Um Lobisomem Americano Em Londres

LobisomemAmericanoEmLondresCrítica – Um Lobisomem Americano em Londres

Hora de rever o clássico!

Dois mochileiros, viajando pelo norte da Inglaterra, são atacados por um lobisomem. Um morre, o outro fica gravemente ferido. O povoado local se recusa a reconhecer a existência de algo estranho.

Diferente de vampiros e zumbis, temos poucos filmes de lobisomem por aí. Um Lobisomem Americano em Londres, lançado em 1981, ainda é um dos melhores do gênero.

Escrito e dirigido por John Landis, Um Lobisomem Americano em Londres traz um bom equilíbrio entre a tensão e o humor – humor negro, claro. Landis transitava bem entre a comédia e o terror – ele também fez Os Irmãos Cara de Pau, No Limite da Realidade, Trocando as Bolas e Inocente Mordida, dentre vários outros. Não sei se por opção estilística ou por falta de grana, Landis usou o recurso de mostrar pouco a criatura. Independente da razão, gostei. A perseguição no metrô com a câmera subjetiva ficou muito boa.

Uma das melhores coisas do filme é a maquiagem feita por Rick Baker. A transformação em lobisomem, toda usando truques de maquiagem (não existia cgi na época!), impressiona até hoje. E os “mortos” que conversam com David são muito bem feitos. Não à toa, ganhou o Oscar de maquiagem de 82.

(Aliás, uma curiosidade: em 83, Michael Jackson, quando resolveu fazer o videoclipe da música título de seu Lp mais famoso, Thriller, chamou Landis para dirigir o filme e Baker para fazer a maquiagem da sua transformação. Nada mal, hein?)

O papel principal ficou com David Naughton, não me lembro dele em nenhum outro filme. Diferente do coadjuvante, Griffin Dune, que fez um monte de coisas nos anos 80 (Depois de Horas, As Amazonas na Lua (outra vez dirigido por John Landis), Imensidão Azul, Quem É Essa Garota). Jenny Agutter é a mesma de Fuga do Século 23 (Logan’s Run), de 1976. Frank Oz aparece em uma cena.

O fim do filme é meio besta, mas não sei se teriam como terminar diferente. Em 1997 rolou uma continuação, Um Lobisomem Americano em Paris, mas é um filme muito inferior, só vale pela nudez da Julie Delpy.

Por fim, olhem que curioso: achei no google uma imagem do poster original. Tosco, não?

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Monster Brawl

Crítica – Monster Brawl

Oito monstros clássicos se enfrentando num ringue de luta livre? Taí uma boa ideia! Pode sair um crossover sensacional daí!

A sinopse é simples: Frankenstein, Lobisomem, Zumbi, Cíclope, Bruxa, Vampira, Monstro do Pântano e Múmia se enfrentam, em duplas, em um letal torneio de vale-tudo.

Claro que um filme com uma premissa dessas não ia ser bom – tudo é trash demais! Mas poderia render um trash divertido, se a ideia fosse bem desenvolvida. Pena que não foi…

Pra começar, o roteiro é muito ruim. Não existe uma linha narrativa – dois monstros lutadores são apresentados através de um rápido flashback, rola a luta (igual a lutas fakes de telecatch) e vamos para a dupla seguinte.

Mas isso não é o pior. Poucas vezes vi furos de roteiro tão grosseiros como dois que rolam aqui. Primeiro: os monstros são divididos em peso médio e peso pesado. E o torneio dos pesos médios é simplesmente deixado de lado, só vemos a final dos pesos pesados. Depois, pra piorar, aparecem vários zumbis na história. E assim como não há explicação para o surgimento, do nada eles somem…

O gore é bem feito, essa parte não vai decepcionar os apreciadores. A maquiagem também é boa, só não gostei do Cíclope, seu único olho não enganou ninguém. Mas acho que são as únicas qualidades do filme, e isso é pouco… Quem aguardava um grande crossover entre monstros clássicos vai continuar esperando…

Anjos da Noite 4 – O Despertar

Crítica – Anjos da Noite 4 – O Despertar

Não sei se alguém ainda tem paciência para esta franquia, mas, olha lá, o quarto Anjos da Noite já vai estrear nos cinemas semana que vem…

Quando humanos descobrem a existência de vampiros e lycans (lobisomens), começa uma guerra para erradicar as duas espécies. A vampira Selene (Kate Beckinsale) é capturada e, quando consegue fugir, doze anos depois, descobre um complô em andamento.

