Crítica – Imaginário – Brinquedo Diabólico
Sinopse (imdb): Uma mulher retorna com a família para a casa em que cresceu. Sua filha mais jovem logo fica apegada a um ursinho de pelúcia que ela encontra no porão. Apesar da interação parecer divertida, a situação não demora para se tornar sinistra.
E vamos para o novo terror da Blumhouse!
Dirigido e co-escrito por Jeff Wadlow (dos fracos Verdade ou Desafio e A Ilha da Fantasia) ,Imaginário – Brinquedo Diabólico (Imaginary, no original) começa bem. A protagonista é casada com um cara que tem duas filhas, uma criança e uma adolescente (que antagoniza com ela). A família se muda pra casa onde a protagonista passou a infância. Lá, a caçula encontra um ursinho de pelúcia que se torna o novo amigo imaginário dela. Claro que coisas estranhas vão acontecer, ligadas a esse amigo imaginário.
Lá pelo meio do filme rola um plot twist que me surpreendeu. Se estivesse vendo o filme em casa, heu ia voltar pra rever algumas cenas, rolou um clima meio Sexto Sentido. Mas…
Estava tudo indo bem, mas no terço final, parece que a produção se perdeu. São jogadas várias ideias e nenhuma deles é bem desenvolvida. Dois exemplos simples, pra não entrar em spoilers. Um deles é que às vezes vemos uma silhueta de uma criatura que supostamente deveria ser o “vilão do filme”, mas outras vezes vemos um urso monstruoso. O outro é quando somos levados a um mundo diferente, e o cenário parece aquele labirinto do Escher, que foi bem utilizado no filme Labirinto, de 1986. Inicialmente parece que exploraremos aquele labirinto com escadas onde a gravidade se porta de maneira diferente, mas acaba que toda a ação se passa num único corredor cheio de portas.
Resumindo: ideias são jogadas, mas não são desenvolvidas, a gente só vê ideias soltas e misturadas.
Tem outro problema. Sabe aquele tipo de personagem que é inserido na história só pra explicar pro espectador o que está acontecendo? Poizé, temos uma personagem assim, que entra na trama e é bem didática ao explicar tudo. O problema é que nada faz sentido. Ou seja, a gente tem uma personagem que usa tempo de tela tentando explicar uma coisa que não tem explicação. Seria melhor tirar essa personagem do filme!
Nem tudo é ruim. Como falei, o plot twist do meio do filme é muito bem bolado. Além disso, a trilha sonora de Bear McCreary sabe aproveitar a musiquinha que toca no ursinho de pelúcia, a gente ouve o tema em várias versões diferentes.
Mas aquele final bagunçado atrapalha tudo. Pena.