Crítica – Han Solo: Uma História Star Wars
Sinopse (imdb): Durante uma aventura no submundo do crime, Han Solo conhece seu futuro copiloto Chewbacca e encontra Lando Calrissian anos antes de se juntar à Rebelião.
Sabe aquele papo “não vi e não gostei”? Muito se falou desse filme do Han Solo antes da estreia. E então pergunto: será que é ruim como os haters achavam que seria?
Claro que não!
Mas, voltemos um pouco no tempo pra tentar entender o que levou os haters a isso. Han Solo: Uma História Star Wars seria dirigido pela dupla Christopher Miller e Phil Lord, os mesmos de Uma Aventura Lego e Anjos da Lei 2. Mas houve algum desentendimento com a Disney e eles foram substituídos – pelo que dizem, depois de terem filmado cerca de 80% do filme. Pra mim, deve ter rolado uma diferença criativa, porque a dupla tem uma forte pegada de comédia, e provavelmente a Lucasfilm / Disney queria outro estilo.
A boa notícia é que a Lucasfilm / Disney sabe o que quer. Ron Howard (que, além de ter dirigido filmes como Willow, Apolo XIII e Rush: No Limite da Emoção, estava no elenco de American Grafitti, segundo filme de um tal de George Lucas) foi chamado, refilmou o que precisava ser refilmado, e, se Han Solo teve problemas nos bastidores, estes não aparecem na tela.
Han Solo: Uma História Star Wars não é solene como os filmes da saga. Também não é um drama de guerra como Rogue One. Trata-se de uma aventura espacial, leve e divertida. Temos cenas emocionantes, temos cenas engraçadas. E, claro, temos muito fan service – o fã antigo não foi desrespeitado.
Outro receio que rolava antes do filme pronto era com o protagonista. Alden Ehrenreich. Não só ele não se parece fisicamente com o Harrison Ford, como falaram que ele precisava de um “coach”. Calma, gente, o coach era justamente para ele ficar o mais parecido possível com o Han Solo que todos conhecemos. Sim, ele continua sem se parecer com o Harrison Ford, mas, várias vezes aí longo do filme, ele está “igual” ao Han Solo. E o mesmo podemos dizer do Donald Glover com o seu Lando Calrissian. Alguns diálogos você realmente consegue “ver” o Harrison Ford conversando com o Billy Dee Williams.
Woody Harrelson faz basicamente o mesmo papel sempre, mas ele faz este papel muito bem. E, depois do Visão, Paul Bettany também está ótimo como Dryden Voss. Quem destoa é Emilia Clarke, provavelmente convidada por causa do sucesso de sua Daenerys em Game of Thrones, mas que é bem fraquinha – sorte que ela não chega a estragar o filme. Também no elenco, Thandie Newton, Joonas Suotamo e John Favreau. Por fim, pra manter a nova tradição, somos apresentados a mais um bom robô – depois do BB8 e do K2, somos apresentados a L3-37 (Phoebe Waller-Bridge), um robô feminino que luta pelos direitos de classes!
E como será o ranking de um fã com este décimo longa metragem de Star Wars? Olha, dificilmente um fã vai escolher como o melhor de todos. Mas acredito que poucos fãs odeiem o resultado final.
E que venham mais spin-offs!
p.s.: Os filmes de Star Wars não costumam ter cenas pós créditos. Mas tem uma rápida cena, com um personagem muito improvável, que funcionaria melhor como um pós créditos, como gancho para uma possível continuação.