Anjos da Noite 4 – O Despertar (Underworld: Awakening, no original) tem uma grande virtude: é um filme honesto. Quem se propõe a vê-lo sabe exatamente o que vai encontrar: tiros e explosões com visual estilizado, um fiapo de história com vampiros e lobisomens, e Kate Backinsale em uma roupa apertada de couro. Trama elaborada? Personagens bem construídos? Filme que vai entrar em listas de melhores? Nada disso, não aqui…

A parte técnica funciona bem nas cenas de ação, o filme traz algumas sequências eletrizantes. Mas por outro lado deixa a desejar no cgi dos lycans. É inaceitável uma produção hollywoodiana atual ter cgis tão capengas.

E tem outro problema, ainda pior: o filme não tem uma história. A trama parece uma sequência de justificativas para as cenas de ação. Não me lembro direito dos outros Anjos da Noite, pra mim são “filmes fast food” – vejo, me divirto na hora, e esqueço logo depois. Sei que a franquia é meio “lado B”, mas não me recordo de serem tão vazios em conteúdo.

Dirigido pelos desconhecidos suecos Måns Mårlind e Björn Stein, Anjos da Noite 4 – O Despertar tem o roteiro escrito por Len Wiseman, diretor dos dois primeiros filmes e roteirista de todos os quatro filmes da franquia. Wiseman também é casado com Kate Beckinsale, deve ser por isso que ela voltou para a série.

No elenco o grande nome é Kate Beckinsale. Quase quarentona, ela está linda e com um corpaço. E manda bem nas cenas de ação, tanto na p%$#rrada quanto no uso de armas de fogo – parece que a sua Selene quer disputar o trono de “kick-ass queen” com a Alice (Resident Evil) de Milla Jovovich, já que a Angelina Jolie aparentemente aposentou a sua Lara Croft…

Curiosamente, Kate não esteve na parte 3. A protagonista feminina foi Rhona Mitra, que parece uma Kate genérica (Rhona também é bonita e dona de belas curvas, mas tem um currículo bem mais fraco). Achei que Kate ia tentar mudar o rumo da carreira, mas aí ela fez um filme policial na neve (Terror na Antértida), e uma das melhores coisas do filme eram as suas curvas. Parece que ela desistiu e voltou a investir no lado “coroa gostosa”.

Um último comentário sobre o elenco: Stephen Rea deve estar precisando de dinheiro, para ter aceitado um papel num filme desses! Ainda no elenco, Sandrine Holt, Michael Ealy, Charles Dance e Theo James.

Enfim, como falei lá no começo, Anjos da Noite 4 – O Despertar tem o seu público alvo, que não vai esperar nada muito diferente. Então não vai decepcionar muita gente. Mas se você não é fã da franquia, acho que nem vale a pena. Tem coisa melhor por aí…

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Se você gostou de Anjos da Noite 4 – O Despertar, o Blog do Heu recomenda:
O Lobisomem
Anjos da Noite 3 – A Rebelião
Resident Evil 4: Recomeço
Terror na Antértida

Top 10: Filmes de Lobisomem

Top 10: Filmes de Lobisomem (dos últimos 30 Anos)

Depois do sucesso do Top 10 de filmes de zumbis, resolvi montar um de filmes de lobisomens.

