Sinopse (imdb): Após ser irreversivelmente envenenada, uma criminosa cruel tem menos de 24 horas para se vingar de seus inimigos. No processo, ela forma um inesperado elo com a filha de uma de suas vítimas do passado.
E parece que a onda de filmes de ação girl power não tem fim! Agora é a vez de Mary Elizabeth Winstead chutar bundas!
Podemos analisar Kate sob dois ângulos diferentes. A história é bem fraca. Mas gostei bastante do resultado final. Bora desenvolver isso.
Dirigido pelo quase desconhecido Cedric Nicolas-Troyan, Kate (idem no original) traz uma história bem batida. Uma exímia assassina profissional descobre que foi envenenada, e resolve sair atrás de quem foi o responsável por isso. E aí a gente tem espaço pra todos os clichês do gênero.
Ok, reconheço que a gente já viu essa história. Mas, por outro lado, preciso ser coerente comigo mesmo. Sempre defendi que ideias podem ser recicladas, desde que produto final seja bom.
Kate tem pelo menos três destaques. O que mais me chamou a atenção foram as coreografias de luta. Não sei o que foi feito pela própria Mary Elizabeth Winstead e o que foi dublê, mas digo que o resultado na tela é muito bom. São várias lutas, e com uma violência acima da média dos filmes de ação por aí – algumas cenas trazem um gore digno de filmes de terror.
Isso me traz o segundo destaque: a protagonista Mary Elizabeth Winstead. Gosto dela, de Scott Pilgrim, À Prova de Morte, Rua Cloverfield, Aves de Rapina. E ela aqui está ótima. A cada hora que passa, sua personagem está mais deteriorada pelo envenenamento. Então temos uma mulher boa de briga, mas que está apanhando dos inimigos e também da sua “doença”. Belo trabalho de composição entre atuação, coreografia e maquiagem.
Por fim, queria falar da fotografia do filme. Kate se passa no Japão, temos muitas cenas noturnas com iluminação artificial, muito neon, tem um carro que deve ser um dos mais iluminados da história do cinema. E em momento algum essas luzes soam exageradas.
No elenco, o outro nome conhecido é Woody Harrelson, com um papel menor e a mesma cara de Woody Harrelson de sempre. A principal coadjuvante é Miku Martineau que faz uma jovem chatinha. Achei ela irritante, mas acho que era o propósito da personagem, então não sei se isso é exatamente uma crítica. Também no elenco, Tadanobu Asano e Jun Kunimura.
Como falei, o roteiro não é muito criativo, então o fim é um tanto quanto previsível. Mesmo assim, gostei do duelo de espadas – boa sacada, um filme no Japão com duelos envolvendo a honra.
Por um motivo que está na sinopse do filme, Kate não deve ter continuação. Pena, porque gostei da Mary Elizabeth Winstead dando porrada. Mas, pelo menos não deve esticar a ideia até cansar.