Filme novo do Tim Burton!
Cinebiografia da pintora Margaret Keane, seu sucesso nos anos 50, e as subsequentes dificuldades legais que ela teve com seu marido, que levou crédito pela autoria dos seus quadros nos anos 60.
De vez em quando falo aqui sobre alguns raros autores que ainda sobrevivem no cinema contemporâneo. Gente como Wes Anderson (que concorre ao Oscar este ano!), Terry Gilliam e Tim Burton. Diretores que conseguem ter um estilo próprio: você vê o filme e logo identifica quem é o diretor.
Pena. Grandes Olhos (Big Eyes, no original) não parece um filme do Tim Burton…
Burton tem uma filmografia que foge do lugar comum, seus filmes sempre têm um pé no dark, no gótico, no estranho, no esquisito. E Grandes Olhos é exatamente o oposto disso: um filme convencional e linear – e previsível. (Pra não dizer que não tem nada no estilo de Tim Burton no filme, a “cena dos olhos”, no supermercado, é a cara do diretor. E é um dos melhores momentos do filme. Pena que passa rapidinho…)
Se salvam as atuações do casal principal. Amy Adams está ótima como a protagonista, inclusive ganhou o Globo de Ouro de melhor atriz por este filme no mês passado. E é sempre delicioso ver Christoph Waltz, mesmo que esteja no limite da caricatura com o seu “quase vilão”. Por outro lado, os coadjuvantes são fracos, mas não culpo o elenco, e sim o roteiro – tire as cenas com a Krysten Ritter, e o filme continua igual. Ainda no elenco, Danny Houston, Terence Stamp e Jason Schwartzman.
Grandes Olhos não chega exatamente a ser ruim, mas vai decepcionar muita gente. Principalmente os fãs do Tim Burton.