Não são muitas opções, a mitologia licantrópica não é tão badalada. Portanto, a lista não trará muitas novidades… Um dia hei de fazer um Top 10 de filmes de vampiro. Aí vai ser mais variado…

E admito outro problema: não sou expert em filmes clássicos. Por isso, usei o critério “dos últimos 30 anos”. O curioso é que não tem nada que valha a pena nos anos 90… Poderia ser um “Top 10: Melhores filmes de Lobisomem dos anos 80 e 00″…

Lembrando, sempre, dos 26 Top 10 já feitos aqui no blog: : filmes de zumbi, filmes com nomes esquisitos, filmes sem sentido, personagens nerds, estilos dos anos 80, melhores vômitos, melhores cenas depois dos créditos, melhores finais surpreendentes, melhores cenas de massacre, filmes dos ano 80 e 90 nunca lançados em dvd no Brasil, estilos de filmes ruins, casais que não convencem, musicais para quem não curte musicais, melhores frases de filmes, melhores momentos de Lost, maiores mistérios de Lost, piores sequencias, melhores filmes de rock, melhores filmes de sonhos, melhores filmes com baratas, filmes com elencos legais, melhores ruivas, melhores filmes baseados em HP Lovecraft, filmes que vi em festivais e mais ninguém ouviu falar, Atores Parecidos e Atrizes Parecidas. Visitem!

Em ordem cronológica…

Um Lobisomem Americano em Londres (1981)

Dois turistas americanos vão para Londres e são atacados por um lobisomem. Um dos melhores filmes de lobisomem, um dos melhores filmes de John Landis, e, definitivamente, a melhor transformação de lobisomem da história. Teve uma continuação em 97, desta vez em Paris, e com a Julie Delpy tirando a roupa.

Um Grito de Horror (1981)

81 foi um bom ano para fãs de lobisomem. Este Um Grito de Horror (The Howling), dirigido por Joe Dante, traz uma reporter da tv que vai para um retiro isolado, onde todos são lobisomens!

Wolfen (1981)

Mais um de 81! Um policial de Nova York investiga violentos assassinatos, aparentemente cometidos por animais. Edward James Olmos, nosso querido almirante Adama (de BSG), tem um dos papeis principais.

A Companhia dos Lobos (1984)

Este estranho filme de Neil Jordan (que, em 94, faria Entrevista com o Vampiro) traz um olhar diferente sobre histórias de lobos, com direito a muita conotação sexual e até uma espécie de Chapeuzinho Vermelho.

A Hora do Lobisomem (1985)

Baseado em Stephen King, A Hora do Lobisomem foi lançado no Brasil na época da “espantomania”, a moda de nomear filmes de terror com “A Hora”, devido ao sucesso de A Hora do Espanto. O nome era pra ser “Bala de Prata”…

Teen Wolf – O Garoto do Futuro (1985)

Mais um com título nacional equivocado. O “garoto do futuro” é por causa do sucesso de Michael J Fox em De Volta Para o Futuro. Um adolescente excluído na escola vira um lobisomem, e passa a ser popular e adorado por todos. Comédia besta, mas divertida.

Possuída (Ginger Snaps) (2000)

As irmãs Fitzgerald, obcecadas pela morte, são as “esquisitas” da escola. Até que uma delas é atacada por um misterioso animal, e começa a sofrer uma série de transformações.

http://blogdoheu.wordpress.com/2010/04/03/possuida/

Cães de Caça (2002)

É o filme de estreia de Neil Marshall, hoje famoso por filmes como Abismo do Medo, Juízo Final e Centurião. Um pelotão militar em um exercício de rotina na Escócia enfrenta inimigos incomuns: lobisomens.

Anjos da Noite (2003)

Não é exatamente um filme de lobisomens, o foco principal são os vampiros. Mas os lobisomens – usados como escravos pelos vampiros – estão bem representados nos três filmes da franquia.

http://blogdoheu.wordpress.com/2009/09/02/anjos-da-noite-3-a-rebeliao/

O Lobisomem (2010)

Não vi o original, de 1941. Mas posso afirmar que esta refilmagem fez um bom serviço. E traz a melhor transformação desde Um Lobisomem Americano Em Londres. Benicio Del Toro parece que nasceu para este papel!

http://blogdoheu.wordpress.com/2010/02/18/o-lobisomem/

(De propósito, deixei de fora Amaldiçoados, de Wes Craven, com um ótimo elenco encabeçado pela Christina Ricci. Na boa? O filme é ruim!)

