Midsommar: O Mal Não Espera a Noite

Crítica – Midsommar: O Mal Não Espera a Noite

Sinopse (imdb): Um grupo de amigos viaja para a Suécia para visitar o famoso festival de meados de verão da cidade natal. O que começa como um retiro idílico rapidamente se transforma em uma competição cada vez mais violenta e bizarra nas mãos de um culto pagão.

Escrito e dirigido pelo estreante Ari Aster, Hereditário foi uma agradável surpresa. Claro que o seu filme seguinte seria aguardado.

E veio rápido, logo no ano seguinte. Segundo longa escrito e dirigido por Aster, Midsommar: O Mal Não Espera a Noite (Midsommar, no original) tem um estilo parecido com Hereditário. Um terror lento e tenso, onde o desconforto vale mais do que o susto. Não tem nenhum jump scare, apesar de ter algumas cenas bem gore.

Aster vai construindo a tensão em cima dos bizarros hábitos da comunidade nórdica. Bizarros pra gente, mas que parecem ter lógica lá entre eles (aliás, aqui tem uma cena de sexo digna de constar em rankings de cenas mais bizarras). Intencional ou não, o clima lembra O Homem de Palha, de 1973 (que teve uma refilmagem meia boca em 2006), que também traz um forasteiro para uma comunidade isolada que pratica rituais pagãos.

Uma coisa curiosa é que quase todo o filme se passa de dia. Quem está acostumado com filmes de terror escuros pode achar estranho. Mas sim, temos um ensolarado e florido conto negro… Um cgi discreto em detalhes do cenário (como flores abrindo e fechando) ajuda a ambientação.

Midsommar: O Mal Não Espera a Noite é bem longo (duas horas e vinte e sete minutos), mas não achei cansativo. Mas sei que esse ritmo e essa duração vão afastar parte do público. Principalmente por ser um terror fora do “clichê James Wan”.

No elenco, pouca gente conhecida. Gostei da protagonista Florence Pugh, quero ver mais filmes com ela. Os únicos do elenco que heu reconheci são Jack Reynor e Will Poulter, que inclusive estavam juntos em Detroit em Rebelião. Também no elenco, Vilhelm Blomgren e William Jackson Harper.

Independente de você gostar ou não do filme, é preciso reconhecer o talento de Aster para filmar. Vários planos são pensados nos detalhes, a câmera sempre está bem posicionada e bem movimentada. Quem gosta de cinema bem filmado vai curtir.

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