Crítica – Kong: A Ilha da Caveira
Uma equipe de cientistas explora uma ilha desconhecida no Pacífico, e se aventura no domínio do poderoso Kong.
Existem filmes que se propõem a ser complexos. E existem filmes que apenas querem divertir. Kong: A Ilha da Caveira (Kong: Skull Island, no original) faz parte do segundo grupo: uma boa (e despretensiosa) aventura em cartaz nos cinemas.
No cenário atual de grandes produções envolvendo franquias e releituras, um filme novo do King Kong era algo até previsível – principalmente depois do boato que o estúdio pretendia criar um “monsterverse” para unir grandes monstros como Godzila e o próprio Kong.
Assim, em vez de mais uma refilmagem da mesma história (já contada em 33, 76 e 2005), Kong: A Ilha da Caveira conta uma história diferente. O filme se passa em 1973, e toda a trama acontece na ilha onde o gorila gigante foi encontrado. (Aliás, o filme se passar nos anos 70 fez bem pra trilha sonora, que traz alguns bons clássicos do rock.)
Kong: A Ilha da Caveira confirma uma tendência do cinema contemporâneo: um diretor pouco conhecido é capaz de fazer um grande filme (a gente vê isso direto na Marvel). O diretor Jordan Vogt-Roberts só tinha feito um longa pro cinema, o indie Os Reis do Verão, além de alguns trabalhos pra tv. E não é que o cara mandou bem numa super produção?
Tem gente dizendo que este seria um “King Kong meets Apocalipse Now”, por causa da ambientação no fim da Guerra do Vietnã. Olha, uma cena de helicópteros voando com o sol ao fundo é uma referência explícita… Aliás, o visual do filme é bem legal.
Sobre os efeitos especiais: a tecnologia de captura de movimento chegou a um nível onde as expressões de um gorila gigante chegam perto da perfeição. Além dele, as outras criaturas fantásticas que habitam a ilha também estão bem.
O elenco é muito bom, e o roteiro consegue equilibrar bem a falta de um personagem central (afinal, o filme é do Kong!). Se fosse escolher um “mocinho”, seria Tom Hiddleston. Também no elenco, Brie Larson, Samuel L. Jackson, John Goodman, John C. Reilly, Jing Tian, Corey Hawkins e Toby Kebell. E temos que reconhecer que foi engraçado ver Samuel L. Jackson num papel “bad motherf*” mas sem falar o palavrão característico…
Por fim, como quase sempre, o 3D não vale a pena. Ah, tem cena pós créditos..