Sangue e Chocolate

Sangue e Chocolate

Enquanto Hollywood está infestada de filmes sobre vampiros, o tema lobisomem ainda tem poucas opções – mesmo contando com vários filmes / séries de vampiros que usam lobisomens como coadjuvantes (True Blood, Crepúsculo, Anjos da Noite). Sangue e Chocolate, de 2007, é uma dessas raras opções.

Vivian (Agnes Bruckner) é descendente de uma antiga linhagem de lobisomens em Bucareste, na Romênia. Quando conhece e se apaixona pelo desenhista americano Aiden (Hugh Dancy), fica em dúvida se alimenta o romance com o humano ou se segue o seu destino como “lobismulher”.

Dirigido por Katja von Garnier, Sangue e Chocolate é baseado no livro homônimo escrito por Annette Curtis Klause. Não li o livro, mas li vários comentários no imdb criticando a adaptação. Uma das críticas deve ser relacionada ao nome do filme. Não sei se “Sangue e Chocolate” tem algo a ver com o livro, mas posso dizer que não tem nada a ver com o filme.

O filme não é lá grandes coisas. De positivo, mostra belíssimas locações em Bucareste, na Romênia. Outra coisa que gostei foi da forma como mostra os lobisomens correndo (enquanto estão sobre dois pés).

Mas, por outro lado, me lembrei de como falei mal da transformação do lobisomem de Lua Nova. E as transformações aqui são ainda piores! São horríveis, uma pessoa pula, e de repente rola um efeito de luz e a ela vira um lobo. Quando volta à forma humana, está sem roupas. Mas, ora, pra onde foram as roupas na primeira transformação?

Ainda rola outro problema: os lobisomens não assustam nem um pouco. Acho que a diretora quis dar maior ênfase ao romance do que ao terror…

Enfim, vale, por ser um filme de lobisomens, o que não tem muito por aí. Mas não espere muita coisa!

Possuída

Possuída

As irmãs Ginger (Katharine Isabelle) e Brigitte Fitzgerald (Emily Perkins), obcecadas pela morte, são as “esquisitas” da escola. Até que Ginger é atacada por um misterioso animal, e começa a sofrer uma série de transformações.

Apesar o título brasileiro sugerir algo diferente, Possuída (Ginger Snaps, no original) é um filme de lobisomem. E até que é bom! Diferente de vampiros ou zumbis, não temos muitas opções por aí de bons filmes de lobisomem. (Fiquei com vontade de montar um top 10 quando vi O Lobisomem, mas são tão poucos os filmes…)

Dirigido em 2000 por John Fawcett, Possuída teve duas continuações lançadas em 2004. Quer dizer, na verdade era uma continuação e uma “prequel” – o filme que conta a história do que aconteceu antes.

No elenco, que ainda conta com Kris Lemche, apenas um nome famoso: Mimi Rogers, que faz a mamãe Fitzgerald. Mas o filme é das irmãs. Tanto Katharine Isabelle quanto Emily Perkins estão bem em seus papeis, e estão presentes nos outros filmes da série. E ainda rola uma curiosidade: ambas fizeram parte da série Supernatural – mas em episódios diferentes.

Os efeitos especiais são poucos e eficientes. Não espere uma transformação do nível de Um Lobisomem Americano em Londres, mas pelo menos não é um cgi mal feito como acontece na saga Crepúsculo.

Possuída é uma pequena produção canadense. Modesto e honesto, não é um filme perfeito, mas é melhor que muitos filmes de lobisomem por aí, como foi “Amaldiçoados” de Wes Craven…

O Lobisomem

O Lobisomem

Uêba! Filme de terror novo nos cinemas cariocas! Refilmagem do filme homônimo de 1941, este novo O Lobisomem entrou em cartaz na sexta de carnaval.

A trama não traz muitas novidades. Lawrence Talbot (Benicio Del Toro), afastado da família há anos, volta por causa da morte de seu irmão, atacado por uma criatura misteriosa. Não demora muito, ele mesmo também é atacado, e se transforma num lobisomem.

O clima do filme dirigido por Joe Johnston (Jumanji, Parque dos Dinossauros III) é muito legal. A reconstituição de época está ótima, emoldurada pela inspirada trilha sonora de Danny Elfman.

