então um novo estilo na cinematografia italiana, chamado “Giallo”. A maioria dos “giallos” são parecidos, sempre existe um assassino em série (que geralmente é mostrado somente no final, durante a projeção vemos apenas suas mãos vestidas com luvas pretas de couro), um detetive que está na cola desse assassino e mortes chocantes, principalmente de mulheres (sempre com cenas de perseguição antes do ato), e exposição de corpos nús total ou parcialmente. O “giallo” foi muito importante para o gênero do terror. A maioria dos diretores italianos teve sua estréia cinematográfica com “giallos”, produzindo filmes magníficos que sempre exageravam no sangue. Foi tão popular em sua época que chegou a originar o termo “slasher” (serial killer que persegue adolescentes), tão comum nos filmes de terror dos anos 80 e 90, mas sem o mesmo charme e violência. Também originou o termo gore.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Giallo

Copiei esse texto aí em cima para explicar porque heu estava ansioso por um filme chamado Giallo, dirigido por um dos mestres do giallo, Dario Argento!

(O curioso é que heu quase perdi este filme! Heu nem sabia que ele existia, quando descobri que já tem até título em português!)

Uma modelo (Elsa Pataky) desaparece. Sua irmã, Linda (Emmanuelle Seigner) procura a ajuda do inspetor Enzo (Adrien Brody), um policial fora do padrão, que desconfia que ela foi sequestrada por um serial killer.

O filme é interessante, tem bastante sangue, bastante gore. Algumas dessas cenas são muito legais, como as marteladas no crânio, ou a briga do garoto contra o assassino. Giallo não vai decepcionar os fãs de giallo – piada óbvia, mas perfeita aqui! 😀

Apesar de ter um ganhador do Oscar como protagonista, o elenco às vezes parece meio caricato. Mas quem conhece o estilo do diretor Dario Argento sabe que as atuações em seus filmes sempre parecem exageradas. E o fato de ser claramente dublado só ajuda isso.

Infelizmente, Argento pisou na bola no fim do filme. O fim de Giallo é ruim, mas tão ruim, que a gente até se esquece que o filme é legal…

Haute Tension

hautetension

Haute Tension

Já tinha falado aqui da minha vontade de ver este Haute Tension, lembram? Heu tinha curiosidade de saber como Alexandre Aja se portava dirigindo um material original, já que até agora só tinha visto refilmagens feitas pelo próprio: Espelhos do Medo e Viagem Maldita. Por isso escolhi Haute Tension, filme de 2003, que não só é dirigido como também escrito por Aja. E foi uma ótima escolha!

Alex (Maïwenn Le Besco) e Marie (Cécile De France), colegas de faculdade, estão indo passar um fim de semana na casa de campo da família da primeira, para estudar. Só que um psicopata assassino resolve aparecer por lá.

A trama é simples, não? Na verdade, não tem nada demais, é uma mesma fórmula repetida há anos: um assassino misterioso que mata quase todo o elenco e passa o resto do filme atrás dos sobreviventes, que precisam se virar para fica vivos. Mesmo assim, o filme é bom – mérito do diretor Aja, que sabe muito bem criar as situações densas que o filme pede. O maluco psicopata dá mais medo do que os Jasons e Freddys da vida, pelo simples motivo que ele é bem mais crível. Um cara desses pode estar por aí. Pode estar ao seu lado. Ou pode estar seguindo você quando voltar para casa mais tarde… É melhor acelerar o passo!

O filme é MUITO violento e tem MUITO sangue. Bem, para mim isso não foi uma surpresa tão grande, afinal, vi recentemente A l’Interieur e Martyrs, dois filmes franceses muito violentos e com muito sangue. Mas, se a gente parar para pensar, Haute Tension é mais antigo. Ou seja, quem está fora da ordem sou heu!

Logo de cara, com menos de meia hora de filme, o filme já mostra ao que veio.  Mortes violentamente gráficas são exibidas – vemos tudo com detalhes! E o clima de tensão dura até o fim do filme. Aliás, o nome “alta tensão” foi uma boa escolha.

Outra coisa interessante e digna de nota é que o roteiro deixa de lado as piadinhas e os adolescentes sem graça que infestam os filmes de terror americanos. O filme é sério e desconfortável, como um bom filme de terror deve ser. E, de quebra, em vez de efeitos digitais, a equipe conta com o lendário maquiador italiano Gianetto de Rossi, que trabalhou com Lucio Fulci em filmes como Zombi. Resultado: muito sangue cenográfico para mostrar cenas que parecem reais.

Por fim, não posso deixar de citar que existe uma grande – e genial – reviravolta no fim. Mas aí não conto, porque senão perde a graça…

O Bosque Maldito (Il bosco fuori)

bosquemaldito

O Bosque Maldito (Il bosco fuori)

Um jovem casal é atacado numa estrada pouco movimentada por uma gangue. Uma família os salva, mas mal eles sabem que essa família é ainda pior que a gangue…

Com a produção do veterano Sergio Stivaletti (que trabalhou com Dario Argento, Lamberto Bava e outros), o jovem diretor Gabriele Albanesi nos traz um filme cheio de gore e humor negro, repleto de elementos que agradarão aos fãs dos filmes trash, como famílias de freaks sádicos e desmembramentos por serras elétricas. Isso, claro, aliado a muito, muito sangue cenográfico.

Despretensioso, pode render uma boa diversão!