Os efeitos de maquiagem, ah, estes merecem um parágrafo à parte. Rick Baker, seis vezes ganhador do Oscar de melhor maquiagem, estava trabalhando em Norbit quando soube que estavam refilmando O Lobisomem. Procurou então o estúdio Universal e se ofereceu para trabalhar nele. Ele se inspirou para esta profissão com o Lobisomem original, de 41, e o seu primeiro Oscar foi justamente por Um Lobisomem Americano em Londres – que traz, até hoje, a melhor transformação em lobisomem da história do cinema! (Os outros Oscars de Baker foram por Um Hóspede do Barulho, Ed Wood, O Professor Aloprado, MiB e O Grinch, e ele foi indicado outras cinco vezes).

Não sei se as transformações aqui são tão boas quanto Um Lobisomem Americano em Londres. Mas, se não são, chegam perto. São, sem dúvida, uma das melhores coisas do filme.

(Pequeno parênteses para falar mal de filme ruim. Os caras responsáveis pelos lobisomens de Lua Nova devem ter ficado com vergonha ao ver o lobisomem daqui. Tanto no visual – este dá medo, o outro parece um efeitozinho vagabundo de cgi; quanto na transformação – aquele “lobinho” se transformando no meio de um pulo!)

A princípio, achei esquisito a escolha de Benicio Del Toro para ser um inglês filho do Anthony Hopkins, acho ele muito latino para isso. Mas depois de ver o filme, a gente vê que Del Toro é “o cara”. Não só ele é um excelente ator, como ele tem cara de lobisomem…

Além de Del Toro e Hopkins, o elenco conta com Emily Blunt, Hugo Weaving, Geraldine Chaplin e ainda rola uma ponta do próprio maquiador Rick Baker, como o primeiro cigano a ser atacado.

Alguns críticos estão falando que falta originalidade no roteiro. Ora, trata-se da refilmagem de um filme feito há quase sete décadas! Claro que não é original! Mas que funciona muito bem, ah, não há dúvidas quanto a isso.

Boa opção para os fãs de terror!

Um Lobisomem na Amazônia

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Um Lobisomem na Amazônia

Finalmente consegui ver Um Lobisomem na Amazônia, depois da tentativa frustrada de terça!

A trama: um grupo de jovens da cidade grande está na Floresta Amazônica atrás de experiências com o Santo Daime. Ao mesmo tempo, um misterioso cientista faz experiências genéticas. E ainda tem um grupo de amazonas, todas com os seios de fora. E isso sem contar com o lobisomem do título!

Trata-se de um legítimo Ivan Cardoso. O diretor de pérolas como As Sete Vampiras e O Segredo da Múmia mantém o seu estilo de “terrir” como sempre. Personagens caricatos, roteiros com situações absurdas e muita mulher pelada, tá tudo lá!

Ivan Cardoso é um caso único no cinema nacional. Seus filmes são sempre com o mesmo estilo trash. Quem curte, não vai se decepcionar. Pena que não é para qualquer um…

O elenco está bem, pelo menos dentro da proposta caricata “ivancardosiana”. Evandro Mesquita lidera um elenco que conta com o espanhol Paul Naschy como o dr Moreau e o trio Danielle Winnits, Djin Sganzerla e Karina Bacchi com pouca roupa. Nuno Leal Maia (num papel que às vezes lembra o Paulo Silvino) e Tony Tornado fazem uma boa dupla de alívio cômico. E ainda rola o Sidney Magal numa sensacional participação especial fazendo um sacerdote inca cantor, numa das melhores cenas do filme.

Mas nem tudo funciona. Sei lá, parece que falta alguma coisa. Sabemos que este filme teve problemas no lançamento – ele é de 2005, e só foi lançado agora em novembro de 2009. Me parece que sofreu cortes pelos produtores. São vários os elementos no roteiro que não foram bem explorados – até o próprio lobisomem está sub-aproveitado! Me lembro de uma entrevista com o Ivan Cardoso onde ele falava que tinha um filme pronto e ainda não lançado onde a Karina Bacchi aparecia nua. Bem, Karina é a única das três que não mostra nada… Será que não vai rolar um “director’s cut” um dia?

Enfim, se você curtiu outros filmes do diretor, vai se divertir. Mas se não viu, recomendo começar por um dos dois citados no terceiro parágrafo…

Thriller – Michael Jackson

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Thriller – Michael Jackson

Será que posso falar de videoclips neste espaço?

Outro dia revi o clip de Thriller, considerado por muitos – inclusive por este que vos escreve – o melhor videoclip da história. Não se trata apenas de um vídeo musical, existe uma história sendo contada. Sim, pelo menos neste caso, videoclip é cinema. E como este é um blog de cinema…

Michael Jackson estava no auge nesta época. Depois de uma carreira de sucesso como o cantor mirim dos Jackson 5, ele lançara um ótimo disco solo, “Off The Wall”. E depois deste veio um disco ainda melhor, o lp “Thriller”, que, de quebra, ainda hoje é o disco mais vendido da história.

Acho que hoje, pouco depois da morte de Michael Jackson, não deve existir ninguém no planeta que desconheça as muitas músicas famosas deste disco. São várias, como Billie Jean e Beat It. E, claro, a faixa título Thriller.

O projeto do videoclip era ambicioso. Para a direção, foi chamado John Landis, que tinha experiência com musicais (“Os Irmãos Cara de Pau“) e com filmes de terror (“Um Lobisomem Americano em Londres”). E Landis criou um pequeno filme de terror, com direito a lobisomens e zumbis, usando a música de Jackson ao fundo.

Aliás, a música no clip nem segue a mesma estrutura que no disco. A ordem das estrofes e refrães foi alterada, para uma melhor adaptação ao roteiro.

Resultado? A história é boa, a música é excelente, a coreografia marcou toda uma geração, os efeitos especiais são fantásticos, e por aí vai.

Se você ainda não viu (alguém aí nunca viu?), corra para um youtube da vida. Vale os quase 15 minutos!

Anjos da Noite 3 – A Rebelião

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Anjos da Noite 3 – A Rebelião

Vou confessar uma coisa: este terceiro filme da franquia Anjos da Noite não me empolgou. Não sei explicar o motivo, sei lá, comigo, simplesmente não rolou aquele frisson que realmente acompanha filmes assim. Mesmo assim, claro que fui ver. Não só gosto do tema, como sou fã do ator principal, Bill Nighy.

Anjos da Noite 3 – A Rebelião é na verdade um prequel,  conta a história antes do primeiro filme da saga. Vemos o surgimento dos Lycans (os lobisomens), feitos escravos pelos Mercadores da Morte (os vampiros).

Viktor (Bill Nighy), líder dos vampiros, cria o lobisomem Lucian (Michael Sheen) como seu escravo particular, enquanto monta um exército de lobisomens escravos. Além disso, rola um romance proibido entre Lucian e Sonja (Rhona Mitra), filha de Viktor.

O elenco funciona bem. Como falei lá em cima, gosto do Bill Nighy, gosto dos papéis que ele escolhe, independente se o filme é mais alternativo como O Guia do Mochileiro das Galáxias e Todo Mundo Quase Morto, ou mais “pop” como um Piratas do Caribe. Nighy e Michael Sheen voltam aos seus papéis (ambos estão nos outros dois filmes), agora com mais destaque, já que Kate Beckinsale, a atriz principal da franquia, não está presente. O papel feminino principal fica então com Rhona Mitra (Juízo Final), que pode não ser tão boa atriz, mas é boa onde precisa ser 😉 . Suas curvas estão muito bem neste contexto, para o que o filme pede, não precisa de muito mais do que isso…

Com mais de 15 anos de experiência em efeitos especiais, Patrick Tatopoulos não decepciona em sua segunda experiência como diretor. O visual do filme respeita o que já foi feito na franquia, e temos uma boa quantidade de sangue jorrando pela tela nas boas lutas coreografadas.

Muita coisa no roteiro é previsível. Mas, temos que nos lembrar: trata-se de um prequel, ou seja, é claro que tem coisa que vai ser previsível, afinal, já sabemos o fim!